Dez

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Ele amava a ideia de comandar a empresa do pai, mas eventos como aqueles eram como um castigo – tinha que ficar pelos cantos, assentindo e ouvindo conversas que ele não se interessava nem um pouco e perguntar sobre a filha de pessoas que ele não se importava.

Ele tinha que se segurar para não bocejar a noite inteira. Mas Ayla estava ali com ele, então não seria tão difícil ficar alerta – ainda mais quando ela estava naquele vestido desgraçado.

Não era uma roupa indecente para o evento, mas naquela altura, ele sentia que tudo que ela usava tinha esse efeito nele. O vestido preto era longo e se encaixava perfeitamente no corpo da brasileira e Taehyung não conseguia parar de lançar olhares para ela de vez em quando, que conversava com uma esposa de um dos homens ali presentes há poucos metros dele. Também tinha uma fenda não muito reveladora e luvas que cobriam boa parte dos seus braços, deixando os ombros descobertos. Seu cabelo estava solto, as tranças chamando a atenção das pessoas ali.

Levou o espumante que bebia à boca e varreu o salão enquanto assentia, fingindo escutar o que o homem na sua frente falava para ele. Quando prestou atenção em alguns homens ali perto, rindo e lançando olhares para Ayla – o tipo de olhar que o fez cerrar o punho dentro do bolso e sentir o maxilar tensionar.

— Com licença — murmurou antes de abandonar a conversa na metade. Se desculparia depois.

Foi até Ayla com passos rápidos, querendo se distrair do fato de que queria entrar entre o olhar daqueles homens e ela. Se aproximou, colocando a mão na cintura dela e a puxando para perto. Ela deu um pulinho com a repentina aproximação dele, mas quando o olhou, relaxou.

— Oi, amor — sorriu.

Taehyung olhou para a mulher  que conversava com Ayla e deu um sorriso amarelo.

— Com licença, preciso roubar minha noiva por um tempo, se importa? — perguntou.

— De jeito nenhum! Quem dera um noivo lindinho e preocupado como você! Sortuda! — a mulher deu um aperto no braço de Ayla antes de se afastar.

A mulher ao seu lado o olhou e se afastou um pouco com uma expressão confusa.

— Tudo bem? — perguntou.

Ele olhou para trás, para aqueles homens patéticos, que agora olhavam para a cena dele tocando o quadril de Ayla com um olhar diferente. Ótimo. Ele queria que eles soubessem que ela estava ali com ele.

— Aham — respondeu e virou-se para a suposta noiva. — Vim saber se você está bem.

Ayla deu de ombros.

— Até que não recebi tantos comentários chatos até agora — disse, analisando a noite.

— Então é melhor se preparar — Taehyung disse, quando viu o pai se aproximando. — Meu pai.

— Ah, merda — Ayla sussurrou antes de se virar para cumprimentar o patriarca Kim. — Boa noite, Sr. Kim! — ela disse, abrindo seu melhor sorriso.

O homem devolveu o sorriso com um olhar dos pés à cabeça da mulher e erguendo uma sobrancelha. Ele virou-se para Taehyung.

— Vejo que não se atrasou dessa vez — disse.

Taehyung suspirou.

— Amor, vou pegar uma bebida. Você quer algo? — Ayla perguntou, o olhar deixando claro que queria muito sair dali. Ele assentiu minimamente para dizer que entendia.

— Estou bem. Não vá longe, ok? — pediu, apenas para que pudesse ter certeza de que algum homem não iria importuná-la. Sabia que ela poderia se cuidar, sem dúvidas. Mas ele gostaria de não causar nenhum tipo de escândalo ao socar alguém.

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