CAPÍTULO 08

231 44 22
                                    

Antes mesmo de montar Flégon, Hazel sentiu enjoada

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Antes mesmo de montar Flégon, Hazel sentiu enjoada. 

Ela não parava de pensar em Fineu com aquele vapor saindo de seus olhos, e suas mãos se desintegrando em pó. Percy tinha lhe assegurado de que ela não era como Fineu. Mas ela era. Ela havia feito algo ainda pior do que amaldiçoar as harpias. 

Você começou tudo isso! Fineu havia lhe dito. Se não fosse por você, Alcioneu não estaria vivo! 

Conforme o cavalo sobrevoava pelo Rio Columbia, Hazel tentava esquecer. Ela ajudou Ella a fazer um ninho com os velhos livros e revistas que haviam pego da caixa de reciclagem na biblioteca. 

Eles não tinham realmente planejado levar a harpia com eles, mas foi Ella quem decidiu. 

— Amigos, — ela murmurou. — ‘Dez temporadas. 1994 á 2004’. Amigos que derreteram Fineu e deram charque para Ella. Ella irá com seus amigos. 

Agora ela estava voando confortavelmente ao lado dos pégasos, mordiscando pedaços de carne seca e recitando linhas aleatórias de Charles Dickens e 50 Truques Para Ensinar ao Seu Cão. 

Percy orientou-os acima do oceano. Hazel guiou o pégaso até Frank, ficando ao seu lado.

Ela se lembrou como Frank a defendeu em Portland, gritando — Ela é uma boa pessoa! — como se ele estivesse pronto para bater em qualquer um que negasse isso. 

Ela lembrou da maneira como ele havia parecido na encosta em Mendocino, sozinho em uma clareira de grama envenenada com sua lança na mão, incêndios queimando tudo ao seu redor e as cinzas de três basiliscos a seus pés.

Há uma semana, se alguém tivesse sugerido que Frank era uma criança de Marte, Hazel teria rido. Frank era doce e gentil demais para isso. 

Ela sempre se sentiu como a protetora dele por causa de sua falta de jeito e seu talento para se meter em encrenca. 

Desde que deixaram o acampamento, ela começou a vê-lo de uma forma diferente. Ele tinha mais coragem do que ela havia percebido. Ele era o único que a protegia. Ela teve que admitir que a mudança foi bem legal. 

O rio estendeu-se para o oceano. O trio de Pégasos virou-se para o norte.

Enquanto navegavam, Frank manteve seu ânimo para cima fazendo piadas tolas — Por que o Minotauro atravessou a rua? Quantos faunos são precisos para trocar uma lâmpada? Ele indicou edifícios ao longo da costa que o lembravam de lugares em Vancouver. 

O céu começou a escurecer, e o mar ficou da mesma cor enferrujada das asas de Ella. 21 de junho estava se aproximando do fim. A Festa da Fortuna, que aconteceria à noite, exatamente 72 horas a partir de agora. Finalmente Frank tirou um pouco de comida de sua bolsa — refrigerantes e muffins que ele havia pegado da mesa de Fineu. Ele passou para todos eles. 

— Está tudo bem, Hazel, — ele disse calmamente. — Minha mãe costumava dizer que você não deve tentar cuidar de um problema sozinho. Mas se você não quiser falar sobre isso, tudo bem. 

𝐅𝐈𝐋𝐇𝐎 𝐃𝐄 𝐀𝐏𝐎𝐋𝐎❟  𝖯𝖾𝗋𝖼𝗒 𝖩𝖺𝖼𝗄𝗌𝗈𝗇 Onde histórias criam vida. Descubra agora