Detective Work

15 2 0
                                    

Hermione tinha saído do quarto, e do St. Mungus, assim que Riddle adormeceu. Alguém tinha passado pelo escritório dele, mas quem? Harry parecia um provável culpado, mas ela tinha certeza de que não tinha sido ele. Ele teria contado a ela, e não seria tão imprudente. Mas talvez ele fosse, ela disse a si mesma, lembrando-se de todos os problemas dos quais ela o tirou ao longo dos anos.

Ela retornou a Hogwarts, pretendendo ir direto para o escritório de Riddle, mas seu estômago roncou enquanto ela passava pelo Salão Principal. Não dá para pesquisar de estômago vazio, ela disse a si mesma. Hermione mudou de direção e entrou no Salão Principal, sentando-se em seu lugar normal no meio da mesa da Grifinória. "Ei", veio uma voz familiar, e ela gemeu interiormente.

"Avery", ela disse, olhando para ele.

"Estou tentando falar com você há semanas, mas você está sempre ocupada. Você deveria relaxar um pouco," ele disse, sentando-se em frente a ela.

"Não tenho tempo para isso", ela murmurou, dando uma mordida em seu jantar.

"Posso ter cinco minutos?", ele perguntou.

"Ou menos", ela sibilou de volta.

Sem se deixar abater, Avery se inclinou para frente. "Está circulando que você gosta do Professor Riddle, ou melhor, que ele gosta de você. Não está certo", ele disse, balançando a cabeça. "Tem algo errado com ele. Eu não gosto disso, e não quero que você se machuque."

Hermione deixou cair o garfo e olhou para ele em choque. Eles tinham sido tão óbvios? "O que te faz dizer isso," ela perguntou friamente.

Avery deu de ombros. "Ouvi dizer que ele pede para você ficar depois da aula com bastante frequência."

"Bem, ele não faz. Ele só foi perguntado duas vezes, ambas em relação ao meu dever de casa. É estritamente profissional." Hermione fez uma pausa. "E não é da sua conta, nem de ninguém."

"Então, ele é a razão pela qual você não quer ser minha namorada?", perguntou Avery.

"Não", ela sibilou, "você é muito jovem para mim e eu não tenho tempo para atividades extracurriculares".

"Mas você faz parte do grupo de estudos dele, não é?", ele insistiu.

Apetite esquecido, Hermione se levantou. "Deixa pra lá, Avery."

"Ou o quê", Avery respondeu, também se levantando.

"Ou eu vou te azarar até a semana que vem."

"Impressionante. Você se encaixaria melhor na Sonserina, na minha opinião," ele disse, sentando-se novamente. Furiosa, Hermione não disse mais nada, mas deixou o Salão Principal, indo para a biblioteca.

~~~

Tom acordou na escuridão, e ele imediatamente soube que Hermione tinha saído de sua cabeceira. A dor diminuiu um pouco, ele se sentou lentamente. Sua cabeça ainda latejava, mas a dor não era tão aguda. O que tinha causado isso? Ele respirou fundo várias vezes, e tentou se lembrar. Alguém tinha estado em seu escritório, mas quem? Seu primeiro pensamento foi Potter, mas Potter não precisava se esgueirar; ele poderia, e teria, conseguido um mandado de busca. Não, ele decidiu. Não era Potter. A diretora? Ou alguém trabalhando para ela? Malfoy? Havia tantas possibilidades.

Tom deitou-se novamente, colocando as mãos entre a cabeça e o travesseiro enquanto sua mente zumbia. Ele descartou os Malfoys, a menos que houvesse algo que eles quisessem, mas, novamente, eles não precisariam se esconder dele, pai ou filho. Não, tinha que ser outra pessoa. Ele não podia descartar a diretora completamente, pois ela obviamente estava procurando por algo em seu último encontro. Ou alguém para fazer o trabalho sujo para ela.

Shattered SoulOnde histórias criam vida. Descubra agora