CAPÍTULO 10.

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- " Entra o ar frio; sai o ar quente ". -

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Densa era a neblina, e essa transitava em tons de cinza encobrindo o topo dos ciprestes e tornando ríspidas às folhagens dos pinheiros. Seus pés, outrora rentes ao lombo do cavalo que a trouxe, alicerçavam-se finalmente ao solo; um solo cujo raízes grossas e afora da terra, forravam o chão e tornavam sua passagem, um caminho tão perigoso quanto àquele que percorrera.

Achegando-se á plenitude de uma ponte pôr de sobre um lago congelado, Bela, apoiava sua destra sob aquele monumento petrificado. Lá, estavam os portões em mogno, com as aldradas fundidas á essa, esculpidas em bronze na forma de um imponente leão, tão imponente quanto a estrutura nobre daquele castelo que seu querido pai na riqueza dos muitos detalhes o descreveu naquela mesma noite.

Alguns passos adiante, e a moça, estava adentro do mesmo lugar que refugiou Maurice, o mercador, e agora, a mantinha sob custódia, sua mão esquerda, desde o momento que passou por debaixo dos batentes de entrada, não cessava o gesto de acariciar com o dedo indicador os detalhes em relevo de seu camafeu dourado e pendente sob um delicado colo sutilmente perfumado pelo aroma do campo:

- O que faz aqui? - Ecoou o agravar de uma voz, que em reflexo às paredes, retornou ao desconhecido emissor daquela fala

- Me chamo Bela... - Respondera num timbre opositor a esse, tão manso e apaziguador quanto o cantar de uma cotovia às margens da manhã - Sou a filha do homem que acolheu durante a nevasca de ontem á noite.

- Do homem que aproveitou-se de um tolo lápice de compaixão da minha parte... - Interrompeu - Que tal como você mesma disse, acolhi o velho durante os açoites gélidos da floresta e como resposta á minha benevolência, esse conscientemente tomou para si o que não lhe pertencia. Feito um ladrão!

" Maurice, ansioso para retornar aos seus filhos, partiu de Rouen logo após concluir seus negócios. A feira comercial havia sido um sucesso; ele negociara ferramentas agrícolas e armas essenciais para a aldeia. O desejo de rever seus filhos o impulsionou a iniciar a viagem de volta naquela mesma noite, mesmo sabendo dos perigos de viajar sozinho pela floresta desconhecida. Com um lampião em uma das mãos, ele guiava seu cavalo pelas trilhas escuras, a chama tremeluzente oferecia uma frágil segurança contra a escuridão em crescente.

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" A floresta, era densa e misteriosa, parecia fechar-se ao seu redor. As árvores altas e retorcidas formavam sombras ameaçadoras, e o som do vento gélido sussurrava entre os seus galhos, apagando a chama do lampião e mergulhando Maurice na agora, escuridão total. O frio cortante da noite de inverno tornava cada passo mais difícil, e a visibilidade reduzida o fez perder o caminho. De repente, um galho oculto fez seu cavalo tropeçar, e Maurice foi lançado ao chão, rolando por um declive coberto de neve.

Desorientado e com o corpo dolorido, Maurice se levantou lentamente, apenas para perceber que havia parado diante de imponentes portões de ferro. O castelo da Fera. "

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- [...] Se acaso a Rosa Vermelha, fora geradora de todo esse mal, nada mais justo do que aplacar sua ira sob àquela quem a pediu, e que não chegou a cogitar o que tudo isso causaria para ambos os lados.

A Fera & EuOnde histórias criam vida. Descubra agora