Idiosyncracy {Dazai x MCU}

Capítulo 29: O que você pensa que está fazendo, Castle?

Mahoney e Shuji fazem um acordo-- em troca, Shuji decide dar-lhe um osso.

Isso o levará ao resultado que ele quer, afinal.

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O garoto está quieto.

Mahoney não está surpreso com isso — o garoto parece estar rondando Castle há algum tempo, e Deus sabe o que isso o leva a testemunhar. De acordo com os policiais que o escoltaram inicialmente para o hospital, ele não foi muito cooperativo. Ele lutou com unhas e dentes para evitar ser examinado por ferimentos, mas no final eles conseguiram subjugá-lo. Ele não tem muita certeza do que isso implicou — ninguém o informou.

O médico e os enfermeiros que o examinaram relataram que, além de um pulso e vértebras fraturados que estavam bem encaminhados para a cura, ele não tinha outros ferimentos novos. 

Ele até estava usando um suporte para as costas por baixo das roupas, sem dúvida o que ajudou em sua recuperação contínua. A formulação lhe pareceu estranha — não que ele não tivesse outros ferimentos, apenas nenhum novo.

É seguro dizer que as fotos eram horríveis. Mahoney não é um policial novato, ele diria que já é bem experiente, então sangue e violência se tornaram algo para o qual ele se tornou insensível. 

Acidentes de trânsito que transformam um homem adulto com um filho e uma esposa em uma mancha na calçada, amantes ciumentos matando seus cônjuges em um ato de vingança por traição — ele já tinha visto quase tudo que você poderia imaginar. É seu trabalho lidar com esse tipo de situação, olhar para a mulher eviscerada no chão e encontrar pistas que apontem para quem é o responsável por isso. Montar uma história.

Mas isso... Ele nunca tinha visto um caso de automutilação tão extremo e horrível. Parecia que ele tentou cortar a própria garganta em algum momento, uma longa cicatriz irregular em sua jugular acompanhada pelo que parecia ser uma cicatriz de queimadura de corda. Havia seções em seus braços onde ele parecia ter raspado partes da pele. Havia cicatrizes, mas havia depressões perceptíveis na carne que indicavam que não havia enxerto de pele para tentar corrigi-lo. Os cortes eram numerosos; pareciam profundos também, alguns que cruzavam a largura dos braços e outros que iam da parte inferior sensível do pulso até a dobra do cotovelo. 

Nenhum pedaço de pele foi poupado do pescoço para baixo.

Ele tinha ouvido falar de casos como esse, de automutilação tão extrema, mas nunca na vida tinha se deparado com isso. Um dos policiais mais jovens fez uma comparação, disse que não era muito diferente de Frieza no meu coração. Mahoney não perguntou o que isso significava — ele já tinha uma boa ideia do contexto da conversa e, francamente, não estava interessado em aprender mais sobre isso.

Mahoney quer falar com ele, fazer perguntas sobre Frank, o estado daquele restaurante e, em geral, o que diabos estava acontecendo aqui, mas ele parecia estar interessado em tornar esse objetivo o mais difícil de alcançar possível.

"Você tem família?" O quarto do hospital é quente, as persianas fechadas para permitir que a luz do sol quente passe. As janelas são gradeadas, obviamente — ele estava em vigilância cuidadosa contra suicídio. Seus pulsos estavam amarrados à cama, provavelmente para evitar que ele tentasse se machucar, ele duvida que haja qualquer preocupação real de que ele vá machucar alguém. Ele não parece estar no estado físico certo para causar qualquer dano real, afinal.

O silêncio respondeu a ele intencionalmente. O garoto apenas olhou pela janela, observando o que quer que aparentemente tivesse chamado sua atenção.

"Você pode me dizer seu nome?" Ele ajustou sua posição, colocando o bloco de notas para baixo e juntando as mãos, apoiando-se nos cotovelos para observá-lo cuidadosamente.