1. Nada de folga

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Nilo olhou para seus companheiros de time com desgosto enquanto se aproximava deles

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Nilo olhou para seus companheiros de time com desgosto enquanto se aproximava deles. Com o sol queimando levemente nas asas de borboleta e os dedos dos pés enchendo de areia, ele pensava nas milhares de coisas mais importantes que poderiam estar fazendo ao invés de estarem ali.

Tudo bem que a praia estava agradável, o sol não estava muito forte, a água estava chamativa e a brisa era fresca. Além do lugar estar silencioso, exceto pelos sons da natureza e das ocasionais crianças que brincavam aqui e acolá sob a supervisão de seus responsáveis. Era uma manhã agradável, mas não era aquilo que Nilo queria.

Parou em frente a Anila e Oleandro. Os dois deitados em suas cangas com uma asa de distância, as peles cobertas por algum creme verde hidratante estranho. Enquanto Anila usava óculos escuros e parecia dormir, Oleandro ao seu lado, tinha o rosto coberto por uma revista, que Nilo não fazia ideia se estava mesmo lendo.

Ele olhou de um para outro diversas vezes. Sabia que notaram sua presença, mas nenhum dos dois nem sequer moveu um músculo para olhar para ele. Nilo então abriu as asas, que grandes do jeito que eram, quase cobriram os dois por completo.

Eles não mexeram um músculo, e por um momento, Nilo pensou que poderiam estar mesmo dormindo. Até Anila suspirar e dizer:

— Você está tapando o meu sol.

— Vocês já tomaram muito sol, levantem, temos que trabalhar.

Oleandro resmungou ao ouvir a palavra “trabalhar” e tirou a revista do rosto. Olhou para Nilo com desgosto.

— Estamos de férias. Férias. Sabe o que isso significa? Sem trabalho.

— Vá descansar, Nilo — disse Anila, calma. — Temos só duas semanas de férias, logo, logo voltamos à ativa.

— Não podemos descansar, nós já descansamos bastante entre os casos. E os criminosos não vão esperar que a gente descanse para cometer crimes.

— Não somos os únicos Guardas no mundo. Já tem outros resolvendo casos — resmungou Oleandro.

— Mas somos detetives! Os outros Guardas só pegam os casos, nós resolvemos.

— Não somos os únicos Guardas detetives no mundo — corrigiu Oleandro, revirando os olhos. — Não vamos a lugar algum. Vá descansar.

Nilo bufou, mas não desistiu.

— Podem haver outros, mas nós somos os melhores… — Oleandro revirou os olhos, dizendo:

— Não exagere.

— … Ninguém resolve casos como a gente. Vai que encontramos um caso que só nós, o Grupo Ani, conseguiríamos resolver?

— É com isso que você quer me convencer? — perguntou Oleandro erguendo as sobrancelhas. — Com um caso que só nós conseguiríamos resolver?

As consequências de uma escolhaOnde histórias criam vida. Descubra agora