07 - Antes do caos

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— Não fode — murmurei.

— Fodo sim — Beliel sorriu.

Neguei com a cabeça. Recuei mais alguns passos antes de as mãos de Beliel me segurarem. Novamente, ele agarrou minha cintura e me puxou para si. Seu rosto frente ao meu.

— Linda, Linda — disse num quase ronronar. Seus olhos oscilavam entre meus lábios e meu olhos. — aproveite enquanto estou de boa... E outra, você me deve, lembra?

Juntei minhas sobrancelhas e olhei para ele em súplica. Balancei a cabeça. Antes que eu pudesse contestar, ele me interrompeu:

— Eu te salvei, eu cuidei de você. Você me deve.

Seu rosto se abaixou na altura do meu. Seu olhar queimava meu rosto, fazendo minhas bochechas arderem em vergonha. Coloquei as mãos no peito de Beliel e o empurrei, sem resultado algum. Balancei a cabeça em negação.

— Me solta! — disse mais alto.

O empurrei com mais força e, vendo que não surgia efeito algum, comecei a socar o peito de Beliel, tentando me afastar e me soltar. Sacolejei meu corpo, tentando fugir de seu aperto, porém, ele não me soltou. Em algum momento, ele se irritou e agarrou um dos meus pulsos. Com a minha mão agora livre, bati no rosto de Beliel. O rosto dele virou com o impacto e eu senti seu aperto afrouxar. Vi seu peito subir e descer calmamente em um suspiro.

Fechei meu punho e o puxei de sua mão. Sem resistência, fiquei livre. Olhei incrédula para a situação. Eu nem queria pensar no que Beliel faria comigo.

Virei meu corpo e sai correndo floresta a dentro, em direção a fazenda. Corri com pressa, sentindo alguns galhos rasgarem minha pele. Um pequeno corte começou a sangrar na minha bochecha quando um galho rasgou ali. Continuei correndo até que senti minha cintura ser puxada. Revidei, me contorcendo até que estivesse solta de novo, porém, o desequilíbrio me fez cair entre as folhas soltas de árvore sob o chão. Ao olhar para cima, vi Beliel.

Antes que eu pudesse fazer algo, Beliel subiu encima de mim e agarrou meus pulsos com uma só mão, os prendendo sob minha cabeça. Seus joelhos ficaram nas laterais do meu quadril quando ele baixou o rosto até o meu, ficando a centímetros. Seus olhos fitaram o meu rosto amedrontado. Não consegui desviar o olhar.

Sentia a necessidade de falar algo, porém não conseguia. Senti quase como se Beliel tivesse roubado a minha capacidade de falar. Tudo o que se ouvia era minha respiração acelerada e a de Beliel.

Os olhos do homem oscilavam entre meus lábios e meus olhos. Então, ele baixou mais o rosto e seus lábios tocaram os meus em um selinho que, logo depois, se transformou num beijo. Tentei resistir e falhei. Senti quando a mão livre dele agarrou o meu pescoço, o apertando de leve. Em pouco tempo, a outra mão soltou as minhas e focou em apertar minha cintura. Ele afundou a mão embaixo da minha camisa, subindo minha pele até o seio e o apertando com força. Gemi no meio do beijo. Agarrei os cabelos de Beliel, aprofundando o nosso beijo.

Era incrível esse poder que ele tinha sob mim.

Minhas pernas prenderam a cintura do homem que aceitou de bom grado. Beliel desceu ambas as mãos para minha bunda e a ergueu. Assim, ele se sentou no chão e me colocou sob seu colo. Com força, ele me pressionou contra sua ereção, me arrancando um gemido. Beliel sorriu e mordeu meu lábio inferior antes de afastar seu rosto. Nossas respirações levemente ofegantes se entrelaçam, esquentando um pouco mais a nossa face.

