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Nos dias que se seguiram, a relação entre James e eu mudou de maneira sutil, mas significativa. Ainda éramos cautelosos um com o outro, mas agora havia um entendimento tácito, uma conexão que antes não existia. Pequenos gestos começaram a preencher nosso cotidiano - toques acidentais que não eram tão acidentais assim, olhares que diziam mais do que palavras, sorrisos que surgiam do nada.

Um dia, enquanto passeávamos pelos jardins da mansão, James segurou minha mão. Foi um gesto simples, mas o calor de sua pele contra a minha enviou uma onda de eletricidade pelo meu corpo. Olhei para ele, surpresa, e vi um sorriso tímido no canto de seus lábios.

"Eu nunca fui bom nisso," ele admitiu, quebrando o silêncio. "Nunca tive que me importar com ninguém além de mim mesmo."

"Mas você está tentando," respondi, apertando sua mão. "Isso significa muito para mim."

Ele parou de andar e me puxou para mais perto, seus olhos encontrando os meus. "Eu não quero que isso seja só um contrato, Isabela. Eu quero tentar, de verdade."

Minha respiração ficou presa na garganta. Essas palavras, que eu nunca pensei que ouviria, me atingiram com força. James estava me dando uma chance, uma verdadeira chance de fazer isso funcionar. E, por mais assustador que fosse, eu queria o mesmo.

"Eu também quero," murmurei, inclinando-me para ele.

Nos beijamos novamente, desta vez com mais paixão, mais certeza. O desejo que estava crescendo entre nós agora era palpável, como uma corrente elétrica que não podia ser ignorada. Senti suas mãos deslizarem pela minha cintura, puxando-me para mais perto, e eu correspondi, entregando-me completamente ao momento.

Quando nos separamos, ambos estávamos ofegantes, mas não houve palavras necessárias. A mudança estava acontecendo, e, pela primeira vez, eu comecei a acreditar que este casamento poderia ser algo mais.

Amor por ContratoOnde histórias criam vida. Descubra agora