Capítulo 12 - Sequestro sem resgate

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Algum tempo depois...

Narrador:

Kamy acorda atordoada, sem noção de quanto tempo ficou inconsciente. Seus olhos ainda parecem pesados, mas não demora a perceber que está em perigo. Ela está deitada apenas num colchão, as suas mãos estão bem amarradas para trás e seus tornozelos também bem amarrados. As suas pernas estão dobradas, ao tentar se mover, ela tem certeza que há uma corda unindo suas mãos com seus tornozelos.

"Eles são profissionais, é impossível alguém se soltar, até mesmo eu."

Kamy olha ao seu redor, ela está numa sala completamente dominada pelo breu. Em pensamento, fala consigo mesma sobre a situação.

"Provavelmente nem tem janelas, não há nenhum feixe de luz que indique uma saída ou uma passagem de ar, eles cuidaram de todos os detalhes. Mas por que será que não pensaram em pôr uma venda nos meus olhos e nem me amordaçaram? Só existe uma explicação... Estou num lugar onde não posso ser ouvida e eles não têm medo de que eu veja quem são, isso significa que... Serei uma queima de arquivo! Mas, quem quer me fazer desaparecer do mapa? Ou... Acreditam que podem me usar para afetar o Nam e os outros."

Kamy sente sua boca seca, está morrendo de sede.
- Ao menos podem me dar água? Já entendi que querem me matar, se querem mesmo fazer isso, façam logo! Filhos da puta! - Ela grita com todas as suas forças e em vão, luta contra as cordas que a presionam. - Sei que estão em algum lugar me ouvindo, e sabe Deus que também estejam me olhando, seus loucos! Lunáticos tarados! O que vocês querem?

Ela dá uma de durona, mas o medo do que pode estar por vir, a faz acreditar que nunca mais verá Nam e nem mesmo Seonghwa. Kamy tenta evitar as lágrimas, mas ao pensar neles dois, não consegue acreditar que seu fim chegou.

Alguns minutos depois de gritar ao vento, ela ouve o som de uma porta se abrindo e em seguida de passos, que em cada instante se aproximam mais. A tensão a deixa em alerta e também muito aflita. Forçando adaptar sua visão à escuridão, tenta enxergar alguma coisa. Mas tudo piora quando derrepente, uma luz muito forte é acesa na sua direção.

Kamy fecha os olhos, a luz é tão intensa, que permanece às cegas, já que só vê a luz e nada mais.
- Só foi acordar pra começar fazer escândalo né? - Pergunta o mesmo rapaz que foi o primeiro a atacá-la.
- Quem são vocês? O que querem?

Ao ignorá-la completamente, os dois homens começam a conversar.
- Ela é tão bonitinha, eles querem mesmo acabar com ela?
- Está com dó?
- Não, é que seria uma pena exterminá-la tão rápido.
- Concordo.
- Seus putos! Não vão me responder?

Kamy não sabe de onde veio, mas o tapa que levou no rosto doeu. O homem que a bateu, se curva e segura com força seu rosto, apertando as extremidades do mesmo, a impedindo de falar. Este é o terceiro homem, e está usando roupas pretas, e usando um capacete de motociclista da mesma cor. Não é possível ver seu rosto, já que o visor está fechado.
- Quer um conselho gatinha? Não irrita o nosso amigo aí não, ele não costuma pegar leve, não é mesmo Chan?
- Verdade.

O homem a solta e ao se levantar, Kamy vê parcialmente sua silhueta. Um deles move a luz, e é quando Kamy percebe que é um holofote. O primeiro que a atacou, diminui a intensidade da luz, e ela consegue ver claramente os rostos de dois homens asiáticos e o terceiro que está usando capacete.

"Os reconheci pelas vozes, agora que os vejo, tenho certeza que são os mesmos que me sequestraram. Mas qual é daquele outro cara? Por que ele faz tanta questão de esconder seu rosto? Nem dizer uma só palavra esse filho da puta fala!"

Os pensamentos dela são interrompidos quando surge ao lado deles, um quarto homem, que está vestido igual ao outro.

"Puta merda! São quatro?"

Bad Boys Parte 2 - Pela Família Onde histórias criam vida. Descubra agora