Cap 22:Tempestade

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»»——⍟——««

Acordei mais tarde do que de costume já que eu e Izu acabamos passando a noite vendo filmes até eu adormecer no sofá. Me espreguiço e olho para a grande janela do quarto que agora eu dividia com ele, lá fora nuvens negras cobriam o céu da cidade eu podia sentir o cheiro da chuva que logo cairia por terra em uma provável tempestade oque não era muito comum nessa época do ano.

Me levanto e ando com os pés descalços até a cozinha onde Izuku terminava de fazer meu café da manhã. Por mais que ele tivesse empregados pra todo tipo de coisa ele sempre fazia questão de cozinhar oque eu iria comer e sinceramente achava isso muito fofo.

-Bom dia querido. -Ele fala com um sorriso sutil assim que percebe a minha presença no local.

-Bom dia... -Digo ainda sonolento enquanto me aproximo dele e o abraço por trás sentindo seu cheiro de menta invadir minhas narinas.

-Parece que alguém acordou carente. -Ele comenta sentindo o abraço repentino. -Você sempre fica assim em dias de tempestade. -Ele se vira depois de desligar o fogo das panquecas e me abraça cobrindo meu corpo inteiro.

-Cala a boca. -Reclamo enquanto a fundo meu rosto no seu peito coberto apenas por blusa de manga longa preta.

Ele ri enquanto passa o nariz no meu cabelo, provavelmente eu estava com o mesmo cheiro que ele já que usei seu shampoo noite passada.

-Adoro quando você usa minhas coisa sabia? -Ele comenta e eu penso se ele se referia ao shampoo ou a blusa dele que cobria meu corpo junto a minha cueca.

Antes que eu pudesse responder um trovão ecoa nos céus e a chuva começa a cair intensamente.

-Não era você que tinha medo de tempestade quando era mais novo? -Ele questiona olhando pela parede de vidro da sala.

Apenas balanço a cabeça em confirmação, eu normalmente odiava dias de tempestades já que a minha audição era sensível e eu conseguia escutar os trovões a mesmo antes deles chegarem onde eu estava. Quando criança eu sentia medo mas hoje só me irrita porque atrapalha nas minhas missões, é péssimo voar na chuva, os trovões não deixam eu escutar ameaças próximas e os raios machucam minha visão.

Bom, pelomenos não preciso mais me preucupar com o fato de voar na chuva haha...

-Vem, vamos comer. -Ele me leva até a mesa e serve o café da manhã como fazia todo dia.

-Porque você nunca me deixa cozinhar? - pergunto antes de colocar um pouco da comida na boca.

-Porque você não sabe cozinhar. -Fala enquanto se senta na cadeira a minha frente. -E não, miojo não conta. -Fala antes mesmo de eu protestar. -E também porque eu adoro cozinhar pra você. -Sorri me observando comer e isso me deixa vermelho.

-Você é praticamente o cara perfeito sabia? -Falo após engolir.

-Tirando a parte que eu sou um pouco psicótico? -Ele questiona num tom humorado e eu dou risada.

-Um pouco? -Rio. -Desde a semana passada ninguém ousou chegar a meio metro de mim. -

-Primeiro você quase morreu queimado e segundo Ninguém mandou eles entrarem no meu escritório sem bater antes. -Responde revirando os olhos.

-Você ameaçou matar eles porque me viram sem camisa. -Reclamo humorado.

-Eles tiveram sorte de eu não ter arrancado os olhos de cada um. - Sorri e dessa vez quem revira os olhos sou eu.

-Ninguém mandou você tentar me comer em cima da mesa do escritório. -Aponto o garfo para ele e o esverdeado solta uma risada.

-Não tenho culpa, como eu poderia resistir à você? -Fala apoiando os cotovelos na mesa e o rosto nas mãos com aquele olhar apaixonado que me derretia toda vez.

Nossa conversa continuo fluindo até que terminasse o café e o ajudasse a lavar os pratos por mais que ele insistisse que não precisava.

-Qual é, eu quero ajudar meu namorado em pelomenos alguma coisa! -Reclamo após ele insistir mais uma vez que eu podia descansar.

-Seu namorado é? -Questiona dando um ênfase na palavra e eu fico paralisado, não tinha percebido oque saiu da minha boca.

-É! A menos que tenha outra pessoa em mente que queira namorar. -me recupero rapidamente lhe provocando e ele da um sorrisinho de lado.

-Querido, você poderia falar que eu sou seu marido e eu aceitaria de bom grado. - termina de secar a louça e segura minha cintura. -Não tem mais ninguém nessa vida ou nas próximas que eu deseje além de você. -Me dá um beijo na testa eu eu suspiro.

-Eu te amo. -Digo com sinceridade.

-Você sabe que eu te amo também. -Sorrimos um pro outro feito bobos

E só me dou conta que passamos bons minutos assim quando um raio ilumina os céus e em seguida vem um enorme estrondo. Meu primeiro reflexo foi me agarrar mais ainda em seu corpo e ele me segurou de volta.

-Desculpa! -Respondo ao perceber que sem querer usei minhas garras e elas rasgaram a camisa que ele usava. -Eu te machuquei? -Pergunto preocupado.

-Não, eu estou bem. -Responde me tranquilizando enquanto vê a blusa rasgada na parte de seu peitoral.

-Eu vou pegar uma blusa pra você. -Digo me afastando indo em direção ao seu quarto no andar de cima.

-Não precisa. -Ele tira a camisa.

-Ta muito frio pra ficar exibindo essa gostosura ai. -Respondo já na escada parando alguns segundos pra admira aquele corpo. -Eu volto já. -

Ando no corredor e entro no quarto seguindo para o guarda-roupa, abro as portas e procuro uma blusa casual quente para que ele não pegue um resfriado.

-Ele só tem roupa social? -Reclamo enquanto mecho entre as diversas blusas e ternos.

Depois de procurar por uns minutos eu encontro outra blusa de manga longa, uma espécie de suéter preto.

-Finalmente! -Falo puxando a roupa do fundo do guarda-roupa.

Fecho a porta e um raio ilumina os céus fazendo que eu enxergue a sombra de alguém, sua silhueta me era familiar mas antes que eu pudesse reagir....

Continua...

‧͙⁺˚*・༓☾  ᎷᎪΝᏆᎪᏟ  ☽༓・*˚⁺‧͙ {Villain Deku + S/N Male}Onde histórias criam vida. Descubra agora