Armadilha de Vingança

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Ryan dirigia em alta velocidade pelas ruas desertas da cidade, os nós dos seus dedos brancos de tanto apertar o volante. O peso da maleta com os 5 milhões repousava no banco do passageiro, mas o verdadeiro peso que carregava era o desespero que consumia sua mente. Cada segundo que passava, a imagem de Ellinna, ensanguentada e doente, tomava conta de seus pensamentos. Ele sabia que Clara estava brincando com ele, mas isso não importava. Ellinna precisava dele.

Ryan: Eu vou fazer isso... mas Clara vai pagar. Vou acabar com isso de uma vez por todas.

Seu plano era arriscado, mas ele não via outra escolha. Ele iria levar o dinheiro, como Clara exigiu, mas já tinha preparado um contra-ataque. Seus seguranças estavam posicionados, prontos para agir ao menor sinal. Clara não sairia impune dessa vez.

Ryan estacionou em frente ao antigo galpão abandonado, o lugar que Clara havia escolhido para o encontro. O ambiente era sombrio, com as luzes piscando ao longe e o som distante de metal rangendo ao vento. Era o cenário perfeito para o teatro doentio que Clara adorava encenar.

Ele saiu do carro, pegando a maleta, e caminhou até a entrada do galpão, seus olhos atentos a cada sombra ao redor. Sua mente estava dividida entre a fúria e o medo, mas ele sabia que não poderia falhar. Não agora.

Clara o esperava no meio do galpão, cercada por caixas e sucata enferrujada, com aquele sorriso cruel e calculista estampado no rosto. Thomas estava a poucos metros dela, de braços cruzados, observando como um lacaio fiel.

Clara: Parece que você seguiu direitinho o plano, Ryan. Com o dinheiro e tudo. Que fofo da sua parte.

Ryan estreitou os olhos, sem soltar a maleta.

Ryan: Onde está Ellinna?

Clara deu um passo à frente, olhando para a maleta com o brilho da vitória nos olhos.

Clara: Ela está... viva, por enquanto. Muito fraca, claro, mas isso você já sabe.

Ela sorriu de forma cruel e deu uma risada baixa, claramente satisfeita com a situação.

Clara: Agora, entregue o dinheiro. E talvez, apenas talvez, eu permita que você a veja.

Ryan: Talvez?

O tom de Ryan era controlado, mas dentro dele o ódio borbulhava como lava prestes a explodir. Ele sabia que não poderia confiar em Clara, mas também não podia agir precipitadamente. Tudo tinha que ser calculado.

Clara: Bem, depende de como você se comporta. Você sabe como funciona, Ryan. Eu sempre tenho a última palavra.

Ryan segurou a maleta com firmeza, respirando fundo.

Ryan: Tudo o que você pediu está aqui. Agora me leve até ela.

Clara deu um passo à frente, os olhos dela ainda fixos na maleta. Quando estava perto o suficiente, ela estendeu a mão.

Clara: Deixe-me ver.

Ryan hesitou por um momento, e então abriu a maleta. Os pacotes de dinheiro estavam ali, empilhados de forma impecável. Clara deu um sorriso satisfeito ao ver os milhões que havia exigido.

Clara: Bom garoto.

Ela estalou os dedos, e Thomas se aproximou, pronto para pegar a maleta. Ryan, porém, não soltou.

Ryan: Agora me leve até Ellinna.

Clara revirou os olhos, aborrecida com a insistência de Ryan.

Clara: Tão previsível... Muito bem. Thomas, traga a garota.

Enquanto Thomas se afastava para buscar Ellinna, Clara voltou a se aproximar de Ryan, seu rosto malicioso mais próximo do dele.

Clara: Você realmente acha que pode sair dessa situação, Ryan? Depois de tudo o que aconteceu, você ainda tem esperança? Que adorável... e tão tolo.

Ryan: Eu não sou o único que vai pagar por isso, Clara."

Clara soltou uma gargalhada, mas o sorriso dela desapareceu ao ver o olhar de pura determinação no rosto de Ryan.

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Ellinna estava fraca, praticamente sem forças para se manter de pé. Suas pernas mal aguentavam o próprio peso, e seu corpo estava tomado por uma febre que a consumia cada vez mais. Thomas a trouxe arrastada para o centro do galpão, e quando Ryan a viu, seu coração quase parou.

Ellinna estava pálida, com os olhos semicerrados de exaustão. O sangue seco manchava sua pele e suas roupas, e seu corpo tremia com os efeitos da febre. Ryan correu até ela, tentando segurá-la antes que ela caísse.

Ryan: Ellinna... aguenta firme, eu estou aqui.

Ellinna mal conseguia responder. Seus lábios tremiam, e o calor que emanava de seu corpo era alarmante. Ryan sentiu o desespero apertar sua garganta, mas ele não podia perder o controle agora. Ele precisava ser forte por ela.

Ryan: Eu vou tirar você daqui, eu prometo.

Clara observava a cena de longe, com um olhar divertido e sádico.

Clara: Que emocionante. Mas não pense que isso acabou, Ryan. Lembre-se, eu estou no controle.

Ryan fechou os olhos por um segundo, tentando acalmar a raiva que crescia dentro dele. Mas ele já tinha tudo planejado. Os seguranças estavam posicionados, esperando o momento certo.

Ryan: Você está errada, Clara.

Clara: Ah, é mesmo? E o que você vai fazer?

Ryan olhou para Clara com uma expressão fria e calculista.

Ryan: Eu vou acabar com isso. Hoje.

Naquele instante, ele deu o sinal. As portas do galpão foram arrombadas e seus seguranças invadiram o local, armas em punho, cercando Clara e Thomas.

Clara arregalou os olhos, surpresa, enquanto Ryan puxava Ellinna para perto, protegendo-a com seu corpo.

Ryan: Você jogou por muito tempo, Clara. Mas agora o jogo acabou.

No Próximo Capítulo...

Meu Professor DominadorOnde histórias criam vida. Descubra agora