Mein Beschützer
Nada nunca foi tão sério.Não quando ele quase destruiu não só o próprio carro, mas do colega de equipe, quando uma vez ele conseguiu P2 por uma fração de segundos, não quando ele teve que deixar a corrida, nem mesmo quando ele foi levado para o hospital porque desmaiou de exaustão durante o treino, querendo provar que era bom o suficiente.
E o mesmo se aplicava a ele e Torger.
Nunca tão sério.
Eles ainda não encontraram um vocabulário para o que estava acontecendo entre eles. Mick estava ansioso para chamar isso de algo mais do que uma amizade, a julgar pela maneira como seu coração derretia toda vez que ele e Mick se olhavam e como seu rosto sempre ficava mais quente. Ele se lembra exatamente quando o mais velho teve uma conversa real desde que chegou na Formula 1.
Seu engenheiro estava bravo pela performance nas últimas corridas. Ele se lembra do mesmo o puxar de dentro do carro e arrastá-lo até um corredor e segurar seus pulsos com força. Falando o que o mesmo disse que todos pensavam, mas não comentavam por causa do seu sobrenome. Mick se lembra quando não sentiu mais o aperto em seus pulsos, quando o Chef da Mercedes apareceu como um verdadeiro anjo da guarda perguntando o que estava acontecendo ali. Ele se lembra dos dois discutindo e depois apenas de estar nos braços do mais velho e acordar no seu quarto de hotel com Seb ao fundo conversarmos baixo com Toto Wolff.
Mas Torger o via de forma diferente.
E isso era bom. Eles eram próximos.
Mick gostou do que lhe foi dado e nunca foi muito ganancioso.
Ele sempre foi um bom garoto, seu pai disse isso. Ele era o oposto de sua irmã, ajudava quando era solicitado ou imaginava que poderia ser necessário, se oferecia, deixava as pessoas tirarem vantagem de sua gentileza às vezes.
Exceto quando ele se metia em situações como essa.
Ele era cuidadoso e egoísta. Em momentos como esses, ele queria Toto, Torger era seu, mesmo que eles se separassem no segundo em que acabasse se eles tivessem algo. Por enquanto, o mais velho estava sempre lá por ele. E, por sua vez, ele pertenceu ao homem mais velho, mas esse sempre foi o caso. Seu corpo e alma tinham o nome de Torger Christian Wolff escrito por toda parte, esculpido profundamente e sangrento. Danos irreversíveis que Mick não queria curar, ele queria deixar para lá, mostrar a Toto, deixar-lo saber o que ele fez para o homem mais jovem.
O que, honestamente, era tudo.
Ele já havia dito isso muitas vezes antes, Toto era seu mundo, tudo girava em torno dele e o incluía. Mick concordou e a primeira coisa em sua mente foi o homem mais velho. Sempre.
Não somente por tê-lo ajudado, mas por estar lá com ele nos momentos de angústia e, ao mesmo tempo, de felicidade. Ele sabia que não era o único, Seb, Lance, Ocon e Max estavam sempre lá por ele também. Mas era diferente, ele se sentia diferente.
Mick suspirou trêmulo, com os olhos cheios de lágrimas.
Aquela noite havia capturado Mick completamente e o consumiu de felicidade. A noite em que Toto perguntou se poderia beijá-lo.
Ele tinha conseguido seus primeiros pontos na F1 e estava tão eufórico. Por mais que sua equipe nem ligou para isso, ignorando totalmente o momento. Sua irmã e mãe estavam lá. Seb e Max estavam lá e o parabenizaram.
Mick sabia que isso tudo iria durar apenas poucos minutos, Steiner chegaria e acabaria com a sua felicidade comentando os seus erros novamente. Mas ele não podia deixar de sorrir por uns minutos junto com aqueles que se importavam com ele.Quando ele estava voltando para seu quarto, completamente encharcado de champanhe e cansado, Mick só queria se jogar na cama e dormir. Até ouvir alguém batendo na porta, ele estranhou e foi até a mesma abrindo e se deparando com o austríaco em sua frente.
"Eu sei que está tarde, mas eu tinha que vir até aqui para parabenizá-lo pelos pontos de hoje." Toto falava sem tirar os olhos do loiro.
