Capítulo 8

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Por pouco eu quase desisti de ir ao coquetel, mas Giovanna me incentivou, até me ajudou a escolher uma roupa para ir. Quase que precisei tirar a poeira do vestido, afinal faziam-se anos que eu não o usava. No fim estava no carro com Cristopher, como sempre ele reclamava do trânsito, às vezes me perguntava se ele queria viver no interior, que não teria nenhum transito. Assim que ele estacionou, retoquei o batom e desci do carro.

- Ótimo, estamos atrasados. - Fiquei esperando ele colocar a culpa em mim, mas isso não aconteceu, apenas segurou minha mão e seguimos para o local. Assim que passamos pela porta, meu marido começou a ir de rodinha em rodinha, falar com todos. - A situação do Rio é lastimável, eu não tenho mais esperanças. - Ele conversava sobre política com mais dois homens.

- Boa noite, Doutor Cristopher. - Um homem, cabelos grisalhos, barba bem aparada, bem vestido e devo dizer que é muito atraente.

- Doutor Rodrigo.

- Desculpem meu atraso, o trânsito da cidade está terrível. - Mais um para reclamar, quase revirei meus olhos. - Mais cidade grande é assim mesmo. -  Ele sorriu e me surpreendeu.

- Nem me fale sobre esse transito. - Cristopher resmungou. Ele nem fez questão de me apresentar, assim como aos outros homens, que não pareciam se importar, mas esse tal Rodrigo ficou me encarando e ao ver que Cristopher não falou nada, estendeu a mão.

- Sou Rodrigo Gonçalves, prazer.

- Maya Collins - Apertei sua mão.

- Minha esposa - Cris se pronunciou. - Sobre o seu caso com o filho daquele ator... -  Depois disso eu parei de prestar atenção.

Meu marido estava tão distraído que acabei saindo de perto dele, decidi comer alguma coisa. Nesse meio tempo acabei bebendo um pouco também. Fiquei ali isolada, não conhecia ninguém e então não tinha com quem conversar. Troquei algumas mensagens com Giovanna, que me perguntou sobre a festa e com tava meus filhos, que ficaram em casa.

- Deve ser muito chato quando não se trabalha no meio jurídico e vem para um coquetel como esse. - Rodrigo, o advogado de antes, parou de frente para mim.

- Eu apenas decidi comer algo. - Sorri sem graça. Geralmente não conversava com pessoas desconhecidas. - As outras esposas já estão bem entrosadas entre si. - Ele virou-se para a rodinha de mulheres que conversavam animadamente.

- Então não costuma vir sempre nesses coquetéis. - Ele parecia estar fazendo uma nota mental.

- Sua esposa também veio?

- Não, eu sou divorciado.

- Ah, sinto muito.

- Não precisa. - Ele bebeu todo conteúdo de seu copo. - Chegamos a um estado lastimável, brigas sem fim, criamos uma inimizade terrível, mas hoje somos amigos.

- Você tem filhos?

- Um menino, já tem dezesseis anos.

- Ele não ficou chateado ou teve problemas por conta do divorcio?

- Meu filho se consulta com uma psicóloga, nossas brigas o afetaram mais que o nosso divorcio.

- Sua mulher deve ter ficado arrasada.

- Na verdade, eu fiquei arrasado. - Ele riu um pouco mais alto. - Ela foi embora de casa, eu realmente queria continuar com a droga de relacionamento que nós tínhamos.

- Você não se sente constrangido conversando sobre isso comigo? - Rodrigo olhou fixamente dentro dos meus olhos.

- Algo em você faz com que eu me sinta confortável. - Aquilo era um elogio? Eu acho que era, pois a maneira que ele ria parecia ser coisa boa. - profissão? Você tem alguma

A Amante do Meu Marido ( Magi )Onde histórias criam vida. Descubra agora