Changbin odiava dias de feira. Ele era obrigado a acordar cedo no fim de semana e agora ainda tinha que fingir que estava de bom humor porque sua mãe estava apaixonada, e ela queria mostrar para Erick que Changbin era um bom filho que ajudava sempre a mãe com um sorriso no rosto. O que, primeiro, era realmente verdade, Changbin sempre a estava ajudando, e segundo, era mentira, ele nunca estava sorrindo, principalmente nos dias de feira.
Era mais ou menos nove horas da manhã de um domingo. Inacreditável. Changbin empurrou o carrinho parcialmente cheio, em uma mão o celular pendia, ele trocava mensagens com os amigos, reclamando que estava acordado no seu dia de folga do colégio, e pior ainda, estava preso com sua mãe apaixonada, seu padrasto sem expressões e o filho estranho dele. Changbin queria ir para casa desesperadamente, descrente que foi realmente acordado tão cedo apenas para bancar a família feliz.
De pouco em pouco, o carrinho foi ficando cheio, Christopher e Miyan trazendo os alimentos enquanto Changbin estava encarregado em apenas empurrar pelos corredores e alas. Erick estava responsável pela contabilidade, o aplicativo da calculadora aberto no celular que segurava, enquanto seguia a futura esposa pelos corredores bem ventilados e cheios de gente.
— Da para você pelo menos fingir que não está achando tudo insuportável? — Miyan reclamou quando retornou com bandejas de carne, depositando tudo no carrinho. Changbin tentou fingir um sorriso, porém se sentiu muito estranho, então desistiu voltando a expressão de cansaço e sono.
— A senhora sabe que eu não gosto de sair dia de domingo. — Resmungou nitidamente mal humorado. Miyan amarrou o cabelo em um rabo de cavalo, a lista de compras jogada dentro da bolsa que carregava na lateral do corpo. Changbin sabia que estava por vir, aquela expressão no rosto dela dizia que ele levaria um sermão.
— Eu sei, Changbin. — Lá vem. — Mas é nossa primeira atividade juntos como uma família, você não pode ao menos fingir que está alegre por sair conosco? Se fosse com seus amigos, você estaria todo sorridente, mas com a gente é assim? Por que você não consegue ficar feliz pelo menos com a gente? Está sempre de mal humor. E você devia tentar ser mais próximo de Erick, desde que ele foi morar com a gente você nunca falou com ele direito.
— Por que eu deveria? E sobre o que a gente falaria? Olha para ele, mãe. — Balançou a cabeça na direção do homem alto e loiro junto a Chan, ele parecia desligado do mundo, embora o filho estivesse falando sem parar. — Ele é estranho.
— Você nunca nem tentou falar com ele! — Ela se exaltou um pouco, chamando atenção das pessoas ao redor. Changbin quis se esconder dentro de um buraco pela repentina atenção que ganhou pelo repentino surto de Miyan. Sempre será assim agora? — Se você ao menos tentar, vai descobrir que ele é uma boa pessoa. E ele é bom pra mim, Changbin. Porque é nítido que você não está nem um pouco feliz com nosso casamento.
— E vai mudar alguma coisa minha felicidade com isso? A senhora nem ligou de me perguntar se eu estava confortável com gente desconhecida morando na nossa casa antes de mandar eles pra lá. A senhora só fez e acabou, nem me perguntou nada. Como sempre faz.
— Achei que você estaria feliz em saber que sua mãe está seguindo em frente, igual Yongjin fez. — Ela parecia genuinamente irritada, embora fizesse um esforço sobre humano para ninguém reparar que estava prestes a começar a gritar com Changbin. Ele a conhecia, sabia que ela nunca teria um surto no meio de uma multidão, porque isso só mostraria que ela era instável e Miyan nunca assumiria para si mesma que não era tão controlada quanto fazia parecer. — Seu pai fez a mesma coisa e você não se importou, então por que comigo é assim? — Changbin encolheu os ombros com a citação do pai, porque sim, ele arranjou uma esposa e teve uma filha, mas isso não o envolveu diretamente, como agora.
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Meu Inquilino Australiano | binchan
FanfictionChangbin estava consideravelmente bem com a ideia da sua mãe ser namoradeira. Veja bem, ele não se incomodava com os "namoros relâmpagos" da sua queridissima mãe, por ele, ela tinha mais era que curtir a vida mesmo após passar tantos anos presa em u...