76. Temple of Love

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CAPITULO SETENTA E SEIS
Templo do Amor

Hermione estava sentada no escritório de seu advogado, Starling Sylvanox. Em frente a ela, sobre uma mesa de centro coberta com chá e biscoitos, estavam Monty e Euphemia Potter ao lado do herdeiro de Poções Portsmouth, Tobias Haywood.

"Sr. Haywood," Hermione começou. "Obrigada por me conceder esta reunião hoje." Ela olhou para os Potters. O casal elegante estava radiante. "Agradeço sua ajuda em me conectar com os Haywoods. Tenho interesse em comprar sua propriedade, que antes era conhecida como Poções Portsmouth. Você tem algum interesse em vendê-la?"

Tobias era um jovem alto e robusto que parecia ter cerca de trinta anos. Ele tinha olhos verdes como folhas e cabelos loiros claros que cresciam logo abaixo do queixo. Ele passou a mão sobre a barba por fazer no maxilar, pensativo. "Bem..." Suas sobrancelhas franziram, e ele pareceu estar dividido com a pergunta dela. "Acho que isso ajudaria nossa família."

As sobrancelhas de Hermione se ergueram. Ela piscou os olhos para Euphemia, e a expressão da bruxa mudou para uma de simpatia. "A família de Tobias e Winnie está no ramo de poções há anos," disse Euphemia com gentil consternação. "Mas o pai deles adoeceu, como mencionei antes."

Tobias olhou para Hermione com olhos arregalados e incertos. "Meus pais não conseguiram manter a fábrica funcionando por causa da doença dele, e infelizmente eu não herdei nenhuma habilidade ou amor por fazer poções. Ao contrário da minha irmã, Winifred. Mas... ela era muito jovem para ajudar na época. Ela tinha se formou em Hogwarts no ano passado." Ele suspirou. "Eu deveria ter vendido antes, mas foi um trabalho de amor, sabe. Meus avós e bisavós eram donos da fábrica, e é um legado de família. Acho que eu estava segurando isso pelo bem dos meus pais... eles sempre esperaram que um dia Winnie pegasse e fizesse algo com isso.

"Entendo," Hermione respondeu. "Sinto muito em saber sobre seu pai, Sr. Haywood. Gostaria de saber se talvez eu pudesse conhecer sua irmã. Talvez você não precise abrir mão da fábrica completamente... Talvez, se ela for tão talentosa em poções quanto você diz, eu possa ser uma espécie de investidora."

Tobias ficou congelado por um momento, piscando enquanto olhava para Hermione. "O-o quê?"

Hermione mordeu o lábio. "Bem, eu estava esperando comprar a fábrica para abrir um jornal... mas acho que poderíamos trabalhar em outra coisa."

Tobias sentou-se ereto na cadeira. "Há bastante espaço na fábrica, Srta. Dumbledore. Você já entrou?"

Hermione balançou a cabeça.

Sylvanox tinha uma pena encantada que rabiscava no canto da sala, tomando notas da reunião. Ele estava sentado em silêncio, seu cabelo cinza escuro coberto de mechas cor de gelo, vestido com vestes índigo esvoaçantes, cujas bainhas eram bordadas com fios prateados de hieróglifos egípcios. Hermione gostava e não gostava dele; ele era excêntrico e a lembrava de Dumbledore, e era infalivelmente leal a uma coisa: galeões. Essa infusão de personalidade e simplicidade crua deixava Hermione bastante confortável em sua presença. Ela havia desistido há muito tempo da necessidade de parceiros de negócios heróicos. Ela conseguia lidar com indivíduos moralmente destituídos; talvez tivesse aprendido uma coisa ou duas sobre como o mundo funcionava com Tom.

Nem tudo eram flores no mundo bruxo. As complexidades políticas da guerra lhe ensinaram isso. Hermione não confiava mais facilmente, e seu coração estava trancado, sua gentileza forte e viva, mas escondida sob suas paredes de oclumência.

Os olhos verdes brilhantes de Tobias se iluminaram. "Há partes da fábrica que nunca usamos. Eu poderia levá-la para um passeio pelas instalações... Acho que você poderia ter um artigo também, e ainda assim conseguir fazer a fábrica funcionar."

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