Capítulo 12

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Gael ligou o motor do carro e acelerou.
O GPS começou a falar sem parar e Bel diminuiu o volume do celular.

— E então? — Bel perguntou, se virando para encarar Arthur e Estela no banco de trás. — O que raios acabou de acontecer?

Arthur suspirou.

— Eu estava indo encontrar a Estela em uma lanchonete... — ele começou, e Bel arqueou uma sobrancelha. — Para conversar sobre a R.I.M.M.O — Acrescentou, rapidamente. — Só que... haviam dois homens me seguindo, e quando eu percebi, já era tarde de mais. Eles vieram, me seguraram e me levaram para um carro. Eu tentei sair, mas eles injetaram algum tipo de anestésico no meu braço e eu dormi. Por sorte, consegui acertar o botão no meu comunicador. — Ele fez uma pausa, virando o rosto para a janela do carro.  — Provavelmente, o homem que vocês viram, o baixinho, era o Edric. Ele mandou os capangas me sequestrarem para apagar minha memória. O Edric é o responsável pela R.I.M.M.O atualmente, por isso entrou em desespero quando descobriu que o banco com os dados dela foi hackeado. Como o hacking foi feito pelo meu computador, ele sabe que fui eu, mas tenho quase certeza de que ele não sabia do envolvimento de vocês.

— Nossa — Gael murmurou. — Isso é mais sério do que pensávamos. Sequestro? Sério, isso é loucura.

— Sim — Bel concordou. — Precisamos dar um jeito de espalhar toda essa situação logo para outras pessoas.

 

Ninguém falou nada durante os próximos minutos e Arthur estava se sentindo levemente desconfortável, mas não sabia se era pelo silêncio ou pelo fato de que seus braços ardiam. Ele avaliou os ferimentos. Não eram machucados tão sérios, mas era o suficiente para causar um encômodo constante.

Ele se recostou no banco do carro e olhou para o teto, onde havia um inseto andando. Após algumas voltinhas, o bichinho voou e pousou no cabelo de Estela, que não percebeu.

Arthur esticou a mão e pegou o inseto, abrindo a janela do carro e jogando-o para fora. A garota olhou para o amigo, confusa.

— Tinha um bicho no seu cabelo — ele justificou dando ombros, os olhos fixos no teto do carro.

Estela arqueou as sobrancelhas, mas não disse nada. Arthur fechou os olhos por um instante e respirou fundo, e ela reparou em como ele ficava bonito com o rosto tão calmo — mesmo que por dentro, ele estivesse confuso até de mais com suas próprias emoções. Ela corou ao perceber que estava pensando nele e desviou o olhar.

— É melhor limparmos esses machucados — Estela falou, quando eles já haviam chegado à casa de Bel

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— É melhor limparmos esses machucados — Estela falou, quando eles já haviam chegado à casa de Bel. Gael estava junto de Bel no chão da sala, com um notebook no colo.

— Relaxa, eu estou bem — Arthu disse, se sentando no sofá.

— Arthur, aquelas cordas estavam imundas, você pode acabar pegando uma infecção!

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