Capitulo 11

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FILIPE RET

— Qual foi D7, atrapalhou meus esquemas. — Falei assim que entrei no barraco e D7 apenas deu de ombros.

Me joguei em uma poltrona no canto e respirei fundo tentando controlar a respiração.

Meu pau latejava dentro da calça, aquela morena tava me deixando maluco.

— Teu irmão já mandou a lista desse mês, a madame ta querendo até um docinho pós almoço, tá achando que presídio é hotel 5 estrela.

— Compra tudo e manda entregar. Avisa que tô querendo que ele dê uma moral pa um Eduardo que tá no mesmo pavilhão que ele.

— Eduardo? É aquele coroa que tu pediu pra levantar a ficha?

— Esse mesmo.

D7 me encarou em silencio, talvez pensando se deveria ou não opinar sobre.

— Tem haver com aquela mina que ta morando com tu?

— Eu tô devendo alguma explicação pra tu? — Arqueei uma sobrancelha impaciente. — Se não vai fazer o serviço, avisa que passo o b.o pra outro.

Ele não respondeu e eu suspirei impaciente. Tinha outros problemas para me preocupar do quê com o D7 negando cumprir minhas ordens.

Apesar da facção rival ter conseguido subir uma boa parte do morro, não passou da contenção principal, levamos uns 5 deles e agora eu imaginava que o Carlos estaria puto, tanto quanto eu estava.

Foda-se pra ele.

Meus pensamentos não se demoraram alí, uma vez que Jenny entrou como um furacão no barraco.

— Ah não, o que foi, hein? — Suspirei, D7 saiu do cômodo silencioso.

— Quero saber porque tu ta dando abrigo pra aquela piranha, eu vou deixar a putinha careca! — Ela gritou e eu dei de ombros.

— Sabe qual o remédio pra um doido? Um doido e meio! A mina é maluca tá? Não caça b.o de graça não que tu acha?

— Tu tá me ameaçando? — Ela colocou a mão na cintura e se aproximou. — Seu filho da puta, eu te visitei naquela porra de presídio e é assim que me agradece.

— Vai se foder! — Revirei os olhos.

Ela me encarou silenciosa, depois bruscamente, Jenny colocou uma perna de cada lado da minha cintura e se sentou no meu colo, estremeci com o contato imediatamente.

— Eu mato ela, você não me subestima. — Ela sussurrou agarrando meu queixo e rebolando em meu colo, o estímulo fez meu pau latejar novamente.

— Não te subestimei. Tô te falando pra ficar na boa. — Sussurrei baixo agarrando a bunda dela com força e pressionando meu pau no meio das suas pernas. — Vou dar o trato que tu tá querendo.

Ela sorriu e eu instintivamente virei suas costas para o sofá velho do barraco, subindo sua saia jeans o suficiente para encontrar a boceta molhada da vadia.

— Sem calcinha, piranha? — Ela sorriu maliciosa e ergueu a blusa expondo os seios fartos.

— Não vim na intenção de conversa. — Ela desceu os dedos pelo bico dos seios. — Agora me fode como a putinha que eu sou.

Desci minha mão forte para seu rosto, o estralo do tapa fez a piranha sorrir e lamber os lábios, tirei uma camisinha do bolso e desemcapei no comprimento do pau que babava a essa altura.

Meti fundo na vadia enquanto agarrava seus cabelos e estapeava sua cara, a piranha estava massacrando meu pau com a boceta.

— Eu sou a dona dessa favela, junto com você. Você reina aqui e eu também. — Ela falou ofegante e eu estapeei seu rosto novamente, sem dar qualquer resposta.

***

Jenny e eu estudamos juntos na escola, só comecei a me envolver no mundão depois que meu irmão foi preso, ele era dono da quebrada toda.

Alguém precisava cuidar da nossa mãe e sem ele pra sustentar a gente, não me restou opção a não ser cair de cabeça nesse caminho.

Apesar de tudo, não comecei no topo, fui sendo subordinado primeiro, Sal era quem comandava sob as ordens do meu irmão Bruno, de dentro da cadeia. Ele era mais velho, mais inteligente mas, ele não pensava tanto na população da comunidade em si.

O Complexo do Alemão era quase um país sem lei, roubo, furto, estupro e tiroteio, um verdadeiro inferno foi formado quando o maluco ficou no topo e eu...

Eu nunca tive visão de futuro pequeno, tanto que não me contentei em contar drogas e fazer o fechamento mensal da parada, eu queria mais.

Com o passar dos meses, fui ganhando a confiança de toda a comunidade, até por ser o irmão do antigo dono, mas Sal não gostou nada.

Na noite que ele tentou me matar, nós jantamos e bebemos juntos, fizemos planos de progresso e crescimento, mas por baixo de todo sorriso havia a verdadeira intenção de me dopar e esquartejar para espalhar meus pedaços em cada canto da favela, como sinal de rompimento com Bruno, dentro da cadeia.

Mas eu fui mais esperto, sempre fui na verdade.

O que ele preparou para mim eu fiz para ele, em cada canto da favela eu espalhei seus pedaços e mandei espalhar o motivo: a mais pura e amarga traição.

Desde então, assumi totalmente o comando. Não sigo ordens, eu faço elas e se for preciso eu quebro elas. Sou o maior fodido e egoísta, definitivamente não sou fiel e nem tenho motivos para ser.

O Complexo se tornou o que meu irmão queria mas sob minhas próprias ordens.

Durante todo esse tempo a Jenny e eu nos envolvemos, não um lance sério e sem qualquer possibilidade de relacionamento, quando eu era um fodido, ela sentava pra mim escondida porque não queria ser vista com um soldado pequeno, qualquer.

Depois que me tornei o dono, o papo foi outro.

É fácil ver o interesse das mulheres, o status ele importa tanto quanto o tamanho do meu pau. Algumas sentam pra mim só pra ter o prazer de dizer que sentou para o dono do morro e, eu aproveito tudo, claro.

Mas definitivamente a Morena não estava interessada no status de poder e dinheiro que eu tinha alí. Nada disso parecia importar e ultimamente tenho perdido bastante tempo pensando em como impressionar ela.

De qualquer forma, tem uma curiosidade que pulsa sempre que vejo Pâmela, não consigo explicar. Minha vontade é de alimentar qualquer que seja seu pensamento só pra ouvir ela falar sobre qualquer coisa por horas.

Eu precisava tirar ela minha cabeça e logo!

***

NOTAS DA AUTORA
Um pouquinho do FR! Sobre como ele subiu no comando ainda vai ser mais esclarecido e o Carlos (chefe da facção rival) vai ganhar um espaço maior lá mais pra frente! 👀

๑Sensations๑Onde histórias criam vida. Descubra agora