Jenny Miller uma garota reservada e tímida devido às frequentes mudanças que enfrenta com seu querido pai.
Mas ao ingressar para uma nova universidade, tudo isso vai mudar.
Jenny terá a oportunidade de conhecer pessoas novas fazer amigos ou até mes...
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JENNY MILLER
Enfim, voltamos à rotina, embora meus dias nunca sejam normais com Perséfone por perto. Ela anda mil vezes mais cuidadosa comigo, a ponto de, às vezes, eu me perguntar se estou grávida.
Assim que chegamos do hospital, ela insistiu que eu me deitasse e descansasse, enquanto preparava algo para eu comer. Mas, é claro, eu não descansei. Não estou morrendo... é só o início de uma anemia, e tenho certeza de que não vai passar disso.
Agora que estou me alimentando corretamente, sem faltar nada, comecei a sentir algumas dores no estômago e uma leve vontade de vomitar. Não é algo insuportável, mas ainda desconforta. Por isso, Perséfone quase sempre fica ao meu lado enquanto eu como.
- Jenny! - ouço alguém chamar meu nome e, ao me virar, vejo Issac. Sorrio e abro os braços para recebê-lo, mesmo que seja apenas por alguns segundos, já que ele sabe como me sinto.
- Senti sua falta, garota! Você me deixou louco de preocupação quando soube que estava no hospital! - ele fala rápido, e eu sorrio, ainda que discretamente.
- Sim, mas estou bem agora. Vou melhorar, e então poderemos sair para algum parque ou fazer outra coisa - Digo, e ele acena com animação.
- A propósito, onde será que a coisa está? Você a viu? - ele pergunta, e eu rio da piada, balançando a cabeça em negativa.
- Não, acabei de chegar - respondo, enquanto abro o armário para pegar os livros da primeira aula.
Concentrada em pegar os livros, acabo levando um pequeno susto ao ouvir meu mais novo relógio apitar. Suspiro e o desligo rapidamente.
- Pra que isso? - Isaac pergunta, curioso.
- Ah, é coisa da Perséfone. Desde que descobrimos a anemia, ela vem me obrigando a usar esse relógio - explico, enquanto abro a bolsa para pegar uma maçã que Perséfone havia colocado ali.
Lembro do dia em que ela praticamente invadiu o banheiro, com o relógio na mão, dizendo que, sempre que apitasse, eu deveria comer algo, o que acontece umas três ou quatro vezes por dia.
Me viro para começar a andar, e Isaac me acompanha. Mas enrugo a testa ao ver Benjamin passar por nós como se nem conhecesse Isaac.
- O aconteceu com você e o Benjamin? - questiono e seus ombros caem.
- Não aconteceu nada de mais, na verdade. O pai dele infelizmente não o aceita, e por isso ele acabou se afastando - diz cabisbaixo, enquanto faço uma careta.
Deve ser horrível para um filho não ser aceito pelos pais.
- Espera, e você aceitou isso assim, numa boa?
- Claro que não! Mas ele nem me deixa chegar perto, está sempre me afastando - explica, e eu suspiro frustrada.
- Quando ele começou a te afastar? - pergunto, vendo-o suspirar profundamente.
