capítulo 6

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Em um mundo onde a busca por riqueza é incessante, o dinheiro é frequentemente visto como o grande salvador, a chave para a felicidade e o sucesso. No entanto, essa percepção é uma ilusão que mascara a verdadeira essência da vida. A futilidade do dinheiro torna-se evidente quando percebemos que, apesar de sua capacidade de proporcionar conforto e segurança, ele não pode preencher o vazio existencial que muitos enfrentam.

Mas, mesmo assim, o dinheiro é símbolo de poder.

Preciso arrumar um entrego o quanto antes, e já sei aonde eu vou.

Meu avô antes de sua morte me explicou sobre várias coisas.

Uma delas é que agente tinha dinheiro, e muito dinheiro.
Uma riqueza enorme, esplêndida.

Mas tudo foi roubado...

A segunda coisa que ele me ensinou foi sobre poder.

Como conseguir e controlar.

A terceira coisa foi sobre os contatos que ele tinha, e como chegar até eles.

Bom hora de tentar...

Vou até meu armário e pego um vestido preto com uma fenda na coxa, seu comprimento era um pouco acima do meu joelho, ele se ajustava perfeitamente no meu corpo.

Pego um salto preto simples, começo a me arrumar.

Faço uma maquiagem simples e deixo o cabelo solto.

Pego uma bolsa e dentro dela colocou uma pistola que eu havia comprado recentemente, e um canivete.

Saio do prédio onde eu estava morando.

Peço um táxi que logo depois de alguns minutos finalmente chega.

Após alguns longos minutos dentro do carro finalmente chego ao meu destino.

- Obrigada senhor- falo o pagando.

Logo ele acena positivamente e sai para pegar o próximo passageiro.

A música pulsava como um coração sombrio no interior da boate, lançando ondas de graves que faziam o chão vibrar sob os meus saltos. O neon vermelho da entrada tingia minha pele de carmim enquanto eu caminhava, decidida, para dentro daquele refúgio onde luzes piscavam entre sombras espessas.

Não era a primeira vez que eu adentrava um lugar como aquele, mas hoje a noite havia algo diferente.
Algo no ar me fazia sentir uma tensão desconhecida, como se estivesse à beira de um precipício do qual não poderia retornar.

Eu não procurava apenas um trabalho. Eu estou em  busca de algo que não poderia ser dito em voz alta, algo que nascia nas entrelinhas de olhares perigosos e promessas sussurradas. Meus olhos penetraram a penumbra do salão, onde corpos se moviam ao ritmo da música, entrelaçando-se como se compartilhassem segredos antigos.

Fico olhando para a multidão

Eu sabia exatamente a quem procurar. O homem que dominava aquele lugar, cuja presença eu sentia antes mesmo de vê-lo. As histórias sobre ele corriam como fogo em gasolina — poder, mistério e uma escuridão que fazia até os mais destemidos hesitarem. Era exatamente o que eu precisava.

Eu o vejo na área VIP.

Não sei como vou subir até lá.

Talvez...

No balcão do bar, eu me aproximo lentamente, cada passo calculado, meu vestido negro flutuando ao redor de minhas pernas como uma sombra viva. Senti olhares sobre mim, mas ignorei.

Aquele tipo de atenção já era esperado.
Meus olhos fixaram-se na figura no canto mais distante — ele estava ali.

Um homem bem vestido.

Rainha Negra: o jogo da vingança Onde histórias criam vida. Descubra agora