CELINE DUPONT
Quando meus lábios tocaram a bochecha de Billie, meu coração quase saltou do peito. Não era algo que eu tinha planejado, mas no momento parecia a coisa certa a fazer. Quando me afastei, vi a surpresa nos olhos dela, e meu rosto esquentou na hora.
— Até amanhã, Billie — falei, tentando parecer tranquila, mas sentia minha voz um pouco trêmula.
Saí do carro rapidamente, o coração acelerado, e entrei em casa. Assim que fechei a porta, olhei ao redor. Tudo estava em silêncio. Suspirei, já imaginando o que aquilo significava. Meu pai não estava em casa. Só torcia para que ele não tivesse ido beber de novo.
Subi as escadas e, ao chegar no meu quarto, fechei a porta com cuidado antes de me jogar na cama. Olhei para o teto, e um sorriso bobo surgiu no meu rosto. Não conseguia parar de pensar em tudo o que aconteceu na noite anterior, e então comecei a rir sozinha. Dormi agarrada a Billie, como se isso fosse a coisa mais natural do mundo. O calor dos braços dela, o jeito que ela me segurou... tudo ainda estava tão fresco na minha mente.
Me virei de lado, abraçando o travesseiro e rindo mais.
O que estava acontecendo comigo?
Desde que Billie apareceu na minha vida, nada parecia fazer sentido, mas ao mesmo tempo, tudo fazia. A conversa que tivemos naquela manhã, a honestidade nos olhos dela... me deixava nervosa, mas de um jeito bom.
Na manhã seguinte, acordei com o som irritante do despertador. Abri os olhos, ainda sonolenta, mas com aquela sensação leve no peito. Tomei um banho rápido e escolhi uma roupa simples, mas me esforcei um pouquinho mais do que de costume. Não sei por quê, só queria estar bem... Bonita.
Depois de arrumar a mochila, desci para a cozinha. Como eu já esperava, meu pai não estava. Nem sinal dele. O café estava intacto na cafeteira. Suspirei, pegando uma maçã antes de sair.
Quando o carro da Amber parou na frente de casa, entrei e sorri ao ver a cara de curiosidade dela.
— E aí, como foi? — Amber perguntou daquele jeito malicioso, já sacando que alguma coisa tinha acontecido.
Eu ri e me virei para ela, sentindo o sorriso bobo voltar para o meu rosto.
— A gente conversou sobre tudo... sobre nós.
Amber levantou as sobrancelhas, claramente surpresa.
— Sério? E aí, o que vocês decidiram?
— A gente decidiu manter as coisas em segredo por enquanto. Até a gente entender melhor o que tá rolando — eu mordi o lábio, meio nervosa, mas ainda sorrindo. — Mas foi uma conversa boa, sabe? Tirou um peso enorme das minhas costas.
Amber me olhou com aquele sorrisinho de quem já sabia de tudo.
— Então as coisas estão indo bem? Tô vendo esse sorriso aí, hein.
Eu balancei a cabeça, rindo.
— Sim, estão indo bem. É complicado, mas... eu não consigo evitar, Amber. Eu gosto dela.
Ela deu uma batidinha no meu ombro, brincando.
— Sempre soube. Não adianta tentar esconder de mim.
Ri com ela, aliviada por finalmente ter contado tudo. Sabia que ainda teríamos muitos desafios pela frente, mas, por enquanto, só de saber que Billie e eu estávamos bem, era o suficiente para me deixar feliz.
BILLIE EILISH
Acordei mais cedo do que de costume, o som do alarme ecoando pelo quarto. Me espreguicei, ainda sentindo os resquícios de nervosismo da noite anterior, mas ao mesmo tempo, algo dentro de mim estava mais leve. Tinha sido a conversa mais difícil e ao mesmo tempo a mais necessária que já tive. Me levantei, indo direto para o banheiro, deixando a água quente do chuveiro afastar os pensamentos por alguns minutos.
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MY TEACHER - B.E.
FanfictionCeline, uma jovem de dezessete anos prestes a completar dezoito, está no último ano do ensino médio e enfrenta a pressão constante de seu pai controlador, James, que exige perfeição em tudo o que ela faz. Na escola, Celine conhece Billie, sua nova p...