17. Livre para escolher.

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- Eu já ia me esquecendo de te falar. - Digo enquanto desço da moto de Tom. - Robert quer fazer uma viagem em família.

Tom me olha surpreso.

Depois da fuga dos paparazzi fomos comer, em seguida ele me levou de volta para casa.

- Outra viagem? Eles acabaram de chegar. E então? Você vai ficar aqui sozinha?

- Eles querem que eu vá. - Minha expressão não é das melhores, levando em conta a minha zero vontade de ir.

- Qual é o problema? Não se sente à vontade com eles? -Me pergunta com um tom de preocupação.

-Não é isso...é que tem algo me incomodando, como se tivesse algo errado, não sei explicar. Desde que eu cheguei tenho esse sentimento.

- Acha que está em perigo de alguma forma? O Sr. Turner fez alguma coisa que te fez se sentir insegura? Sabe que pode me contar tudo.

- Hey! Calma. Fica tranquilo, não é nada disso, é só que tem muitas pontas soltas que eu preciso descobrir. Sei lá, essa viagem repentina, parece que estão...

- Fugindo?! - Tom termina o que eu iria dizer.

- Exatamente!

Minhas curiosidades me fizeram ter a ideia de investigar o que está acontecendo com os pais das meninas, talvez as próprias não saibam o que realmente está rolando. De alguma forma Scott sabe de alguma coisa, ele parecia preocupado comigo, não tivemos a chance de conversar sobre isso, o que é uma merda! E se eu realmente estiver em perigo?

Infelizmente eu não poderia contar com as garotas, afinal ia pegar muito mal falar "Vamos investigar os pais de vocês comigo?" o único que poderia me ajudar de alguma forma está aqui na minha frente.

- Eu vou indo. Tenho que terminar umas coisas da faculdade.

Me despeço com um beijo e entro para casa.

Percebo que a casa está silenciosa, entro na ponta dos pés, fecho a porta atrás de mim devagar. Vou até a cozinha beber um pouco de água antes ir para meu quarto. Meus pensamentos intrusivos fazem com que eu vá até a porta do escritório do Sr. Turner, coloco a mão na maçaneta, respiro fundo e antes que eu consiga abrir escuto passos vindo até mim.

- O que tá fazendo aqui? - Pergunto sussurrando.

- Era exatamente o que eu ia perguntar. O que tem atrás dessa porta?

- Tom, se eles te verem...

Ele coloca o dedo sobre minha boca e em seguida me beija.

- Senti que não poderia te deixar sozinha hoje.

- Sabe que está se comportando como um adolescente rebelde, não sabe? Entrando escondido no quarto da namorada, que isso? Um filme?

Merda! Namorada? Sério isso?

Ele sorri ao escutar essa palavra, fico corada, está muito cedo para definir o que somos.

- Namorada? - Ele pergunta.

- Modo de dizer. Agora vem comigo.

Encerro o assunto.

Desisto de ir para o escritório e levo Tom para o meu quarto. Subimos as escadas devagar, como se estivéssemos invadido o local, meu coração está acelerado, sinto minha mão gelada encostando a mão quente de Tom. Como ele pode estar tão tranquilo? Será que ele já fez isso tantas vezes que se acostumou?

Entramos em meu quarto fecho a porta devagar e tranco, não posso vacilar em deixar aberta. Respiro fundo novamente, abro os olhos e vejo Tom sentado em minha cama enquanto observa cada canto do lugar.

OLDER/TOM KAULITZOnde histórias criam vida. Descubra agora