Pri Daroit

1.4K 130 1
                                    

Pri Daroit sentia o coração apertado desde que soube que não havia sido convocada para as Olimpíadas de Paris 2024

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Pri Daroit sentia o coração apertado desde que soube que não havia sido convocada para as Olimpíadas de Paris 2024. Como uma jogadora veterana, sempre sonhou em estar em mais uma edição dos Jogos, mas, desta vez, seu papel seria diferente. Mesmo assim, havia algo que a mantinha firme e com um sorriso no rosto: sua esposa, S/n, uma das ponteiras mais talentosas da seleção brasileira, estava lá, brilhando nas quadras, representando o país.

Enquanto assistia às transmissões pela televisão, Pri não conseguia conter o orgulho que sentia por S/n. Ver sua esposa dando tudo de si em quadra a fazia perceber que, apesar de não estar jogando, ela ainda tinha um papel importante: apoiar a mulher que amava incondicionalmente. E foi por isso que decidiu fazer algo especial. Ela comprou uma passagem para Paris sem contar nada para S/n e decidiu surpreendê-la durante um dos jogos mais importantes da competição.

No dia do jogo, o Brasil enfrentava uma equipe forte, e S/n sabia que precisava dar tudo de si para levar a equipe à vitória. Antes de entrar em quadra, ela sentiu uma leve ansiedade no peito. Era um jogo decisivo, e ela queria estar no seu melhor. Enquanto se preparava, seus pensamentos vagavam para Pri. Mesmo distante, sabia que sua esposa estava torcendo por ela.

No ginásio lotado, os gritos da torcida brasileira ecoavam. O barulho era ensurdecedor, mas S/n estava concentrada, seu olhar fixo na quadra e no jogo que estava por começar. O Brasil precisava vencer para avançar para a próxima fase, e todas as jogadoras estavam focadas.

Quando o time entrou em quadra, S/n lançou um último olhar para as arquibancadas. Algo chamou sua atenção. Entre a multidão, um rosto familiar, um sorriso que a fez sentir uma mistura de surpresa e emoção: Pri estava ali, torcendo por ela com uma bandeira do Brasil em mãos, os olhos brilhando de orgulho. S/n sorriu de volta, o coração aquecido pela presença inesperada da esposa.

O apito soou, e o jogo começou.

O Japão, conhecido por sua defesa sólida e ataques rápidos, abriu o placar, mas S/n estava determinada. Ela se destacava a cada ponto, suas cortadas potentes superando a linha defensiva japonesa. No primeiro set, o Brasil começou atrás, mas com uma sequência de saques precisos de S/n e alguns bloqueios decisivos, a equipe conseguiu virar o jogo, vencendo o set por 25 a 22.

No intervalo entre os sets, S/n olhava para as arquibancadas sempre que possível, buscando o olhar de Pri, que não parava de gritar e pular. Ver sua esposa tão empolgada a motivava ainda mais.

— Ela tá demais, né? — uma das colegas de equipe comentou, ao ver S/n dominando o jogo.

— Demais. Tem alguém especial assistindo... — S/n respondeu, dando uma piscadela, sem esconder a felicidade.

O segundo set foi ainda mais intenso. As jogadoras do Japão forçaram o ataque, mas S/n estava implacável. A cada bola levantada, ela subia com precisão e força, garantindo pontos cruciais. E quando o Brasil chegou ao set point, o ginásio explodiu de alegria. Uma última cortada de S/n fechou o segundo set em 25 a 20.

No terceiro e último set, o Brasil estava embalado. S/n continuava brilhando, fazendo defesas impossíveis e atacando com uma precisão incrível. Ela sabia que precisava dar tudo de si, não apenas pelo time, mas por Pri, que estava ali assistindo e torcendo como se fosse o jogo da vida dela. Com uma sequência de bloqueios e mais um ataque mortal, o Brasil fechou o set em 25 a 19, garantindo a vitória por 3 a 0.

Quando o último ponto foi marcado, S/n correu em direção à rede para comemorar com suas companheiras. O ginásio estava em êxtase, e S/n sentia seu coração bater acelerado. Sabia que havia jogado um dos melhores jogos da sua carreira, mas, mais importante, sabia que tinha alguém muito especial assistindo tudo.

Após a cerimônia de cumprimentos e entrevistas rápidas, S/n correu para as arquibancadas. Pri estava lá embaixo, esperando por ela com os braços abertos. Quando S/n finalmente a alcançou, envolveu-a em um abraço apertado, o suor ainda escorrendo pelo rosto, mas com um sorriso enorme estampado.

— Eu não acredito que você veio! — S/n disse, ofegante, mas rindo de felicidade.

Pri olhou nos olhos de sua esposa, a emoção transbordando.

— Claro que eu vim, amor. Você acha que eu ia perder isso? — respondeu Pri, ainda segurando a bandeira do Brasil. — Eu tô tão orgulhosa de você! Você jogou demais!

S/n apertou Pri em seus braços, sentindo o conforto de estar ali, na presença da pessoa que mais a apoiava.

— Eu joguei por você também, sabe? — S/n sussurrou no ouvido de Pri, com um tom carinhoso. — Eu sabia que você estava me assistindo, então eu precisava dar meu melhor.

Pri sorriu, sentindo o calor das palavras de S/n. Ela passou a mão pelos cabelos molhados da esposa e beijou sua testa suavemente.

— Você me deixa tão feliz. Eu nunca estive tão orgulhosa, S/n. Você é incrível, não só como jogadora, mas como pessoa. — Pri segurou o rosto de S/n com as duas mãos, olhando-a nos olhos. — Eu te amo tanto, e vou estar com você em todos os momentos, nos bons e nos ruins.

S/n sorriu de volta, o coração completamente derretido pelas palavras de Pri.

— Eu também te amo, Pri. E vou sempre jogar por nós.

As duas se beijaram sob os gritos da torcida, que ainda comemorava a vitória. O momento era delas, uma celebração não só da vitória em quadra, mas do amor e do companheirismo que as mantinham unidas, não importava a distância ou as adversidades.

Imagines Br (atletas femininas)Onde histórias criam vida. Descubra agora