Dias

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Visitei Suguru todos os dias até ele melhorar. O clima estava mais leve. Agora ele já não era tão sério, pelo menos comigo. As provocações que trocávamos tinham mudado de tom; ao invés de palavrões, risadas predominavam a sala branca. Em um desses dias, enquanto riávamos de uma piada interna, Shoko entrou no quarto, interrompendo nossa diversão.

— Suguru, você pode ser liberado! — ela anunciou, com um sorriso.

Os olhos dele brilharam de alívio.

— Finalmente! Estava começando a me sentir como um prisioneiro aqui.

Shoko rolou os olhos, mas um sorriso divertido se formou em seus lábios. “Cuidado para não sair correndo e acabar se machucando de novo.”

Suguru olhou para mim, um sorriso malicioso no rosto.

— Se você estivesse aqui para me proteger, eu não precisaria me preocupar.

Senti meu rosto esquentar, mas consegui rir.

— Você pode se virar sozinho, idiota.

— Ah, mas é mais divertido quando você está por perto — ele respondeu, sua voz suave.

O momento foi interrompido por Shoko, que começou a preparar as coisas para a alta. Eu apenas observava, um misto de felicidade e nervosismo dentro de mim. O que aconteceria agora que ele estava se recuperando?

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Suguru estava no quarto, e eu precisava apenas conferir se tudo estava bem, como sempre fazia. Abri a porta devagar e, quando entrei, meus olhos caíram sobre suas costas nuas. Elas eram definidas, quase como se tivessem sido esculpidas à mão. Um arrepio percorreu minha nuca, e senti minhas bochechas corarem de imediato. Suguru soltou uma risada baixa, sabendo que eu estava ali o tempo todo.

Imediatamente, virei-me de costas, fixando meu olhar na porta como se estivesse pronta para fugir a qualquer segundo.

— O que você está fazendo aqui? — ele perguntou com sua voz calma, porém provocante.

— Eu... só estava conferindo como você estava. Já estou indo embora. — Minha voz saiu um pouco mais apressada do que eu gostaria.

Mas antes que pudesse dar mais um passo em direção à porta, senti sua presença se aproximar rapidamente. O ar ficou mais pesado ao perceber o quão perto ele estava, meu corpo travou por completo.

Quando Suguru pediu para que eu me virasse, o nervosismo tomou conta de mim. Estávamos perigosamente próximos, e seu corpo parecia chamar minha atenção de todas as formas possíveis. Tentei me concentrar em seus olhos, mas era impossível - ele parecia um ímã que atraía meus pensamentos para qualquer lugar, menos onde deveria.

— Nunca viu um cara sem camisa? —Ele perguntou com um tom malicioso, o que só piorou minha situação. Eu não sabia o que responder, minha mente havia travado completamente. Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, senti sua mão segurar meu queixo com firmeza, me deixando ainda mais nervosa.Seus olhos faziam aquele jogo que eu já conhecia, alternando entre minha boca e meus olhos. Mas dessa vez, não parecia que ele estava pedindo permissão. Era como se estivesse apenas me avisando o que estava prestes a acontecer.

— Suguru... — minha voz saiu baixa, quase um sussurro, como se eu estivesse suplicando por algo. E, de certa forma, estava. Eu sabia que não deveríamos fazer nada, que deveria sair dali antes que as coisas fugissem do controle. Mas não conseguia. Meu corpo queria o toque dele. E então, aconteceu.

Em um movimento firme, Suguru nos juntou em um beijo intenso, cheio de desejo. Cada parte de mim parecia se acender, e eu cedi completamente àquele momento.

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⏰ Última atualização: Sep 26 ⏰

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Entre Olhares e Mistérios - Suguru GetoOnde histórias criam vida. Descubra agora