Você nunca se encontra
Até você encarar a verdade.
Pérola Bailey
.
HERMIONE
Hesitei logo depois da porta da Sala Comunal da Grifinória. Fiquei nas sombras – ninguém lá dentro sabia que eu tinha entrado ainda. Ouvi várias vozes que reconheci. Espiei minha cabeça para frente e olhei para dentro.
Todas as cadeiras e sofás estavam dispostos em volta da lareira dourada brilhante – a única fonte de luz na sala vermelha e luxuosa. Harry e Ron estavam sentados em cadeiras de frente um para o outro, com uma pequena mesa no meio. Eles estavam curvados sobre uma partida de xadrez bruxo. No sofá, mais perto de Harry, Ginny dormia, com a cabeça apoiada no braço, um cobertor sobre ela. Ao lado dela, avistei o choque do cabelo recentemente arroxeado de Tonks – ela estava sentada de lado no sofá, recostada no braço. Ela segurava seu bebê adormecido nos braços e olhava fixamente para longe, sua expressão apática. Fiquei distraidamente feliz que a magia relaxada do castelo a tivesse deixado entrar, embora ela fosse uma Lufa-Lufa.
Do outro lado de Ron, Fred e Jorge Weasley debatiam uma lista de novas ideias para sua loja, enquanto Percy franzia a testa para eles e dizia que eles arruinariam as futuras gerações de Hogwarts.
Mas então Fred me viu. Ele sorriu.
— Olá, Hermione.
Todos olharam na minha direção.
— O pessoal desceu para pegar comida — disse George.
— Ele nos disse que você poderia ir com eles se quisesse — acrescentou Fred.
— Mas só se você nos trouxer um pouco de cerveja amanteigada — George levantou um dedo.
— Não mande nela — Tonks disse, ainda olhando para a frente. Então, ela olhou para mim e me deu um pequeno sorriso. — Como você está se sentindo, querida?
— Melhor, obrigada — respondi honestamente. Pois embora ela não soubesse o motivo da minha melancolia ultimamente, ela tinha notado e percebeu que estávamos sentindo o mesmo. Ela não me incomodava com perguntas e frequentemente vinha me socorrer quando eu era pressionada demais por outros que não entendiam.
— Onde você foi? — Ron perguntou, sentando-se no jogo.
Harry se virou na cadeira para olhar para mim.
— Tínhamos certeza de que Pirraça tinha comido você — disse Harry.
— Posso... — comecei, meu coração de repente martelando. — Posso falar com vocês dois? Sozinhos?
Fred e George sorriram um para o outro, Tonks lhes lançou um olhar furioso, mas os rostos de Ron e Harry mudaram. Ambos assentiram.
— Claro — disse Harry, levantando-se. — Venha para o quarto.
Engoli em seco, minhas pernas ficaram fracas, mas dei um passo para dentro e então segui Ron e Harry subindo os degraus até o quarto dos meninos. Quando a porta se fechou atrás de nós, eles se viraram para mim. Ron sentou-se na ponta da cama, e Harry enfiou as mãos nos bolsos.
— Ok — disse Harry, me observando. — Despeje.
— Bem... — eu respirei fundo, olhando de um lado para o outro entre eles. — Você... você se lembra do dia em que eu corri atrás do Malfoy, quando achamos que ele tinha sido o único a amaldiçoar Katie Bell, e eu te disse que não tinha aprendido nada importante com ele?
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What The Room Requires | Tradução - Dramione
FanfictionHermione é quem encontra Draco chorando no banheiro. Ele foge dela. Ela o persegue até a Sala Precisa, onde o tempo não significa nada - e a sala os força a enfrentar seus maiores medos, juntos, para encontrar a porta. Tradução da fanfic escrita por...