capítulo 7

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— Isso com certeza é sequela da R.I.M.M.O — Rui disse, mais para si mesmo do que para os adolescentes. Ele pegou uma das pastas que estavam sobre a mesa e a abriu. Dentro, haviam centenas de folhas com rascunhos, medidas, informações e códigos. Ele pegou uma das folhas.

— O que é isso? — Arthur perguntou. Ele havia puxado sua cadeira para perto da de Estela e estava sentado ao seu lado.

— Nessas folhas, tem algumas informações sobre a R.I.M.M.O, seu funcionamento, e quase tudo o que é preciso saber sobre ela. Muitos arquivos foram roubados, mas esses que sobraram tem informações valiosas. Se quiserem podem dar uma olhada.

Bel se adiantou, pegando algumas folhas e olhando-as, uma a uma. Gael pegou uma, onde havia uma foto de um cachorro com o nome "Terry" escrito logo abaixo. Haviam informações como peso, idade, altura, comportamento e sintomas.

— O que é isso? — o garoto perguntou.

— Foi o primeiro teste que fizemos com a R.I.M.M.O. — Rui contou. — Larry era um cãozinho que teve donos péssimos quando filhote. Ele passou fome, frio e sede e acabou tendo muito medo de humanos. Então o resgatamos testamos a R.I.M.M.O nele, apagando as memórias dos maus tratos. No fim, deu certo, e ele não se lembrava de mais nenhuma dor, passando a confiar nos humanos outra vez.

— Parece o arquivo que vimos no banco de dados do governo.. Só que com um cachorro — Bel disse, e Estela assentiu, concordando com a amiga.

— Banco de dados do governo? — Rui indagou.

— Sim — Arthur respondeu. — Nós conseguimos acesso à alguns arquivos, hackeando o sistema. A Bel é uma ótima hacker — disse, apontando para ela.

— Vocês conseguem fazer isso de novo? — perguntou, seus olhos brilhando com esperança.

— Hã... Não sei — Bel respondeu. — Acho que sim. Naquele dia, havia uma falha no sistema, por isso eu consegui....

— Ah, isso é perfeito! — interrompeu, juntando as mãos. — Vocês precisam acessar esses dados outra vez! Salvem esses arquivos em um pen-drive e guardem isso muito bem. Escutem o que digo: daqui um tempo, ninguém será mais livre. Estarão todos sob controle, presos e sem escolhas próprias. A população precisa saber do que está acontecendo. E vocês precisam de provas.

— Mas como vamos espalhar isso? — Estela perguntou.

Ele coçou a cabeça, pensativo.
— Vocês podem fazer isso em redes sociais, hackear canais de comunicação e divulgar, criar sites anônimos com provas... Algo assim.

Sentindo os pneus deslizarem pelo asfalto, Arthur estacionou o carro

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Sentindo os pneus deslizarem pelo asfalto, Arthur estacionou o carro. Faziam dois dias que os adolescentes haviam encontrado Rui, e hoje era o dia combinado para tentarem invadir o banco de dados do governo.

Ao sair do carro, o garoto se aproximou da casinha amarela e tocou a campainha. Estava tarde, e Bel insistiu que eles fizessem uma festa do pijama, aproveitando que passariam a noite na casa dela tentando hackear os arquivos.

Memórias apagadasOnde histórias criam vida. Descubra agora