Por praticamente toda a viagem eu chorei, meus filhos me acompanharam no inicio, mas depois eu era a única que chorava. Rose até parou o carro no meio da viagem, comprou água para mim, levou meus filhos para lanchar num Mc Donald's, o que acabou me fazendo rir.
- Eu realmente sinto muito, te tirar da suas coisas para entrar no meio dos meus problemas. - Falei com Rose.
- Você é irmã da Cami, então automaticamente é da minha família. - Ela sorriu.
- Eu sinto muito Rose. - Em outra época talvez eu não falaria com ela, até porque Cristopher não iria deixar. - Ainda mais pelas coisas que Cristopher falou e...
- Não peça desculpa por outras pessoas, a menos que você tenha pensado o mesmo que ele.
- Eu nunca pensei isso.
- Eu sei. - Ela me confortou. - Você realmente não quer comer nada? A viagem é longa.
- Não, está tudo bem, eu estou sem fome.
- Quer levar algo para comer no caminho? Sei que o lanche quando fica frio é horrível, mas pelo menos você não fica com fome.
- Meu filho pegou bastante biscoito da minha casa... antiga casa.
- Tudo bem, então vamos voltar à estrada, Cami não para de ligar.
- Você realmente é delegada federal?
- Sou sim. - Ela riu. - Desculpe eu ter puxado a arma daquela forma, mas eu fiquei com medo dele te agredir e seu filho estava com o rosto daquele jeito.
- Está tudo bem, acho que se você não tivesse feito isso, ele não teria me deixado sair do prédio.
Horas depois chegamos a casa de Cami, chorei assim que abracei minha irmã. Fiquei um tempo conversando com ela e Michele, que foi muito receptiva comigo e com meus filhos. Cami convidou Rose para jantar conosco e ela aceitou porque eu insisti bastante também. Meus filhos foram deitar por volta das oito da noite, eles estavam cansados e eu não estava atrás. Tomei um banho e fui dormir, foi só nesse momento em que consegui pensar em tudo que estava acontecendo. Eu comecei a pensar na minha vida a partir de agora e o tópico Giovanna apareceu, durante todo o dia eu não parei para pensar nela ou no Cristopher, os dois realmente iriam me enlouquecer. Na noite anterior eu tentei não pensar no fato dela estar numa balada com um homem e ainda me chamou de amiga. Na minha cabeça eu só conseguia pensar que ela estava fazendo algo com aquele homem e por isso não me chamou de amor e nem nada. Eu fiquei pensando se ela tinha tentando me ligar? Provavelmente sim. Me levantei, Cami ainda estava na sala com Michele, as duas estavam assistindo tv, bom era o que eu achava até chegar lá e ver as duas se agarrando no sofá. Primeiro me senti constrangida, depois achei graça, Cami iria me pagar pela noite da boate, então soltei um pigarro alto, as duas se assustaram e eu soltei uma gargalhada.
- Cami, você pode me emprestar seu celular?
- Pode dizer que se vingou pela boate. - Cami levantou do sofá rindo.
- Boate? Você levou a Maya em uma boate? - Michele perguntou surpresa.
- Era só a sinônimo. - Cami me entregou o celular.
- Por que não me contou que foi a boate?
- Foi nada de mais amor.
- Ela fez algo Maya?
- Não.
- Então agora acredito que não foi nada demais.
- Ah você acredita nela e não em mim? - Cami parecia ofendida.
- Eu conheço a Maya.
- E você casou comigo.
- Exato! - Michele falou rindo, ela piscou para mim e vi minha irmã ficar extremamente vermelha, soltou um gritinho e foi para o quarto.
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A Amante do Meu Marido ( Magi )
FanfictionMaya é uma mulher casada, ama seu marido e sua família, independente dos seus problemas conjugais. A sua vida começa a desmoronar de vez quando descobre uma traição do marido, mas Maya não é uma mulher qualquer, ela é capaz de tudo para reconquistar...