O Diretor executivo percebeu o silêncio do mais novo e logo perguntou: "Mick, tudo bem? Aconteceu alguma coisa?" Perguntava o mais velho colocando suas mãos sobre os ombros do jovem Schumacher.
"Sim, estou bem. É que não imaginava que você iria aparecer aqui." Mick comenta com um leve rubor nas bochechas. "Entre, quero dizer, você gostaria de entrar?"
"Claro, klein."
Mick fecha a porta e se vira para o mais velho que o olhava de uma forma gentil, como sempre fazia, pensou o piloto.
"A equipe comemorou com você e Kevin?" Toto pergunta enquanto se sentava na cama atrás dele. "Acho que você já sabe a resposta, Toto." Mick responde tristemente indo pegar uma toalha da poltrona ao lado e secando seus cabelos novamente.
"Mick, eu tenho que perguntar algo e vou pedir que me responda com sinceridade, por favor, ok?" O mais velho falava olhando nos olhos mais azuis que já tinha visto em sua vida e relutando mentalmente para não segurar as mãos do piloto em sua frente. "Claro, eu não mentiria para você, sabe disso." O alemão comenta baixo.
"Hinsey ou Steiner fizeram algo?" Perguntou com um certo tom agressivo. Desde que descobriu o que acontecia com o mais novo na equipe, Toto ficará sempre alerta e pronto para tomar uma atitude drástica em relação a Haas e todos que trabalham lá se algo acontecesse ao jovem alemão.
"Apenas lembretes dos meus erros e palavras que já ouvi milhares de vezes." Responde com um tom de desconforto.
Toto suspira fundo e segura as mãos do piloto e percebe que elas se encaixam perfeitamente. "Mick, você não pode se acostumar com o que eles falam. É tudo mentira, você é um excelente piloto. Eles que não sabem o que fazer e especialmente em relação aos seus pilotos e a forma como os tratam." Toto percebe que sua mão estava na bochecha do loiro e olhou bem nos olhos do mesmo. "Eu sei que tudo isso é um grande delírio meu... mas Mick, você sabe, você precisa saber que estou aqui e farei tudo ao meu alcance para ajudá-lo e protegê-lo, ok?" Falava num sussurro encostando sua testa na do pequeno Schumacher.
"Pensei que era eu a pessoa delirando aqui, Torger." Comenta Mick com um sorriso.
"Queria tanto te beijar agora, klein." Sussurra o mais velho segurando o rosto do jovem a sua frente. "Eu gostaria que isso acontecesse, mein Beschützer."
Ao chegar o final da temporada, Mick sabia que não ficaria no próximo ano e até estava feliz com isso. Claro, ele queria continuar na Fórmula 1, mas não naquela equipe. Demorou para o mesmo perceber a real situação em que ele viveu dentro da Haas. Seus amigos mais próximos Seb, Max, Lance, Esteban, Zhou e Daniel que abriram seus olhos para os abusos que sofria. E claro, Torger o ajudou a cada segundo e isso os aproximaram, fazendo com que os dois estivessem até hoje juntos e apenas amigos próximos sabiam a respeito e Mick o amava mais que tudo.
Daniel o compreendia completamente.
O amigo estava passando pela mesma coisa na McLaren. O mesmo comentou que nunca chegou a ser fisicamente, mas o alemão sabia que psicologicamente machucava e era inevitável acabar destruindo a si mesmo no processo. Ele ficou tão feliz em saber que Cyril tinha voltado, ele ficava nos bastidores, mas mesmo assim, Mick agradeceu ao ex Chef da Renault por estar lá pelo seu amigo novamente.
E o alemão ficou muito mais contente em saber que os dois tinham conseguido vagas como reservas para o próximo ano. Nas equipes que sabiam como tratá-los bem e com amor e admiração. Além de estar perto da pessoa que o ajudou e ama ele mais que tudo, seu Beschützer.
klein - Pequeno
Mein Beschützer - Meu Protetor
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F1 - Imagines
FanfictionImagines com os pilotos de F1 que nós amamos! Venham se iludir um pouco. 🥇Yukierre (06.11.24) 🥈Landoscar e boy×boy (04.11.24) 🥉Maxiel (10.11.24) ▪️ATENÇÃO: Alguns imagines são traduções de Archive of Our Own. Se puderem ir até o Tik Tok e darem u...