Japão
Tóquio
Arata Min-ju Pov's
Um ano depois
Um ano já havia se passado desde a partida do Amagi, e naquele tempo, meu irmãozinho Akira tinha chegado ao mundo.
Ele era uma luz em meio ao caos que estávamos vivendo.
Eu estava no meu quarto quando decidi sair e, ao fazer isso, me deparei com Akira chorando. Fui até ele e percebi que, na verdade, ele estava pedindo pelos biscoitos que tanto gostava.
Notei que Madison, que geralmente ficava de olho na situação, não estava prestando atenção nele naquele momento. Então, resolvi pegar um dos meus biscoitos e dei a Akira, tentando conforta-lo. Em seguida, percebi que Madison se aproximava, claramente pronta para gritar com meu irmão por algum motivo desconhecido.
Decidi me posicionar entre eles, na esperança de evitar qualquer confronto e proteger Akira e Takahiro de uma possível bronca.
Min-ju - Não se envolva com meus irmãos. - comecei a voz controlada. - Você pode estar casada com meu pai, mas a verdade é que você não passa de uma golpista. Eu realmente te dei um aviso, e é melhor você levar isso a sério. Se não seguir meu conselho, estou disposta a remover toda essa plástica que tem no seu rosto. - Conclui, mantendo a calma, mas com uma advertência clara em minhas palavras.
Peguei Akira no colo e conduzi Takahiro até o meu quarto. O ambiente estava silencioso, e eu sentia a tensão no ar, como se estivéssemos prestes a tomar uma decisão importante.
Takahiro - Vamos ligar para o Amagi, Min-ju. Ele pode nos ajudar com essa situação. - Começou a falar, seu tom estava determinado.
Min-ju - Não! Takahiro, você realmente não acha que já causamos estragos demais na vida do Amagi? Colocá-lo no meio de nossos caprichos e drama só trouxe confusão. É hora de deixar o Amagi ser feliz, e só isso importa neste momento. - Eu disse, e pude perceber que ele estava ponderando o que eu dizia.
Takahiro ficou em silêncio por um instante, absorvendo as minhas palavras.
Takahiro - Você tem razão. Já estragamos a vida dele o suficiente com nossos próprios desejos egoístas. - Ele finalmente concluiu, sua expressão mostrando um misto de compreensão e pesar.
Com isso, ele se dirigiu até seu quarto, provavelmente para refletir sobre o que havíamos conversado.
Estava no meu quarto ao lado do Akira, que agora já está com uma certa idade. Desde o dia em que ele nasceu, minha vida tomou rumos inesperados.
Madison, com suas decisões impulsivas, fez com que eu abandonasse meu sonho de ser patinadora artística.
Além disso, ela convenceu Takahiro a desistir do seu emprego como modelo, uma carreira cheia de promessas e oportunidades.
Em questão de minutos, Madison conseguiu bagunçar completamente nossas vidas, e o impacto disso ainda ecoa em mim.
Olhei para o teto do meu quarto, deixando um profundo suspiro escapar dos meus lábios.
Tanta coisa aconteceu ao longo do tempo, tantos eventos e emoções que se acumularam.
Você se lembra da Mio? Pois é, ela passou por uma tragédia recentemente; sofreu um grave acidente de carro.
Mesmo diante de tamanha dor, ela ainda teve a sensibilidade de nos deixar uma carta, expressando suas desculpas tanto para nós quanto para Amagi.
E, como se não bastasse, Mio também deixou um testamento, onde designou todos os seus bens em meu nome e no de Takahiro.
O peso dessa situação é imenso e ainda estou tentando processar tudo o que aconteceu.
Sentimos uma certa tristeza ao refletir sobre a situação, pois, de certa forma, ela era nossa mãe, mesmo que não tenha sido a responsável por nossa criação.
Quando descobrimos o que ela planejava vender, percebemos que se tratava de algumas joias que pertenciam ao Appa.
Ele não parecia dar muito valor a esses objetos, mas para nós, tinham um significado especial.
Estava perdido em meus pensamentos quando, de repente, notei um livro em minha prateleira que não conseguia lembrar de ter colocado ali. Curioso, subi em uma cadeira para alcança-lo e, ao pegá-lo, percebi que sua capa era de um vermelho vibrante, adornada com uma coroa ao centro.
Assim que o abri, percebi que se tratava de uma história que me era familiar.
Lembrei-me de uma conversa que tive com Takahiro Lemos, em que discutimos sobre a inteligência das crianças.
Nós sempre considerávamos que elas eram capazes de realizar feitos incríveis, habilidades que muitas vezes surpreendiam os adultos.
No entanto, era importante ressaltar que, ao contrário dos membros da máfia, essas crianças não se envolviam em atos de violência ou criminalidade.
Na verdade, essas crianças passavam a maior parte do tempo dentro de um galpão, onde podiam brincar e explorar sua criatividade.
Porém, esse espaço acabou sendo desativado devido à falta de liderança e organização, deixando um vazio naquelas memórias de exploração infantil.
Enquanto examinava meu closet, me deparei com uma peça de roupa que me remeteu imediatamente à minha infância. Era um vestido que me era bastante familiar.
O vestido tinha um design encantador, predominando as cores vermelha e preta, adornado com pequenos corações e símbolos de baralho, que o tornavam ainda mais especial.
As cores vibrantes e os detalhes lúdicos traziam à tona memórias nostálgicas dos dias despreocupados quando tinha quatro anos.
Recordo-me claramente de como ganhei esse vestido: foi um presente do Amagi. Takahiro, por sua vez, tinha uma roupa semelhante, mas com uma característica que o diferenciava - o dele era mais fofinho e tinha um tom de azul adorável.
Ambos as roupas eram cheios de personalidade, refletindo a alegria e a inocência que vivemos juntos.
Permanecei em meu quarto até que o Appa chegasse.
Peguei o Akira e saímos para jantar.
Takahiro, que costumava ser bastante falante e tinha um ótimo senso de humor, se transformou. Ele não faz mais piadas e seus sorrisos parecem falsos, como se estivesse usando uma máscara para esconder seu verdadeiro eu.
Por outro lado, eu também mudei: deixei de ser a pessoa falante e sorridente que costumava ser.
Agora, uso uma espécie de máscara para me proteger. Decidi que não sairia mais de casa, mas, claro, ainda saio para pegar um pouco de sol, embora isso não seja para me divertir.
Às vezes, Aiko e Natsu ainda conseguem me animar, assim como Ren, Hyu e Sora conseguem tirar Takahiro de casa.
Eles fazem isso por um tempo, mas parece que estamos todos lutando contra algo que insiste em nos prender onde estamos.
No entanto, ninguém deixa de esperar ansiosamente para descobrir o que realmente estamos prestes a realizar.
Takahiro, com um ar de cumplicidade, piscou para mim e lançou um sorriso sutil, como se compartilhasse um segredo especial.
Que os desafios se iniciem, pois temos a certeza de que tanto eu quanto ele não iremos sair perdedores dessa história.
Continua...
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Operação Cupido Entre Um Mafioso E Universitário
FanfictionNao, ou melhor, Amagi, um adolescente Ômega fazendo faculdade de design de interiores, precisa pagar sua faculdade e acaba achando um trabalho como babá. O que ele não esperava era que iria cuidar dos filhos do maior mafioso do Japão, Arata Sato, um...