5. Só Minha

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Evan

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Evan

Eu dei um fim na otária da Vanessa.

Desde o dia que ouvi a conversa dela com a Margaret na cafeteria, sobre ir embora pra
Floripa, não tive paz. Não dormia direito, não conseguia pensar direito. Atrasei minhas entregas com os canais da Deep Web e foi impossível focar em qualquer coisa, porque a
possibilidade de Margaret ir pra longe me devastava.

Fiquei tão puto que desconsiderei as consequências, eu nunca fiz algo impensado porque tomo o maior cuidado possível e procuro ser racional. Por isso só pegava prostitutas de rua, viciada, vagabunda sem rumo de beira de estrada, que ninguém daria falta ou se importaria se aparecesse espancada no dia seguinte.

Depois que essa irmã da Margaret chegou, eu perdi a noção. Tinha que fazer algo pra
afastar ela daqui. Primeiro deixei de perseguir Margaret e passei a seguir Vanessa. Precisava
de uma brecha pra pegá-la.

Demorou bastante, até que enfim, um dia ela resolveu sair com uns amigos paulistas e sem
a companhia da irmã, foi a minha chance. Na volta, os amigos foram embora e ela pediu
Uber.

Estava sozinha numa travessa deserta perto da boate que havia acabado de ir, às
duas da madrugada. Desci da van e a surpreendi.

Minha mão coçava de vontade de espancar a cara dessa desprezível. Certifiquei que
estivéssemos sozinhos no beco e a agarrei por trás com um lenço carregado de clorofórmio.

Vanessa era magra e fraca igual a irmã. Não reagiu nem por um segundo, logo já desmaiou.

Arrastei para um canto, amordacei a boca, prendi seus pulsos com cordas e ali mesmo
esperei que acordasse. Não queria levar pro meu estúdio, gravar o rosto dela e jogar na
Deep Web era arriscado. Também seria perda de tempo. Mas nada me impedia de acabar com ela.

Logo cancelei o Uber. Abri a bolsa e vi sua carteira de identidade, além de outros
documentos com o endereço. Quando começou a despertar, depois de uns quinze minutos, eu dei alguns tapas em seu rosto, coloquei de pé e a pressionei contra a parede da viela.

Estava com minha balaclava então Vanessa não podia me ver. Ela acordou desesperada e
se debateu, eu a contive e apertei na garganta pra manter quieta.

Eu já estava com adrenalina demais pra terminar logo com aquilo e pra sair logo dali, meu maior receio era alguém aparecer.

A luz de um único poste próximo iluminava a gente. Mesmo estando amordaçada, ela
gemeu de medo e chorou implorando por algo que não entendi.

- Vanessa Cunha. Eu sei onde você e sua família moram. Sei que você veio pra São Paulo e tá hospedada na casa da sua irmã, Margaret Cunha, no bairro da Bela Vista, e eu vou dar só um aviso, vadia. - estapeei ela mais uma vez enquanto a segurava com a outra mão, com firmeza, ainda no pescoço, pra ver se parava de choramingar. - Cala a boca, caralho, e me escuta! Se não pegar suas coisas e sumir daqui antes do amanhecer, eu vou até a rua São Sebastião de Loretto no número 359 em Florianópolis arrebentar a cara da sua mãe, a dona Lúcia Cunha, foder ela até não sobrar nada, mas antes vou matar a sua irmãzinha Margaret, tá entendendo??

Ela acenou que sim rapidamente com a cabeça. Pra ter certeza, dei mais um tapa.

- Tá entendendo mesmo, vadia??

Ela concordou. Empurrei pro lado fazendo cair contra o chão e, com o maior prazer do
universo, enfiei meu coturno contra a sua barriga. O barulho do chute inundou o silêncio do beco acompanhado dos grunhidos femininos de dor.

Me abaixei, peguei um punhado de seu
cabelo e puxei pra cima, pra colocar a boca perto de seu ouvido.

- Se você falar sobre isso com a Margaret, com sua mãe, com qualquer pessoa que seja, ou
se se chamar a polícia, vai ser pior. Você ama sua família??

Ela gemeu algumas palavras e eu imaginei que fosse "sim". Empurrei a cara dela contra o
asfalto.

- Acho que isso é o bastante, não é, Vanessa?? - perguntei enquanto abria o canivete e
desprendida seus pulsos e mordaça.

Antes que tivesse tempo de dizer algo, implorar ou correr, virei um soco de punho fechado no rosto e de imediato ela apagou, feito mágica. Como já estava no chão, lá mesmo ela ficou.

Levei os restos de cordas comigo.

Voltei pra minha van e parti pra casa. O resultado disso foi instantâneo e exultante, de minha janela eu vi a agredida Vanessa entrando no sobrado ao lado horas depois, com a cara toda machucada, fazendo as malas enquanto discutia com Margaret.

Sorri comigo mesmo, satisfeito, quando ela foi embora. E no dia seguinte, Margaret voltou a
ser só minha.

Voyeur || Evan Peters Onde histórias criam vida. Descubra agora