Capítulo 10

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Arthur andava pela calçada, girando uma florzinha vermelha entre os dedos. Ele e Estela haviam marcado de saírem, para discutirem sobre a R.I.M.M.O, e iríam se encontrar na mesma lanchonete que foram outro dia. Ele estava um pouco nervoso, era verdade, mas ele percebeu que ficava assim o tempo todo quando estava com Estela. Apenas o fato de pensar nela, fazia seu coração bater mais rápido, o que o preocupava. E se ela não sentisse o mesmo? Ele quase havia a beijado durante a festa de Clara, mas não deu para saber se ela teria recusado o gesto, já que bem na hora, ela caiu.

Ele colocou uma das mãos no bolso da calça, sentindo o pen-drive que estava nele, e olhou para a outra mão, vendo a florzinha vermelha. Arthur pretendia entregá-la para a amiga, será que era muito brega?

Sentindo-se observado, o garoto olhou para trás, e viu dois homens de terno parados na esquina. Franzindo o cenho, Arthur se virou e continuou andando.

Depois de alguns passos, ele parou e se virou outra vez, vendo os mesmos homens. Só que eles estavam mais próximos. O menino arqueou uma sobrancelha e seguiu em frente, ignorando os sujeitos que pareciam estar o observando. Ele checou seu comunicador, no braço direito, e viu que já estava atrasado, então apertou o passo.

— Arthur Lima? — uma voz perguntou após alguns segundos, atrás dele.

Arthur se virou, tenso, e viu as duas figuras de terno, de braços cruzados para ele. Ambas eram fortes e bem mais altas que o garoto.

— Hã... Sim? — ele gaguejou.

— Precisamos que venha conosco. — um deles disse.

— Como assim? Quem são vocês? — Arthur indagou, recuando um passo.

— Somos agentes, estamos aqui apenas para fazer nosso trabalho. — o outro respondeu, ríspido. O garoto franziu o cenho e recuou mais um passo. — O governo tem interesse nas suas atividades recentes, e sugerimos que coopere.

— O quê? — Perguntou, mas já era tarde. Os dois homens se aproximaram e o seguraram pelos braços, levando-o até um carro. — Me soltem! — Gritou, tentando se desvencilhar deles. — Vocês não podem fazer isso!

— Acho bom você parar, garoto — o primeiro sujeito falou.

— Me soltem! — continuou gritando, tentando se debater. Ele foi colocado dentro do carro escuro, nos bancos de trás, e os homens de terno se sentaram um de cada lado dele, impedindo o acesso de Arthur à porta. De repente, algo fino e pontiagudo atravessou o braço do garoto. Com a expressão cheia de horror, ele olhou para o lado, e viu um dos agentes injetando um líquido em seu braço.

— Não se preocupe, isso só vai te manter bem quietinho — o homem disse.

Arthur tentou protestar, mas sua cabeça pareceu ficar pesada feito tijolo de repente, e seus olhos pesaram. Ele apertou um botão em seu comunicador e sentiu a florzinha escorregar de seus dedos. Logo, tudo se apagou.

 Logo, tudo se apagou

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