— Então, campeão, me conte como exatamente você chegou onde chegou. — Tentei puxar assunto voltando a me sentar.Ret por sua vez colocou um braço atrás da nuca e olhou para o céu.
— Ninguém planeja entra nessa vida, não. Tu é jogado aqui e eu descobri um talento nessa parada.
— Com certeza seu talento não é embalar saquinho de cocaína, que baixa autoestima é essa? — Brinquei e ele se sentou logo em seguida.
— Tu me dá muito valor, Morena. — Revirei os olhos virando meu rosto pra encontrá-lo no caminho.
Sua respiração era tão forte que alguns dos meus fios de cabelo saiam do lugar com o movimento.
Ret possuía uma presença surreal e seu rosto não mentia: ele era um predador nato. Ele gostava disso. Ele exalava perigo.
A ideia de sequer deixar ele me tocar formigou embaixo do meu umbigo, minhas bochechas esquentaram, por um segundo eu pensei em recuar, me levantar e fugir, ir embora do Complexo e nunca mais voltar.
Mas eu fiz totalmente o oposto. Seus olhos estavam focados em meus lábios mas desviaram no momento que perceberam meus movimentos.
Coloquei a mão do lado do seu pescoço e me virei me sentando com uma perna em cada lado da sua cintura.
Eu estava sentada no colo do Filipe Ret.
Eu estava sentada no colo do dono da porra do morro.
Não sei em que momento achei a atitude razoável mas, quando dei por mim, Ret apertava com força meu quadril, como se estivesse se controlando. Exalei com força encarando os fundo dos seus olhos castanhos, seu pomo de adão subiu e desceu como se estivesse carente de algo.
Por alguns segundos, ninguém ousou falar nada.
Eu estava no colo do Filipe, em um encontro, em cima de uma laje cuidadosamente decorada, com uma vista das estrelas e do complexo.
Ok. Talvez agora eu acordasse e descobrisse que tinha ficado em coma durante tantos anos e tudo isso não passou de um sonho.
Um sonho muito bom e realista porque eu sentia seu pau duro bem embaixo de mim.
Todas as coisas que eu pensei que sabia, esqueci no momento que sentei em seu colo. Me perdi no exato momento que sua mão grande encontrou meu pescoço e quando a brutalidade do seu beijo veio eu sabia, Filipe Ret seria um tsunami de sensações na minha vida.
A partir daquele momento, até meu ultimo.
Nós nem falamos, foi como se uma conexão já existisse alí porque no exato momento que nos beijamos pela primeira vez, senti como se fizesse isso a vida inteira, como se eu precisasse fazer isso a vida inteira.
A brutalidade que havia inicialmente deu lugar ao choque porque nesse momento, Filipe acariciava minhas coxas expostas como se fossem a maior preciosidade e a imagem desse homem sendo minimamente carinhoso era algo que me perturbaria para sempre.
Era errado me sentir bem alí, no colo de um bandido mas, era bom pra um caralho as sensações de pertencimento, de prazer, de ânsia.
De encontro.
Era um encontro, silencioso.
— Você tá pronta... — Ret falou ofegante, eu ainda estava de olhos fechados me recuperando da avalanche de sensações, nem sequer raciocinava o que ele queria dizer com aquilo.
Na verdade, nem sei se eu queria de fato saber.
***
— Tu sabe que se fosse por mim, tu tava lá na minha goma né? — Ret falou assim que a casinha pequena entrou em meu campo de visão.
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๑Sensations๑
Fiksi Penggemar"Ele está disposto a fazer dela, a rainha da favela..." Conteúdo adulto⭐️ . . Com apenas 20 anos, Pâmela Duarte se vê obrigada a sustentar responsabilidades que qualquer jovem na sua idade não deveria ter. Com uma língua afiada e personalidade forte...