capítulo 14 - desespero no coração

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Leah piscou várias vezes, tentando ajustar seus olhos à escuridão ao seu redor. O ar estava úmido e frio, e o cheiro de mofo era quase insuportável. Ela se levantou lentamente, sentindo o chão de pedra fria sob seus pés descalços. Sua cabeça ainda girava do desmaio e seu baixo ventre doía como o próprio inferno, e ela tentou se lembrar do que havia acontecido antes de perder a consciência. De repente, uma voz grave e sarcástica ecoou pela masmorra.

-Finalmente acordada, bela adormecida? -Leah virou-se rapidamente, seus olhos arregalados encontrando a figura alta e imponente de um vampiro. Ele tinha cabelos escuros, olhos penetrantes e era muito alto e um sorriso malicioso brincava em seus lábios.

-Quem é você? - Leah perguntou, sua voz tremendo ligeiramente.

-Eu sou Félix - ele respondeu, inclinando-se contra a parede da cela. -E você, minha querida, é uma garota muito gostosa e uma ótima ômega lúpus.

-Ômega lúpus? O que isso significa? Por que estou aqui?

-Você vai descobrir muito em breve - Ele disse, abrindo a porta da cela com um movimento rápido. -Agora, venha comigo. Temos um encontro com Aro, Caius e Marcus.

-Eu não vou a lugar nenhum com você. - Leah recuou, balançando a cabeça.

Félix suspirou, sua paciência claramente se esgotando. Em um piscar de olhos, ele estava ao lado dela, agarrando seu braço com força. Leah sentiu a pressão dos dedos dele como garras, e uma onda de pânico a envolveu.

-Você não tem escolha, e não adianta se transformar, aqui seus sentidos lupinos não serviram de nada - ele murmurou, puxando-a para fora da cela.

Enquanto caminhavam pelos corredores escuros e sinuosos da masmorra, Leah sentiu o medo crescer dentro dela. Seu coração batia descontroladamente, e ela lutava para manter a calma. O que esses vampiros queriam com ela? E por que a chamaram de ômega lúpus? Ela sabia que precisava encontrar uma maneira de escapar, mas por enquanto, tudo o que podia fazer era seguir Félix e esperar por uma oportunidade.

Finalmente, eles chegaram a uma grande sala iluminada por tochas. No centro, três figuras imponentes estavam sentadas em tronos de pedra. Aro, Caius e Marcus, os líderes dos Volturi, olharam para Leah com interesse.

-Bem-vinda, Leah - Aro disse, seu sorriso frio enviando arrepios pela espinha dela. Leah sentiu um calafrio percorrer seu corpo, e seus joelhos quase cederam. -Estamos muito interessados em você e no seu... potencial.

Leah tentou manter a compostura, mas a sensação de vulnerabilidade e medo era esmagadora. Ela sabia que estava em grande perigo, e a incerteza sobre seu destino a deixava ainda mais aterrorizada.

-Que potência que está falando? -Perguntou ela com sua voz trêmula.

-De gerar filhos -Leah sentiu seu peito apertar e ela tentou correr para fugir, mas seu corpo foi contido por um vampiro. -Relaxe jovem Leah, você vai ser recompensada se fizer isso por nós.

-Eu me recuso a ser barriga de aluguel para vocês, vampiros nojentos! -Gritou ela tentando se soltar das garras dos homens que a seguravam, mas em vão.

-Não seja tão malcriada assim, eu sei que você tem uma visão errada de nós, mas só queremos te ajudar, minha jovem... Não quer ser amada por alguém? Não é isso que sempre quis? -Caius se levanta de seu trono e se aproxima de Leah que foi jogada ao chão, e o vampiro loiro agarrou seu maxilar com força a fazendo a encarar. -Aceite garotinha.

-Nunca! - Leah sentiu a raiva fervendo dentro dela e, com toda a força que conseguiu reunir, cuspiu no rosto de Caius. O vampiro loiro limpou o rosto lentamente, seu olhar se tornando ainda mais frio. Sem aviso, ele a jogou contra a parede com uma força brutal, fazendo-a sentir uma dor aguda nas costas ao colidir com a superfície dura.

Moonlight - Jacob (Hiatos)Onde histórias criam vida. Descubra agora