13. Bruno

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Evan

A vadia jogou toda a comida em mim. Fiquei imóvel por um tempo com o molho da carne queimando minha pele através da blusa, as batatas partes escorrendo e partes grudadas no tecido.

Estava tão puto e tão sujo, não conseguia acreditar, a raiva subia e eu me
questionava o que fazer com Margaret enquanto analisava a cara de merda dela, agora claramente arrependida do que fez

Queria ter condições de me controlar e não fui capaz, era óbvio que ela merecia um soco
muito bem dado e foi isso que eu fiz. Me adiantei e sem pensar duas vezes virei o tapa mais forte que poderia dar.

Ela soluçou e voou longe indo de encontro ao chão. O corpo inteiro virou com o impulso e
caiu de uma vez. Minha mão chegou a doer. Arranquei a blusa e fiquei só com a calça, me
sentindo imundo.

Não queria fazer isso, sequer queria encostar nela! A imbecil jogou o almoço que era meu,
que deixei de comer pra dar pra ela, que outra atitude tomaria? Fiquei alguns minutos tenso,
olhando pra ela desmaiada sobre o piso, o cabelo longo jogado sobre o rosto.

Como o soco foi mal calculado, a agressão a desacordou. Me agachei receoso de tê-la matado, por causa do ângulo estranho que caiu, e talvez devido ao recente trauma de ter tirado a vida de Suzana. Separei as mechas pesadas do cabelo e verifiquei sua face com um novo e lindo hematoma. Estava viva.

Sorri comigo mesmo, dando um suspiro aliviado. Peguei no colo com cuidado e coloquei na cama. Por um segundo me deu dó, deveria ser mais paciente. Beijei ternamente sua testa para lembrar que estava tudo bem, e nesse instante ela acordou assustada, arregalando os olhos úmidos.

Eu a fitei e tentei sorrir sem jeito.

- Colabora, porra.

- Você m-me bateu de novo... - gaguejou tocando a própria face e provavelmente sentindo arder.

- Vou continuar batendo se você continuar dando uma de louca. - expliquei me sentando na beirada da cama. - Olha o que você fez, vai ficar sem comer.

- Foda-se!! Foda-se você! Eu te odeio! - gritou de repente.

Bastou esse surto que eu me levantei e me afastei, revirando os olhos. Estava com a
paciência esgotada e nem um pouco afim de brigar de novo.

- O que você fez com minhas coisas?? Evan! Me responde!

Ignorei, alcançando a escada e indo embora.

- Evan!!

Ela começou um escândalo e eu não fiquei pra ouvir. Deixei no porão e voltei para o meu
quarto. Tranquei bem a porta, recoloquei o tapete por cima e arrastei o móvel em seguida.

Os gritos se transformaram em um miado distante, imperceptíveis.

Meu quarto era um cômodo pequeno, com espaço suficiente para meus pertences, não
muito organizados. Peguei uma toalha qualquer e passei no tórax onde havia vestígios do almoço. Permaneci sem blusa, apenas de calça. Abri o notebook e observei Margaret pela tela, estava conectado às mini câmeras espiãs que instalei no porão.

Ela parou de gritar e parecia tentar se acalmar, lavava o rosto na pia do banheiro e fazia um
pequeno curativo em cima do hematoma, se olhando no espelho pendurado.

Fiquei por volta de uma hora a assistindo, até que algo me interrompeu, era o celular dela
tocando, que carregava a bateria na tomada.

No visor, aparecia Vanessa. Deixei tocar até desistir. Depois, desbloqueei com a senha que
hackeei na noite anterior e entrei no whatsapp pra enviar uma mensagem.

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⏰ Última atualização: 3 days ago ⏰

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