A Dor

44 5 0
                                    

A dor não cedia. Meu corpo estava em colapso, e eu sentia o calor se espalhar, tão intenso que parecia que meu sangue estava fervendo dentro de mim. Minha visão começou a embaçar, e o mundo à minha volta se distorcia. Cada tentativa de me mover era em vão. Não conseguia mais distinguir o que era realidade ou delírio.

Ellinna: Não... eu não posso... me perder...

Meu sussurro ecoou na sala vazia, mas ninguém estava lá para ouvir. Minhas pernas fraquejaram de vez, e caí no chão frio, incapaz de levantar. O sangue ainda escorria, e meu corpo tremia descontroladamente. Tudo estava confuso, e a escuridão começou a tomar conta de mim.

Minha cabeça latejava, e o calor transformou-se em uma febre brutal. Minha pele queimava, e cada respiração era uma luta. Meus pensamentos vagavam entre fragmentos de medo, dor e uma sensação de perda que me consumia.

Em algum momento, a escuridão finalmente me dominou.

---

Do outro lado da cidade, Ryan caminhava de um lado para o outro, atormentado por uma angústia que ele não conseguia explicar. Ele tentava entrar em contato com alguém, qualquer um, mas todas as suas tentativas eram em vão. Seu coração estava pesado, como se soubesse que algo terrível estava acontecendo. O telefone em sua mão tremia, quando, de repente, uma nova mensagem surgiu na tela.

Mensagem de Clara:
“Querido Ryan, acho que você deveria ver o que está acontecendo com sua adorável Ellinna. Parece que ela está... um pouco indisposta.”

Junto com a mensagem, havia um vídeo anexado. Com mãos trêmulas, Ryan abriu o arquivo. A imagem que apareceu quase fez seu coração parar.

Ellinna estava jogada no chão, desmaiada. Seu corpo estava envolto em uma poça de sangue que parecia escorrer entre suas pernas, misturado com o suor de uma febre alta. Sua pele estava pálida, quase cadavérica, e seus lábios trêmulos revelavam o quão perto ela estava do limite.

Clara, com sua expressão fria e cruel, se aproximou da câmera e falou diretamente para Ryan.

Clara: Olhe para ela, Ryan. Isso tudo é culpa sua. Você sempre a quis para si, mas olha só como ela está agora. Será que ela sobreviverá? Talvez... talvez não. Tudo depende de como você vai agir agora.

Ryan sentiu o sangue gelar em suas veias. O desespero o invadiu com uma intensidade avassaladora. Sua mente corria, tentando processar o que estava vendo. O sangue. A febre. O corpo de Ellinna tão imóvel que parecia não ter mais vida. Uma única palavra começou a ecoar em sua cabeça, trazendo uma onda de pavor.

Ryan: Meu Deus...

Ele sentiu o chão sumir sob seus pés. O vídeo continuava, mostrando Clara se aproximando de Ellinna e cutucando-a com o pé.

Clara: Ela não está muito bem, não é? Talvez seja uma perda espontânea... quem sabe? Mas não se preocupe, querido. Eu vou cuidar dela. A questão é: você vai conseguir chegar a tempo?

Clara deu uma gargalhada fria, que ecoou pelo telefone de Ryan como uma sentença de morte. Ryan sentiu seu coração disparar, e a angústia tomou conta de todo o seu corpo. Ele precisava encontrar Ellinna. Precisava salvá-la.

Mas como? Ele sabia que Clara estava brincando com ele, manipulando-o, usando cada detalhe contra ele. Mas a imagem de Ellinna, desmaiada e ensanguentada, não saía de sua mente.

Ryan: Isso não pode estar acontecendo... não com ela.

Ele começou a discar furiosamente, tentando conseguir ajuda, mas cada segundo parecia uma eternidade. Ele sabia que Clara estava no controle, e a possibilidade de perder Ellinna para sempre o assombrava.

---

Enquanto isso, Clara observava o corpo de Ellinna com um sorriso malicioso no rosto. A febre continuava a consumir a garota, que agora respirava com dificuldade, cada movimento involuntário revelando a luta interna de seu corpo.

Clara: Pobre Ellinna... será que você consegue aguentar mais um pouco? Vamos ver até onde você vai, antes que seu querido Ryan decida finalmente aparecer.

Ela se abaixou ao lado de Ellinna e sussurrou em seu ouvido, sabendo que ela estava inconsciente.

Clara: Ele não vai te salvar a tempo.

O silêncio da sala era interrompido apenas pela respiração pesada e irregular de Ellinna, que, mesmo inconsciente, parecia lutar contra a própria morte. E Clara, sempre manipuladora, apenas esperava pacientemente, alimentando a tensão e o desespero que sabia que estava prestes a explodir.

O relógio estava correndo, e agora tudo estava em jogo. Ryan teria que agir rápido. Mas será que ele conseguiria salvar Ellinna antes que fosse tarde demais?

O destino de ambos estava pendurado por um fio.

No Próximo Capitulo...

Meu Professor DominadorOnde histórias criam vida. Descubra agora