Já fazia uma semana que Estela havia se lembrado de seu trauma. Apesar do choque, ela não teve nenhum flashback atormentando-a e até que estava bem.
Os posts feitos sobre a R.I.M.M.O estavam ganhando cada vez mais visualizações aos poucos, o que era um bom sinal, e Arthur sentia que finalmente as coisas estavam dando certo outra vez.
Ele se sentou em sua cama e checou o relógio.
Eram 14:00. Já estava na hora.
Ele e os amigos haviam combinado de fazer um piquenique no parque, para relaxar um pouco depois de tudo o que estava acontecendo.
Ultimamente, Arthur vinha pensando muito em Estela e, apesar de ter demorado muito a perceber, agora ele sabia o nome disso:
Amor.
Era isso que sentia.
Mas... ele percebeu também que o amor que ele sentia ia além da amizade.
E ela precisava saber.
Suspirando, Arthur se levantou, colocou sua mochila nas costas e saiu de casa.
O parque era enorme. Haviam estradinhas de pedra, bancos, uma fonte com água e árvores. Muitas árvores.
Arthur abriu sua mochila e tirou uma toalha de piquenique de dentro, estendendo-a à sombra de uma das árvores, e ali se sentou.
O lugar era realmente lindo, cheio de casais, crianças e pessoas passeando com seus cachorros.
Não demorou muito, e Estela chegou, acompanhada de Bel e Gael.
— Oi, Arthur! — ela cumprimentou, sorrindo.
— Oie! — Respondeu, acenando.
Gael se sentou na toalha e cumprimentou o amigo com um high-five.
— Adivinhem só — Bel disse se acomodando ao lado deles, seguida de Estela. Ela segurava uma cestinha de piquenique, decorada com babados e bordados. — Eu trouxe muffins!
— Aqueles muffins que sua mãe fazia quando éramos crianças? — Arthur perguntou.
— Sim! Mas dessa vez quem fez fui eu.
— Nossa, quanto tempo que eu não vejo um desses! — Gael falou, sorrindo.
Bel abriu a cestinha e aquele cheiro doce de chocolate invadiu as narinas de todos os amigos. Ela tirou alguns dos bolinhos de dentro e entregou um para cada.
— Foi você mesma que fez? — Gael perguntou. — Tem certeza de que não foi sua mãe? — provocou, mordendo mais um pedaço. — É que isso está muito bom.
— Tenho sim, fofo. Eu sei cozinhar, tá? — falou cruzando os braços, fingindo estar brava, mas seu sorriso traía sua verdadeira reação.
— Nem parece — brincou, baixinho.
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Memórias apagadas
Science Fiction"R.I.M.M.O.", a nova máquina capaz de apagar memórias seletivamente, promete fazer com que pessoas que sofreram eventos traumáticos em suas vidas possam se esquecer dos momentos difíceis, vivendo como se aquele tempo perturbador nunca houvesse exist...