Capítulo XII: O harém.

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 DISCLAIMER: O capítulo a seguir pode conter conteúdo +18,por mais que eu me esforce para não perturbar de algum modo a experiência de todos. VOCÊS FORAM AVISADOS.

Assim que Abbvel acordou, encontrou Lous limpando Solum, sentou na cama e reclamou da dor.

– "Merda..."

Lous virou sua atenção para Abbvel.

– "Vê se não mexe muito o rosto, o Umi costurou seu olhos, ou o que restou no buraco."

– "O Umi O QUE?"

– "Costurou, ué. Tava com um buraco e precisou fazer ponto. Quer um espelho?"

– "Quero, quero sim."

Lous entregou um pequeno espelho à Abbvel, Abbvel ficou boquiaberto quando viu os pontos no seu olho direito.

– "Como isso aconteceu?" – Disse Abbvel, entregando o espelho de volta à Lous.

– "Eu acho que uma ursa entrou na sua casa. Quando cheguei lá tinha te encontrado todo fudido no chão. Ah, e você vai ter que dormir no harém do boris, tá? Boa sorte."

– "Pera, ele tem um harém?"

– "Pois é, uma pessoa só não daria conta de trabalho reforçado, né?" – Disse lous, segurando o riso.

– "Trabalho reforçado?"

– "Calma, você não sabia que o Boris tem dois... bem.. digamos... amigos?"

– "Ele tem DOIS?!" - Abbvel estava desacreditado.

– "Pois é, nunca se perguntou por quê as calças dele parecem que vão explodir? Enfim, eu vou lá no centro pra comprar curativos pra você, e você vai pedir pro Rio te emprestar algumas blusas, tá? Ele é um pouco maior que você, tem cabelos pretos, mullet. Os olhos dele são verde-menta. O banheiro é no andar de cima, mas eu presumo que tenha um no harém. A cozinha é nos fundos e o quarto do Umi é o 5, se você precisar de ajuda com os pontos. A Cel pode aparecer a qualquer momento aqui, então evita ficar muito tempo aqui dentro. Tô indo, tchau." – Lous disse enquanto colocava as lentes de contato e o colete de alfaiataria preto.

– "Tá bom, tchau."

Lous saiu do quarto e deixou Abbvel sozinho com seus pensamentos. Depois de alguns minutos, Abbvel decidiu tomar um banho, mas espera, onde era o banheiro mesmo? E que roupa ele usaria? ...

– "Tá tudo tão... confuso. Eu deveria sair daqui, né?..." – Disse o rapaz, antes de ter seus pensamentos interrompidos pela porta se abrindo novamente.

Era Celestia, claro. A menina abriu a porta e já entrou abrindo o armário de Lous, sem perceber Abbvel, um homem alto, sarado, sem camisa, com o olho esquerdo costurado, sentado na cama? É, a Cel deve ter alguns parafusos a menos.

– "Ei Lous, você sabe aonde eu coloquei o lubrifi-" – Finalmente, Cel vira para trás com o rosto corado, como se os pontos tivessem se conectado. – "A-Abbvel? O que cristões você está fazendo aqui?!"

Abbvel, por ser um adolescente de 16 anos na puberdade, logo se corou e olhou para a outra direção, pondo uma mao por cima de seu rosto, e a puxando de volta, pois esqueceu do olho costurado.

– "É-é que..."

Celestia, já envergonhada demais, se virou e saiu do quarto, deixando Abbvel sozinho de novo, corando. Abbvel, agora, se levantou e foi para o quarto de Rio, batendo a porta, hesitantemente. Após alguns segundos, uma voz pôde ser ouvida:

– "Um minuto!"

E então, passos foram ouvidos em direção a porta, logo, a maçaneta de madeira de pinheiro se virou e foi-se revelado um homem, alto, de cabelos pretos lisos, em corte mullet, e olhos verde-água. Era Rio, obviamente, sendo citado repetidamente em antigas cartas, sendo normalmente mencionado como: "O musicista".

– "Com licença?" – Disse o homem, encostando o antebraço na parede.

– "Oi... eu sou o Abbvel, irmão da Lous."

– "Abbvel, hm?" – Disse Rio, olhando Abbvel de cima a baixo. – "E o que você quer comigo... Abbvel?"

– "A Lous disse que você poderia me emprestar uma blusa ou duas suas... porquê eu vou fica aqui por um tempo."

– "Cacete, Lous." – Rio fechou a porta, voltando alguns minutos depois, com três camisas sem mamga e de gola alta, e um par de bermudas de tectel. – "Toma." – Rio estendeu as peças de roupa e entregou à Abbvel.

– "Obrigado."

Rio acenou com a cabeça e fechou a porta. Abbvel, do outro lado, se virou e foi até o quarto andar, o andar do harém. Após quatro lances de escada, ele deu de cara com uma dançarina, risonha descendo as escadas, sem ao menos notar Abbvel, que, vamos combinar, era uma pessoa que seria impossível não notar. Quem não notaria um homem alto, de cabelos vermelhos escuros como sangue? É, alguma coisa tinha de muito estranho naquele harém. Chegando mais perto do que se parecia uma abertura para um quarto, sendo bloqueado por uma fina cortina de frisadas, alternando um tom de laranja, indo até o vermelho. Deu um suspiro, olhando ao seu redor, avistando um vaso de folha-de-seu-jorge, envasada em um vaso de mármore branco. Avistando também, um carpete preto, combinando com o tom do ambiente, pouco iluminado. Um quadro vazio, pintado somente de preto. Respirando fundo novamente, estendendo a mão para abrir entrada entre a cortina. Dando um passo adiante, se encontrou com um quarto grande, escuro, com chão de madeira de pinheiro, sofás pretos e armários combinando com o resto do ambiente. Uma cama king plus, plus size ao centro, e uma escrivaninha com produtos auto-explicativos, dando um nó no estômago de Abbvel. Congelado no lugar, o rapaz ouviu uma voz familiar:

– "Ei, moleque." – Era Bóris. – "Você fica no quarto do lado."

Abbvel, relaxando, virou-se e acenou com a cabeça em direção de Bóris.

– "Com licença, você pode me mostrar aonde ficaria o quarto?"

Bóris acenou com a cabeça e guiou-o para fora do quarto, o levando para um quarto, não percebido antes, talvez pelo desespero de ter que dormir lá. Entrando no quarto oferecido, notou um pequeno cheiro de mofo, seguido por canela. O quarto, por si, era confortável, um pouco maior que o de Lous, pois cabia uma cama de casal, já encontrada ao canto do quarto. Em termos de decoração, seria ele quem talvez teria que comprar para deixar o ambiente a sua cara. Uma escrivaninha comum estava encostada na parede paralela a da cama, um pequeno armário de madeira escura, estava em boas condições. A cama estava coberta por um lençol branco, tinham dois travesseiros, os dois cobertos por uma fronha preta de percal, com detalhes brancos de ondulações. Se virando para Bóris, Abbvel acenou com a cabeça, demonstrando sua gratidão.

– "Obrigado."

– "Não seja tão grato. Saiba que isso foi para o conforto de ambos e por Lous, garoto. Tome as chaves, antes que alguém entre aqui querendo ver o novo vizinho." – Disse Bóris, entregando as chaves à Abbvel, antes de se virar e ir embora, fechando a porta, dando um risinho malicioso.

No way back homeOnde histórias criam vida. Descubra agora