Idiosyncracy {Dazai x MCU}

Capítulo 25: Festa da Pizza

Peter chega na casa de Jessica para comer comida para viagem e bater papo. Surpreendentemente? Não vai tão mal.

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Peter nunca tinha visitado fisicamente a casa/escritório de Jessica antes, e honestamente nunca pensou que faria isso. Ele imaginou que o relacionamento deles permaneceria puramente profissional (se é que essa é a palavra apropriada para isso, dadas as circunstâncias estranhas) em vez de amigável, mas quando ela ligou para ele naquele meio-dia, convidando-o para seu apartamento para comer pizza e fazer companhia a um visitante que ela tinha, ele ficou mais do que um pouco surpreso com isso.

Ele não viu nenhuma razão real para não ir; todo o seu dever de casa para o fim de semana tinha sido concluído na noite anterior antes de ele ir patrulhar e May estava ocupada no trabalho, então não era como se ele pudesse passar algum tempo com ela. Jovialmente, ele concordou, arrumou uma pequena bolsa para viagem apenas no caso de algo dar errado e seguiu seu caminho para Hell's Kitchen.

Peter ainda não estava acostumado a visitar Hell's Kitchen, ele passava a maior parte de seus dias dentro dos limites do Queens, mantendo-se em seu próprio território para não pisar nos pés de outros vigilantes. Caramba, no Queens ele nunca tinha realmente encontrado outros vigilantes porque ele era o único. Desde que se envolveu com essa situação da Máfia, no entanto, ele tinha outros três vigilantes. Uma coisa é conhecer Tony Stark, literalmente ter o número do cara na discagem rápida, mas o trabalho de Tony era muito diferente do dele. Ele lidava com as coisas grandes; o mundo, não, eventos que ameaçavam o universo, trabalhava em uma grande equipe com os melhores e mais brilhantes que o mundo tinha a oferecer. Tony lidava com os grandes vilões, mas Peter e os outros vigilantes de Nova York? Todos eles lidavam com as pequenas coisas que eram tão importantes para o cidadão comum.

Ele agora conheceu o Demolidor (sobre o qual ele teve que ser informado um dia depois por Jessica. Ele não tinha ideia no momento, o que honestamente o deixou um pouco envergonhado. Ele não o reconheceu totalmente no novo traje, trocando o Kevlar vermelho anterior por uma máscara escura e roupas que não ofereciam nenhuma armadura real para protegê-lo.) Embora ele discordasse muito do método de trabalho do Justiceiro, ele ainda tinha uma quantidade saudável de respeito (e medo) por ele. Embora eles possam ter anunciado que Frank Castle não foi responsável pelos muitos, muitos assassinatos de criminosos, todos sabiam o contrário. Ninguém realmente acreditava que Billy Russo era o culpado por esses assassinatos específicos. Foi um acobertamento que realmente cobriu apenas os aspectos legais da situação, não sociais. Ninguém realmente fez muito para tentar mudar suas mentes sobre sua culpa real, eles apenas a descartaram em algum grande prédio governamental chique e encerraram o dia. 

Tornou-se especialmente difícil de acreditar quando o cara continuou aparecendo para executar pessoas. Por fim, estava Jessica Jones, a primeira que ele conheceu inteiramente por coincidência. Ela matou pessoas, ele sabia, ele acompanhou o julgamento onde ela foi considerada inocente após o assassinato em legítima defesa do homem que se chamava Kilgrave. O caso despertou seu interesse devido ao fato de que ambas as partes eram indivíduos poderosos, algo que realmente não tinha acontecido antes. Até os Vingadores, pessoas com poderes eram temidas e discriminadas, um medo e ódio que ainda permaneciam. Os Vingadores eram os estranhos, os únicos contra uma série de "bandidos" aprimorados que ameaçavam a segurança dos humanos comuns. Por muito, muito tempo, os Mutantes não tinham direitos, mas lentamente e não sem resistência, isso estava mudando, em parte graças aos X-Men e aos vigilantes. Este caso era, no que lhe dizia respeito, revolucionário e provava que as coisas estavam indo em uma direção melhor para pessoas como ele.

Peter não tinha certeza de como se sentir em relação a Shuji.

Olhando para o escritório vazio e sem graça de Jessica que fedia a bebida barata, ele tentou pensar no que dizer ao outro adolescente. Ele não era muito acessível, ele tinha um olhar muito fechado, olhos inundados em uma apatia desinteressada que ele nunca tinha visto no rosto de uma pessoa antes, postura relaxada, pernas cruzadas enquanto ele olhava preguiçosamente para a parede de gesso amassada à sua frente. A única coisa que traía qualquer tipo de emoção ou vida nele era a maneira como suas mãos se torciam nas bandagens enroladas firmemente em seus pulsos. Ele nem sequer reconheceu sua presença com um aceno ou um simples olá, apenas olhou para ele, levantou uma sobrancelha e desviou o olhar.