As mãos de Beliel oscilavam entre subir e descer, alisando do meu quadril até minha cintura. Fechei os olhos, tentando me acalmar. Quase como se percebesse isso, ele tentou impedir, me beijando de novo. Aceitei o beijo imediatamente. As mãos de Beliel grudaram na minha bunda, mexendo meus quadris acima de sua ereção. Juntei minhas sobrancelhas, sentindo a fricção me deixar fraca. Virei meu rosto, interrompendo nosso beijo.

Ele arrastou o meu cabelo para a esquerda e seu rosto se afundou no meu pescoço, beijando e mordendo. Arquei minhas costas, enquanto sentia todo o meu corpo arrepiar. Gemi baixinho e agarrei os braços firmes e fortes de Beliel, buscando apoio.

— Me deixa ir embora — pedi fraca.

Beliel subiu a boca até o lóbulo da minha orelha e mordiscou de leve.

— Se você for agora, — sussurrou — eu vou atrás de você e, acredite, não vai ser bom pra você, nem para os seus amiguinhos.

Ele voltou a beijar o meu pescoço. Agarrei suas costas, sentindo sua ereção machucando minha buceta. Mechi meu quadril, tentando diminuir o contato, porém, isso só me fez sentir mais dor na minha intimidade, me arrancando um gemido.

Toquei o pescoço de Beliel, o puxando até que seu olhar estivesse frente ao meu. Ele se aproximou para mais um beijo, entretanto, eu o impedi, afastando meu rosto. Ele parou, me encarando com um desejo óbvio.

— Por favor, — murmurei — elas vão vir atrás de mim e vai ser ruim que te vejam. Por favor, Beliel.

Ele sorriu de canto.

— Gosto quando fala meu nome — aproximou os lábios, encostando nos meus. — me deixa duro pra caralho.

Senti seu pau pulsar embaixo de mim. Soltei um suspiro involuntário vendo que não resistiria muito mais tempo. Fechei os olhos e Beliel sorriu mais, vendo o quanto conseguia me desestabilizar com tão pouco. Seus lábios tocaram nos meus em um selinho, seguido de outro, seguido de um beijo. Agarrei seu pescoço enquanto ele agarrou minha bunda com força, me pressionando mais contra si.

Beliel segurou minha bunda e minha cintura enquanto se inclinava. Prendi minhas pernas na cintura de Beliel enquanto o sentia me deitar no chão.

Ele subiu sobre mim de novo, se mantendo entre minhas pernas enquanto beijava minha boca. Senti sua ereção contra mim, deixando evidente seu tesão. Continuamos nos beijando. Reparei quando Beliel arrumou seu corpo, ficando por cima de mim e me deixando deitar no chão. Não reclamei; não tive tempo para isso. Beliel me soltou por completo e separou nossos lábios. Ele se ergueu sobre mim. Depois, agarrou a barra da minha camisa, dando índices de que a tiraria. Entretanto, antes que pudesse fazer isso, eu o impedi, segurando suas mãos.

Beliel me encarou com os olhos vívidos e em chamas de prazer. Era óbvio o que ele queria e, o conhecendo como conheço, um simples "não" não o impediria.

Porém, antes que eu pudesse dizer algo, ouvi passos, seguidos de uma voz conhecida:

— Melinda! — Sabrina gritava — Melinda! Cadê você?! Melinda! É urgente! — eu conseguia discernir o desespero em sua voz.

Olhei para Beliel e vi seu rosto se desfazer em raiva, uma fúria sem igual. Meu corpo ficou rígido e pálido.

Sem que eu pudesse dizer ou fazer algo, Beliel saiu de cima de mim. Ele entrou no lado oposto a voz de Sabrina e sumiu, como sempre.

Fui atender a urgência de Sabrina.

𝕾𝖆𝖙â𝖓𝖎𝖈𝖔 - 𝕯𝖆𝖗𝖐 𝕽𝖔𝖒𝖆𝖓𝖈𝖊 (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora