𝙲𝚊𝚙𝚒𝚝𝚞𝚕𝚘 𝚇𝙸𝚅

27 5 31
                                    

Japão

Tóquio

Nao Oriyama

Passaram-se algumas semanas e a feliz notícia chegou: descobriram que o bebê que estava a caminho era um menino.

Nós já havíamos retornado para o nosso apartamento e a rotina começou a se restabelecer.

Min-ju, com seu jeito concentrado, dedicava-se a suas tarefas escolares enquanto Takahiro estava animado experimentando diferentes roupas do desfile que se aproximava.

Quanto a mim, já tinha quitado todas as minhas mensalidades na faculdade, o que me trouxe um alívio. Meus pais, sentindo saudade, me convidaram para passar um período com eles.

Assim, em apenas três dias, eu embarcaria rumo à Xangai, onde daria continuidade aos meus estudos e finalizaria minha formação.

A expectativa estava crescendo, misturada com um pouco de saudade e a ansiedade pelo que viria a seguir.

Min-ju estava em um estado de desespero visível, as lágrimas escorrendo pelo seu rosto, enquanto implorava:

Min-ju – Amagi, por favor, não vá! - Já estava implorando.

Takahiro, em meio a soluços, tentava encontrar as palavras certas para expressar seu pedido:

Takahiro – Amagi, leve-nos com você, por favor! - Cada palavra saiu entrecortada pelo choro, demonstrando a profunda dor que sentia.

Eu decidi fazer algo simbólico. Peguei um urso de pelúcia e entreguei a eles, um objeto impregnado com meus feromônios, como se estivesse deixando um pedaço de mim mesmo ali.

Amagi – Peguem - disse suavemente.

Min-ju olhou para o urso que agora estava em suas mãos, reconhecendo o gesto.

Min-ju – Amagi... - foi tudo que conseguiu dizer, enquanto as lágrimas continuavam a rolar por suas bochechas, evidenciando o desamparo que sentia.

Amagi – Sempre que sentirem minha falta, abracem este urso. E lembrem-se, vocês podem me ligar quando quiserem. - Falei gentilmente.

A aflição de Takahiro tomou conta dele, e, entre lágrimas, ele desabafou

Takahiro – Amagi, quando você voltar, já seremos mais velhos. Eu não quero ficar com aquela mulher, ela é má! - Seu choro era incontrolável, transbordando toda a angústia que sentia ao pensar na separação.

Eles acabaram dormindo depois de tanto chorar.

Dia da viagem

Eu estava no aeroporto, rodeado pela agitação típica desse lugar, quando os gêmeos se aproximaram para me dar um abraço de despedida.

Takahiro, com seu jeito gentil, me entregou uma pequena caixa.

Curioso, abri o presente e encontrei uma coleção de cartas cuidadosamente escritas, cada uma repleta de mensagens carinhosas e lembranças compartilhadas.

Senti uma onda de gratidão ao perceber o quanto aqueles momentos significavam para nós.

Agradeci sinceramente pelos gêmeos e, em seguida, apresentei-me para o embarque, pronto para seguir em frente.

Embora eu ame profundamente os gêmeos, sabia que era hora de recomeçar minha vida, deixar para trás a sombra de Takara e buscar novos horizontes.

Enquanto esperava pelo meu voo, peguei meu celular para dar uma olhada nas mensagens.

Para minha surpresa, havia uma notificação de um número desconhecido.

A curiosidade me levou a abrir a mensagem, e fiquei atônito ao descobrir que era um verdadeiro album de fotos — milhares delas, na verdade. A maioria dos registros eram dos gêmeos, capturando sorrisos, momentos de diversão e nossa trajetória juntos.

Logo abaixo das fotos, uma legenda simples, mas cheia de sentimento: Vamos sentir sua falta, Omma.

Um sorriso brotou no meu rosto ao ler aquelas palavras, aquecendo meu coração em meio à despedida.

Enviei uma mensagem para meu irmão Sky informando que já estava a bordo do avião.

Aproveitei para assistir a alguns vídeos dos gêmeos, que sempre me divertem bastante.

No vídeo, Min-ju faz uma brincadeira.

Min-ju – Eu sou a Cinderela! Mil perdões, madame, eu não queria atrasar o seu café! - Disse em tom de brincadeira.

Takahiro – Traga meu café, Cinderela! - Disse em tom de brincadeira.

Min-ju – Vai pegar você mesmo, preguiçoso! Quem você pensa que é? Se não quer buscar seu café, contrate uma empregada! Estou dizendo, vai arrumar o que fazer! - retrucar com uma pitada de humor.

Takahiro – Min-ju, você é realmente uma peça! - Disse rindo da situação.

Passei a metade do voo assistindo a vídeos deles, e como hoje era o dia do desfile de Takahiro, consegui acompanhar tudo pelo celular.

Ele estava deslumbrante, como sempre, mas havia algo no seu sorriso que não parecia genuíno.

— Esta é a última apresentação de Sato Takahiro — anunciou o apresentador.

Como assim, a última apresentação?

Era o sonho de Takahiro ser modelo. Ele havia mudado de ideia sobre desistir, e quando saímos do apartamento, deixei bem claro para ele que essa era sua chance de continuar nessa carreira. Ele concordou e me garantiu que iria seguir em frente.

Agora, fico me perguntando: será que alguém o forçou a desistir?

Algo estranho aconteceu com os gêmeos, mas o que terá sido?

Decidi enviar uma mensagem para Ren, questionando-o sobre o que houve com Takahiro.

Ele respondeu me dizendo que a Madison havia ido até lá e informado que Takahiro não iria mais participar do desfile.

Essa notícia me deixou com uma vontade imensa de confrontar a Madison.

Imediatamente pedi a Ren, Hyu e Sora que ficassem de olho e protegerem Takahiro.

Além disso, também solicitei que Natsu e Aiko cuidassem de Min-ju, e eles concordaram em ajudar.

Fiquei refletindo sobre como os gêmeos estariam se desenvolvendo ao longo desses quatro anos. Espero sinceramente que eles estejam bem.

Se por acaso eles não estiverem bem, sei que carregarei essa culpa comigo pelo resto da vida. Além disso, tenho visto notícias sobre o casamento do Takara e da Madison.

Desde o início, eu já desconfiava que aquele plano relacionado aos gêmeos não ia dar certo.

Sim, eu tinha plena consciência de que eles queriam que eu e Takara nos aproximasse-mos, isso eu já sabia desde o começo. Na verdade, eles apenas confirmaram o que já estava claro não só para mim, mas também para o Takara.

Continua...

Operação Cupido Entre Um Mafioso E UniversitárioOnde histórias criam vida. Descubra agora