No way back home

Capítulo X: Consequência um tanto esperada.

Algumas semanas depois, Amejitsudo explicou a todos que não poderia participar daquela apresentação, pois estava sentindo muito enjoo. Já sabendo o que de fato poderia ser, Lous se dispôs a tomar conta de Amejitsudo (por mais que detestasse ficar sozinha com ela) enquanto as apresentações aconteciam, abrindo mão daquele dia de trabalho. E assim foi; Lous subiu até o quarto de Amejitsudo e não a encontrou lá, então decidiu ir ao banheiro, e a encontrou, com um teste de gravidez em mãos, chorando... de felicidade? Quando Amejitsudo percebeu que Lous já estava lá, abraçou-a e disse:

– "Lous! Finalmente eu vou conseguir viver uma vida boa, num palácio, grávida de um príncipe! E o melhor: vou poder te ajudar com o plano! Isso é maravilhoso!"

Lous, incrédula com as palavras de Amejitsudo, ficou parada no lugar, e relembrou tudo o que Abbvel disse, e de tudo o que viu dançarinas grávidas passarem, e ainda mais: Ele colocaria a vida de uma criança em risco. Será mesmo que Amejitsudo conseguira se ouvir?

– "Amejitsudo... você não está sã, só pode. Você não entende o perigo?"

– "Que perigo, bobinha? Eu vou para um palácio, Lous. No sexto país!"

– "Amejitsudo, carregar a vida de um filho da minha linhagem é totalmente difícil. Você não viu o que a minha mãe passou? Você está louca? E se ele não te assumir? A gente vai ter que te manter buchuda aqui dentro? Amejitsudo, ele não tem bom status. E você só tem 21 anos!"

– "Lous, a sua mãe te teve com 17, então nem vem cortar o meu barato. E outra, ele vem hoje me ver, então não se mete, porquê eu vou te ajudar de alguma forma."

Lous apenas ficou quieta, foi para o seu quarto, ainda incrédula, sentou em sua cama e ficou tentando processar tudo o que havia acontecido. Decidiu então apenas ignorá-la e seguir com o plano, que teria que ser mudado imediatamente. Pegou um papel, caneta e envelope de carta e escreveu o seguinte para Abbvel:

"Abbvel, o que mais temíamos aconteceu; Amejitsudo está carregando um filho de Serapphin. Ela disse que irá falar com Kaell hoje, assim que ele chegar. Como um dos guardas da primeira linha de força do sexto país, peço do fundo do meu coração preocupado que tome conta dela, se acontecer de que ela for para aí. Conto com você, meu irmão.

Com preocupação e falta de esperança, Lous Tamyog.

PS: Mande uma carta imediatamente. Preciso do seu socorro."

Lous envelopou a carta e logo a pôs na caixa de correio. Assim se passaram sete longos dias. O "cliente misterioso" não retornou. No sétimo dia, Lous resolveu andar pelas redondezas, e assim que estava retornando, se deparou com dez cavaleiros, todos com os mesmos símbolos que vira naquele fatídico dia em que sua mãe morreu. Acompanhados por uma carruagem, com o símbolo do sexto país; Ares. Lous, já atordoada com toda cena, deixou a sacola de produtos cosméticos cair no chão. Correu para dentro do bordel, e logo achou Amejitsudo saindo de lá, acompanhada pelo mesmo rapaz da foto, Kaell. Amejitsudo notou Lous, e parou antes de sair, assim ue ouviu a voz de Lous:

– "Se você realmente vai sair," – Lous pôs a mão sobre as costas de Amejitsudo – "Você tem a minha permissão."

Neste momento, os cabelos longos de Amejitsudo, logo mudaram a coloração para um roxo mais perto do vinho. Amejitsudo seguiu seu caminho sem dizer mais nada, o rapaz entrando, acenou para Lous, com um sorriso um tanto que... desafiador, pegou a sacola cosméticos de Lous do chão e entrou na carruagem.

– "Ela realmente está indo." – Disse Lous, seus olhos por trás da lente pareciam estar queimando de raiva.

A carruagem foi embora, Lous balançou a cabeça e deixou Umi sozinho na porta do bordel, retornando ao seu quarto. Lous sentou em sua cama e logo tirou suas lentes, deixando seus olhos, agora quase como brasa descansarem. Suspirou, pegando um pedaço de papel na sua cabeceira, escreveu uma carta, e sem envelopar, pegou a chave que abria o submundo, lançando a carta por lá, assoprando-a e a deixando ir.