Capítulo 26

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Você nunca se encontra

Até você encarar a verdade.

Pérola Bailey

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HERMIONE

Hesitei logo depois da porta da Sala Comunal da Grifinória. Fiquei nas sombras – ninguém lá dentro sabia que eu tinha entrado ainda. Ouvi várias vozes que reconheci. Espiei minha cabeça para frente e olhei para dentro.

Todas as cadeiras e sofás estavam dispostos em volta da lareira dourada brilhante – a única fonte de luz na sala vermelha e luxuosa. Harry e Ron estavam sentados em cadeiras de frente um para o outro, com uma pequena mesa no meio. Eles estavam curvados sobre uma partida de xadrez bruxo. No sofá, mais perto de Harry, Ginny dormia, com a cabeça apoiada no braço, um cobertor sobre ela. Ao lado dela, avistei o choque do cabelo recentemente arroxeado de Tonks – ela estava sentada de lado no sofá, recostada no braço. Ela segurava seu bebê adormecido nos braços e olhava fixamente para longe, sua expressão apática. Fiquei distraidamente feliz que a magia relaxada do castelo a tivesse deixado entrar, embora ela fosse uma Lufa-Lufa.

Do outro lado de Ron, Fred e Jorge Weasley debatiam uma lista de novas ideias para sua loja, enquanto Percy franzia a testa para eles e dizia que eles arruinariam as futuras gerações de Hogwarts.

Mas então Fred me viu. Ele sorriu.

— Olá, Hermione.

Todos olharam na minha direção.

— O pessoal desceu para pegar comida — disse George.

— Ele nos disse que você poderia ir com eles se quisesse — acrescentou Fred.

— Mas só se você nos trouxer um pouco de cerveja amanteigada — George levantou um dedo.

— Não mande nela — Tonks disse, ainda olhando para a frente. Então, ela olhou para mim e me deu um pequeno sorriso. — Como você está se sentindo, querida?

— Melhor, obrigada — respondi honestamente. Pois embora ela não soubesse o motivo da minha melancolia ultimamente, ela tinha notado e percebeu que estávamos sentindo o mesmo. Ela não me incomodava com perguntas e frequentemente vinha me socorrer quando eu era pressionada demais por outros que não entendiam.

— Onde você foi? — Ron perguntou, sentando-se no jogo.

Harry se virou na cadeira para olhar para mim.

— Tínhamos certeza de que Pirraça tinha comido você — disse Harry.

— Posso... — comecei, meu coração de repente martelando. — Posso falar com vocês dois? Sozinhos?

Fred e George sorriram um para o outro, Tonks lhes lançou um olhar furioso, mas os rostos de Ron e Harry mudaram. Ambos assentiram.

— Claro — disse Harry, levantando-se. — Venha para o quarto.

Engoli em seco, minhas pernas ficaram fracas, mas dei um passo para dentro e então segui Ron e Harry subindo os degraus até o quarto dos meninos. Quando a porta se fechou atrás de nós, eles se viraram para mim. Ron sentou-se na ponta da cama, e Harry enfiou as mãos nos bolsos.

— Ok — disse Harry, me observando. — Despeje.

— Bem... — eu respirei fundo, olhando de um lado para o outro entre eles. — Você... você se lembra do dia em que eu corri atrás do Malfoy, quando achamos que ele tinha sido o único a amaldiçoar Katie Bell, e eu te disse que não tinha aprendido nada importante com ele?

What The Room Requires  | Tradução - DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora