— Então ele está aqui? — Estela perguntou, apontando para um símbolo vermelho no GPS.
Eles estavam na casa de Bel, sentados à mesa de jantar, tentando localizar Arthur. A garota estava nervosa, sentindo as mãos suarem. Podia não ser nada de mais, mas e se fosse?
— Provavelmente — Gael disse. — Essa é a localização do comunicador dele.
— E o que é esse lugar? — Bel perguntou.
— É uma casa abandonada. Não sei o que tem aí.
— Melhor irmos logo, então! — Estela exclamou, se levantando.
— É longe, vamos precisar ir de carro — Gael falou, coçando a nuca.
— Você sabe dirigir, não sabe? — Bel perguntou, e ele assentiu. — Então pronto! Podemos ir no carro da minha mãe, está lá na garagem.
Edric se aproximou de Arthur, girando o pen-drive entre os dedos.
— Vamos acabar logo com isso. — Ele se virou para a porta. — Podem entrar! — Gritou.
Arthur abriu a boca para dizer algo, mas parou assim que viu os dois sujeitos de terno entrarem pela porta.
— Podem começar — Edric disse, guardando o pen-drive no bolso. — Levem-no para a R.I.M.M.O.
Os agentes assentiram e se aproximaram de Arthur, segurando a cadeira onde ele estava e a erguendo.
— Parem! — o garoto gritou. — Me soltem!
De nada adiantou. Os homens continuaram o carregando, até chegar em uma sala próxima, onde havia uma grande caixa metálica.
Onde havia uma R.I.M.M.O.
Edic logo apareceu atrás, para assistir a remoção das memórias. Seu rosto exibia um sorriso, mas não um sorriso feliz ou maníaco, era quase... Prazeroso. Um sorriso de prazer, ao ver o garoto que quase destruiu seus planos sofrer as consequências.
Arthur foi colocado dentro da máquina, e um dos homens começou a conectar os fios na cabeça dele.
— Para! — ele gritou, tentando se debater. As cordas estavam muito apertadas, e seu braço começou a arder. Ele apertou os olhos, sentindo cada fio ser grudado à sua cabeça.
Suas mãos estavam tremendo quando a porta da máquina foi fechada, e ele se viu sozinho ali dentro.
O pequeno monitor à sua frente, onde as memórias selecionadas seriam exibidas, se ascendeu.
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Memórias apagadas
Ciencia Ficción"R.I.M.M.O.", a nova máquina capaz de apagar memórias seletivamente, promete fazer com que pessoas que sofreram eventos traumáticos em suas vidas possam se esquecer dos momentos difíceis, vivendo como se aquele tempo perturbador nunca houvesse exist...