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-Vamos, rápido!– eu disse, abrindo a porta da ventilação e gesticulando para que todos passassem. O ar estava pesado com a tensão, mas sabíamos que não podíamos hesitar. Um a um, eles saíram e nos encontramos em um corredor estreito e mal iluminado.

Aris virou-se para nós, a expressão determinada.

-Eu preciso fazer uma coisa.– ele disse, e Winston imediatamente se ofereceu para ir com ele.

-Eu vou com você.– Winston respondeu, sem pensar duas vezes. Eles se afastaram rapidamente, e eu os observei partir, um frio na barriga me fazendo sentir que a situação estava se complicando ainda mais.

Minho, Thomas e eu voltamos a correr, os passos ecoando nas paredes do corredor.

Era um labirinto de corredores que pareciam se estender indefinidamente, e o medo começou a se misturar com a adrenalina. A sensação de estarmos sendo caçados era palpável.

De repente, ao virar uma esquina, demos de cara com uma médica que parecia tão surpresa quanto nós. Sua expressão rapidamente mudou de confusão para alerta.

-O que vocês estão fazendo aqui?– ela perguntou, a voz carregada de incredulidade.

Logo, sirenes começaram a tocar, e meu coração disparou. Era um sinal de que precisávamos agir rápido. Thomas e Minho trocaram olhares, e a tensão cresceu no ar.

O tempo estava se esgotando, e não havia como voltar atrás.

Continuamos andando com a médica, mas o som de passos rápidos atrás de nós nos fez acelerar o passo.

-Minho, vem!– chamamos, mas ele, em um ato impulsivo, virou e correu na direção oposta. O impacto foi brutal quando ele colidiu com um guarda, derrubando-o e deixando-o inconsciente.

-Merda, Minho.– Newt exclamou, a preocupação clara em sua voz. Minho rapidamente pegou a arma do guarda, o que fez meu estômago se revirar.

Isso estava se tornando mais arriscado a cada segundo.

Com a médica ainda nos guiando, tentamos manter a calma. A tensão era palpável, e a adrenalina pulsava em nossas veias.

Cada esquina que virávamos parecia nos levar mais fundo na armadilha do CRUEL, e a sensação de estarmos sendo caçados apenas aumentava.

-O que você sabe sobre isso?– perguntei à médica, mas ela apenas olhou para frente, sem resposta. A urgência nos forçava a seguir em frente, mesmo sem saber o que nos aguardava.

A médica nos guiou por corredores frios e iluminados, o som de nossos passos ecoando nas paredes brancas e estéreis. Meu coração batia acelerado enquanto tentava processar tudo o que havia acontecido até agora.

A sensação de fuga estava em cada fibra do meu ser. Quando a médica parou em frente a uma porta e a abriu, a tensão no ar parecia palpável.

Minho não hesitou. Ele puxou a arma com firmeza, apontando para os médicos que estavam na sala.

-Onde está Teresa?– Ele exigiu, a voz firme e autoritária. O ambiente se encheu de silêncios nervosos.

A sala estava cheia de equipamentos, mas meu foco estava em algo maior. Me aproximei de uma cortina que cobria uma das paredes e, com um impulso, a abri.

O que vi fez meu coração parar por um instante. Teresa estava ali, deitada, sua expressão confusa enquanto acordava de um sono profundo.

-Teresa!– chamei, a urgência na minha voz despertando-a. Ela piscou algumas vezes, parecendo atordoada, mas logo reconheceu meu rosto.

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