Shattered Soul

Deception

"Ela se foi", disse Harry, vasculhando seu escritório pela centésima vez, procurando pela varinha de Riddle. Não havia sinal de luta ou busca, então quem quer que a tivesse pegado sabia exatamente onde ela estava escondida. Mas quem a pegou?

"Você tem certeza", perguntou Kingsley.

"Sim, estava nesta gaveta, protegido", insistiu Harry. "Eu deveria tê-lo mantido comigo."

Kingsley cantarolou. "Não poderia ser aceito, poderia?"

Harry balançou a cabeça. "Não, e onde quer que Riddle esteja, ele provavelmente agora tem, o que significa que ele está de volta com força total."

Houve uma batida na porta, e Hermione espiou. "Você realmente deveria limpar seu escritório, Harry."

"Hermione," Harry respirou. "É bom ver você. Riddle se foi, e sua varinha também. Alguma ideia de quem pode tê-la pegado?"

Hermione balançou a cabeça. "Quem tem acesso ao seu escritório? Alguém que apoia Riddle?" Ela fez uma pausa. "E Malfoy?"

Harry balançou a cabeça novamente. "Ontem, eu apenas procurei Riddle na mansão; não havia sinal dele. E agora sua varinha sumiu. Você não tem ideia de onde ele pode ter ido?"

"Não", Hermione disse rapidamente, mordendo o lábio.

"Malfoy parece um provável culpado", disse Harry. "Pai ou filho, você acha?"

"Definitivamente sênior", Hermione respondeu. "Ele parece mais escorregadio que Draco."

Harry suspirou. "Vou fazer outra visita a ele."

~~~

Tom levantou o capuz, caminhando pela neve de volta ao castelo. Era uma pena que ele não pudesse aparatar dentro do terreno. Isso tornaria as coisas muito mais fáceis. Quando chegou às portas do castelo, ele entrou e se esgueirou pela entrada do Grande Salão, antes de ir para seu escritório. Foi só quando a porta foi fechada que Tom abaixou o capuz novamente. Ele olhou pela janela para o túmulo em uma pequena ilha no meio do Lago Negro. Certamente havia encantamentos nele. Ele se virou, vasculhando suas gavetas. Segredos da Arte Mais Negra havia sumido. Ele fechou os olhos com raiva, a cabeça latejando, enquanto se perguntava quem o havia levado. Hermione, certamente.

"Olá, Tom," veio o retrato de Dumbledore à sua esquerda. Tom virou a cabeça lentamente.

"Achei que tivesse te movido", ele sibilou.

Dumbledore sorriu. "Parece que alguém achou por bem me colocar de volta", ele disse facilmente. "Por que tão desamparado, Tom?"

Tom fechou a gaveta e olhou para o retrato. "A varinha de sabugueiro está em seu túmulo", ele disse.

"É", Dumbledore concordou, "embora você não seja seu mestre."

"Você", perguntou Tom.

Dumbledore balançou a cabeça. "Não mais, não. Receio que esse título pertença a Harry Potter." Tom rosnou. Espinho em seu lado, de verdade. "Estou surpreso que você tenha voltado aqui, Tom. Por quê?"

"Eu não respondo a você", Tom resmungou.

"Não vai demorar muito, e os Aurores estarão aqui para buscá-lo", disse Dumbledore. "Você pode querer correr se não quiser lutar para sair... embora possa ser tarde demais para isso agora."

Tom suspirou. "Veremos", ele disse.

~~~

Hermione mandou Harry para a Mansão Malfoy, e deu um suspiro de alívio quando ele se foi. "O que está pensando, Hermione?", Kingsley perguntou gentilmente.

"Riddle," Hermione respondeu. "É certo que ele voltará para Azkaban?"

"Certamente parece que sim", disse Kingsley. "Quando ele for pego de novo. Você realmente não sabe onde ele está, sabe?"

"Não, eu não", Hermione concordou. "Eu o vi uma vez, mas foi através de um espelho, e ele não me disse onde estava."

"Entendo. Há alguma chance de ele entrar em contato com você novamente?", perguntou Kingsley.

Hermione deu de ombros. "Ele pode, mas não acho que será tão cedo."

~~~

Um sino tocou na Mansão Malfoy, e Harry foi levado para dentro por um elfo doméstico. Ele esperou no saguão. "Sr. Potter, de volta", disse Lucius do topo da escada. "O que foi dessa vez?"

"Onde você estava ontem de manhã?" Harry se virou para encará-lo enquanto descia as escadas. "Você não estava presente na busca do seu mandado."

"Eu tinha uma tarefa importante no Ministério; temo que não pudesse esperar", disse Lucius.

"Onde está a varinha do Riddle?"

As sobrancelhas de Lucius se ergueram em surpresa. "Imagino que o lorde das trevas tenha sua varinha", ele disse com um sorriso de escárnio.

O rosto de Harry assumiu uma expressão de ódio. "Você roubou do meu escritório", ele acusou.

"Prove", Lucius sibilou.

"Onde está Riddle agora?", perguntou Harry.

"Certamente não aqui", respondeu Lucius. "Você perguntou à Srta. Granger, então? Ela parece ser mais próxima dele do que eu."

"Eu já falei com Hermione, e ela acha que você roubou. Por que ela pensaria isso?"

"Meu Deus, ela não te contou, contou?" Lucius sorriu.

Harry piscou. "O que você quer dizer?"

"Eu a encontrei ontem de manhã, no Ministério, quando estava saindo." Lucius fez uma pausa para causar efeito. "Ela tinha uma caixa longa e fina com ela. Parecia estar com bastante pressa para sair."

"Você está sugerindo que Hermione roubou?" A raiva de Harry aumentou.

Lucius riu. "Só estou lhe contando o que vi. O que ela estava fazendo lá, se não para roubar? Ela não deveria estar em Hogwarts?"

~~~

Tom sibilou ao ouvir vozes vindo em direção ao seu escritório. Lutar para sair, ou deixar que o tomassem sob custódia? Sua cabeça latejava perigosamente. A porta se abriu e quatro aurores entraram na sala e o cercaram. Lentamente, Tom levantou as mãos. Ele não conseguia lutar com essa maldita dor de cabeça.

"Tom Riddle", disse o Auror à sua extrema esquerda, "você está preso. Entregue sua varinha."

Desejando poder lutar e vencer, Tom lentamente tirou sua varinha do esconderijo e a colocou sobre a mesa. O Auror mais próximo da porta a pegou, recuando enquanto os outros três Aurores o acorrentavam e amarravam. "Ande", disse o quarto Auror, empurrando-o para fora do escritório. Tom cruzou a soleira e tudo ficou escuro.