Destino - Richard Rios (LIVRO 1)

Capítulo 18 ⚽️

RICHARD RIOS ⚽️

Eu tô começando a me arrepender da minha ideia. Acho que foi a segunda pior decisão da minha vida.

O que eu tinha na cabeça ao oferecer ajuda para tomar banho pra mulher que eu tô completamente apaixonado? Como eu vou me controlar ao ver esse corpo que um dia eu possuí? Porra, eu tô completamente ferrado.

— Terra chamando Richard – Amanda estala os dedos na minha frente me tirando dos devaneios.

Porra, eu tô começando a suar frio. De verdade. Tô parecendo um adolescente que está prestes a perder a virgindade com a garota que gosta.

— Olha, se você não quiser.... – ela tenta falar mas eu a impeço

— Não! Não é isso. Eu quero ajudar você é só que...eu sou homem, Amanda. E pra piorar, sou um homem que está louco por você desde o momento que te reencontrei. Tem noção disso tudo? – ela fica me encarando por um bom tempo até que enfim fala alguma coisa

— Não se preocupe. Meu corpo não é mais o mesmo. Homens como você só ligam pra isso, não é mesmo?

Ah, merda. Acho que me expressei completamente errado. Meio que insinuei que eu só me importo com o corpo dela. Não é isso, pelo amor de Deus.

— Amanda....

— Você vai ajudar ou não? Eu realmente tô afim de tirar esse cheiro de hospital de mim. – falou sem paciência e eu morri por dentro mais do que o normal

A cada segundo que se passa sei que a minha ruína tá chegando. Ver ela mulher nua vai ser o motivo do meu colapso total. Vai ser a minha ruína.
Dame fuerza, Dios.

— Claro. Vamos lá. – engoli em seco

Amanda levanta o vestido e começa a tirá-lo por cima da cabeça. Me controlo demais para não olhar o que tem debaixo dele.

Assim que ela consegue se desvencilhar do vestido olha pra mim e prendemos o olhar um no outro durante longos dez segundos. Os olhos dela podem ser confundido com as águas do Caribe, num azul tão intenso que pode hipnotizar qualquer um.

Cortando nosso contato visual ela se abaixa para tirar a calcinha e quando vai levantar seu pé, perde o equilíbrio e eu a seguro com os meus braços.

— Deixa que eu faço isso. – digo com a respiração entrecortada

Me abaixo e peço para que ela apoie as duas mãos nos meus ombros, então eu tiro sua calcinha com cuidado e flashs da nossa noite juntos começam a rondar minha mente.

Agora estamos em uma situação completamente diferente, mas a forma como eu tirei a peça do corpo dela foi exatamente igual a vez que tirei pela primeira e única vez que estivemos juntos.

Eu juro, por favor acreditem em mim, eu juro que tentei não levantar o olhar, mas foi impossível. Tão lisinha, do jeito que eu lembro. Sua pele é tão branca que não há uma mancha sequer.

— Você pode parar de me comer com os olhos? – Amanda fala comigo e me tira da visão do paraíso. Caralho.

— A última coisa que eu quero fazer é te comer com os olhos. – respondi e ela desviou o olhar — Se eu pudesse te tomaria pra mim de volta. O seu corpo mudou mas continua uma delícia, Amanda. Seu corpo ainda me causa as mesmas sensações de três anos atrás. – me aproximei dela e coloquei minhas duas mãos em sua cintura. — Da próxima vez que eu for te ajudar a tomar banho, eu já vou ter transado com você. Daí eu não vou precisar te dar uma simples ajuda, mas eu vou poder tocar em cada parte  do seu corpo.

— Você é muito convencido. Muito. – falou com a voz entrecortada — Você não vai encostar em mim nunca mais

— Veremos.

Então, enquanto ela tirava o sutiã eu fui ligar o chuveiro e ajustei a temperatura. Minhas mãos estão suando de tanto nervosismo. Sem falar nada, a carreguei até o box e depois a depositei no chão com cuidado.

— Você pode olhar pro lado enquanto eu tomo banho, por favor? – pede e eu obedeço.

Amanda esfrega seu corpo enquanto eu a seguro para que não caia. Eu tô com uma sensação de morte que vocês não tem ideia. Sério, eu tô me controlando num nível absurdo pra não tacar o foda-se e atacar essa mulher. Ainda esse semana ela vai ser minha, podem anotar.

Se passam os dez minutos mais tortuosos da minha vida até que ela pede a toalha e eu pego sem soltar ela. Amanda se enrola na toalha e eu a carrego até o quarto. Coloco ela sentada na cama enquanto pego uma roupa confortável na sua mala pequena. Ainda me sinto pessimo por ela ter pouquíssimas peças de roupa, então faço uma nota mental de hoje ainda comprar roupas novas pra ela.

Eu vou dar o mundo pra Amanda. Não importa se eu vou gastar todo o meu salário com elas.