Capítulo 18

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Os dias seguintes após o café da manhã com Claude passaram rapidamente

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Os dias seguintes após o café da manhã com Claude passaram rapidamente. A rotina no palácio continuou com seu fluxo habitual de formalidades e eventos, mas o encontro com o Imperador havia deixado uma marca indelével em minha mente. A conversa havia sido um jogo de palavras, uma dança de astúcia que ambos desempenhamos com maestria. Eu sabia que Claude estava sempre um passo à frente, e a única forma de permanecer relevante era manter minha própria máscara cuidadosamente ajustada.

Naquela manhã, decidi visitar o jardim novamente, onde a tranquilidade parecia ser uma constante que contrastava com a complexidade do mundo ao meu redor. O ar fresco e o aroma das flores eram uma pequena pausa bem-vinda das intrigas palacianas. Elise me acompanhava, mantendo-se um passo atrás, como sempre, o que me permitia refletir em paz.

Ao me aproximar do lago, notei que Athanasia estava lá, sentada em um banco, observando os peixes nadarem com uma concentração que parecia quase meditativa. Seu comportamento não havia mudado muito desde a última vez que a vi; ainda era reservada e cautelosa, mas havia uma leveza em sua postura que indicava um conforto recém-descoberto com o ambiente.

Ela levantou os olhos quando me aproximei, sua expressão ligeiramente tensa, mas mais receptiva do que antes. A presença de Claude ainda parecia pairar sobre nós, um lembrete constante de que sua presença era uma força poderosa e influente no palácio.

— Princesa Athanasia — eu disse, meu tom gentil e reconfortante, — é bom vê-la aqui novamente. Como tem passado?

Athanasia sorriu timidamente, um sorriso que parecia mais genuíno do que o de antes. — Estou bem, Vossa Majestade. Eu gosto de vir ao jardim para pensar e relaxar.

A resposta dela foi encorajadora. Era um sinal de que talvez eu estivesse começando a ganhar sua confiança, mesmo que lentamente. O caminho para estabelecer um relacionamento com ela era longo e sinuoso, mas estava disposta a percorrê-lo.

— Fico feliz em ouvir isso — continuei, sentando-me ao seu lado no banco. — O jardim é um lugar tranquilo e bonito. Às vezes, é o melhor lugar para encontrar um pouco de paz em meio às complicações do dia-a-dia.

Athanasia olhou para mim, seus olhos ainda carregando uma sombra de incerteza, mas com uma curiosidade que era difícil de ignorar. — Vossa Majestade, posso perguntar algo?

Eu assenti, encorajando-a a prosseguir.

— O que a fez se interessar em passar tempo comigo? — Ela perguntou, sua voz baixa e hesitante.

A pergunta era direta, mas refletia a sabedoria que parecia transcender sua idade. Eu sabia que uma resposta superficial não seria suficiente para ela.

— A verdade é que me interessa muito o bem-estar da Princesa Athanasia — respondi com sinceridade. — O palácio pode ser um lugar solitário, e todos nós precisamos de apoio e compreensão, não importa a posição que ocupamos.

Athanasia parecia ponderar minhas palavras, sua expressão suavizando um pouco. — Eu aprecio isso, Vossa Majestade. É raro encontrar alguém que se importe genuinamente.

Eu sorri para ela, tentando transmitir uma sensação de genuína empatia. — Todos precisamos de alguém que nos entenda e nos apoie. E, como Imperatriz, é meu dever cuidar daqueles ao meu redor, especialmente os mais jovens.

O silêncio se instalou entre nós por um momento, e eu o usei para observar a reação de Athanasia. Ela parecia mais relaxada agora, talvez começando a ver-me menos como uma ameaça e mais como uma aliada potencial.

— Às vezes, sinto que estou só aqui — Athanasia confessou, olhando para o lago com um olhar distante. — Meu pai está sempre ocupado, e as pessoas ao meu redor são… diferentes. Não sei em quem posso confiar.

Suas palavras, embora ditas com uma leveza infantil, carregavam um peso profundo. A vida de uma bastarda no palácio não era fácil, e a maneira como ela falava sobre seu pai e sua posição refletia uma solidão que eu conhecia bem.

— Entendo — eu disse suavemente. — O palácio pode ser um lugar difícil, e encontrar confiança e apoio pode ser um desafio. Mas saiba que você tem alguém em quem pode confiar, mesmo que seja apenas um pouco.

Athanasia olhou para mim, sua expressão mostrando um misto de esperança e desconfiança. — Eu gostaria de acreditar nisso.

Eu me inclinei um pouco mais perto dela, meu tom sendo o mais reconfortante possível. — Acredite, Princesa. Pode não parecer, mas há pessoas que se importam e estão dispostas a ajudar.

Enquanto a conversa continuava, percebi que, embora minha intenção fosse genuína, também havia uma necessidade estratégica de ganhar a confiança de Athanasia. Ela era uma peça importante no quebra-cabeça do palácio, e compreender suas nuances e sentimentos era crucial para garantir minha posição e objetivos.

A manhã passou rapidamente, e a interação com Athanasia foi um lembrete de que o verdadeiro poder muitas vezes se escondia nas pequenas conexões humanas. À medida que me preparava para deixar o jardim, sabia que cada gesto e palavra contavam, e que o caminho para conquistar a confiança da princesa bastava ser cuidado com a mesma atenção que eu dedicava às minhas próprias estratégias políticas.

Enquanto eu me afastava, olhei uma última vez para Athanasia. Ela estava sentada sozinha, mas seu semblante agora tinha uma leveza que não estava lá antes. Talvez, apenas talvez, a confiança estava começando a se formar, um pequeno passo para um objetivo muito maior.

 Talvez, apenas talvez, a confiança estava começando a se formar, um pequeno passo para um objetivo muito maior

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The Emperor's Empress  ⎮Claude de Alger Obelia Onde histórias criam vida. Descubra agora