8. Hora Errada, Lugar Errado

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Margaret

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Margaret

Estava em frente a ele. Ainda me segurava em um braço, na outra mão ele segurava o celular, apontando o flash no meu rosto.

- Você tava me seguindo? - perguntou após um tempo. Sua voz era levemente anasalada e
juvenil. Apesar de parecer alarmado, não demonstrou no tom.

- Eu?? - forcei um sorriso tranquilo que saiu desesperado. - Não... Não tô não, nem faço
ideia quem você seja. Eu me perdi por aqui, estacionei pra me localizar e... - olhei ao redor,
procurando por socorro. Meu deus, que burra, o que eu estava fazendo?? Era óbvio que
não havia ninguém pra me socorrer. - ... vi seu furgão parado e vim procurar ajuda...

Mais uns segundos de silêncio e tensão se sucederam e repentinamente ele soltou uma
risada alta contra minha face, que fez minha alma sair do corpo. Engoli em seco, arregalei
os olhos e observei o riso incrédulo que ecoava pelo matagal e invadia minha cabeça.

Apreensiva, comecei a rir também.

- Juro, que merda... - comentei, sem achar graça nenhuma, de fato.

E tão repentino como veio, o riso dele se foi.

- Que surpresa, Margaret.

Minha garganta queimou, ele me chamou pelo nome! Parecia querer me intimidar. Pra falar a
verdade, já me intimidava. Nessa hora, ele me soltou e deu um passo pra trás.

- Como sabe meu nome? - perguntei estática, cogitando a possibilidade de sair correndo.

- Se você tá aqui, é porque sabe como eu sei.

- O que ... o que vai fazer comigo?

- Só quero conversar.

Tensa, tão tensa... meus músculos chegavam a doer. Ele devia saber tudo sobre mim... Agora não tinha dúvidas que foi ele que bateu na Vanessa...

A sensação era de que algo iria explodir. Há poucos metros estava o cadáver da mulher, tombado no chão.

- Você me viu com a puta? - perguntou, já que eu não dizia nada. Apontou. - Viu ela morta
ali?

- Não.

- Não se faz de sonsa. É óbvio que viu.

Queria ser capaz de correr até o carro e fugir. Não reencontrava as forças das minhas
pernas, estava travada.

- Eu... eu não queria ter visto.

- Então por que me seguiu?

Voyeur || Evan Peters Onde histórias criam vida. Descubra agora