"Vou me retirar, então."
Maomao não disse uma palavra e apenas observou o homem que entregou a carta indo embora de sua farmácia. Ela leu a carta, permanecendo inexpressiva o tempo todo, então a colocou em uma caixa. A carta era de Jinshi, mas o assunto não era nada usual.
Maomao cruzou os braços e inclinou a cabeça, pensando: O que fazer...O que fazer?
Se envolver com as questões Jinshi sempre significava problemas, mas este parecia mais problemático do que a maioria. Ela dificilmente poderia recusar, portanto, ela devia se perguntar como se preparar melhor para fazer aquilo.
Como vou explicar isso para a vovó?
Suas ruminações foram interrompidas pela tagarelice de duas crianças barulhentas — Chou-u e Zulin, que carregavam cestas cheias de ervas frescas.
Ah é... Eles disseram algo sobre querer comer kusa-mochi.
Ela os observou preguiçosamente por um momento, mas quando os viu indo para a cozinha, correu para agarrá-los pelo colarinho.
"O que você tá fazendo?!" Chou-u questionou.
"Deixe-me ver isso." Ela disse, vasculhando a cesta dele e inspecionando as plantas dentro. Como ele pode errar tanto? Maomao olhou furiosamente para as ervas reunidas.
"Como você conseguiu ser tão descuidado a ponto de encontrar acônito por aqui?" Ela olhou para Chou-u, que se sentou com uma expressão mal humorada. Ao lado dele, Zulin — a mais nova das duas pobres garotas que tinham se juntado ao bordel recentemente — olhava com preocupação. Ela parecia ter abraçado seu papel como capanga de Chou-u.
"Fala sério, elas são muito parecidas."
"Faça seu mochi com isso e você vai morrer."
Eles devem ter saído em busca de artemísia fresca para o lanche, mas conseguiram encontrar uma planta parecida, porém venenosa.
Nem eu achava que havia acônito por aqui. Como essas crianças encontraram isso? A pergunta não a deixava em paz.
"Blé! Então não podemos fazer kusa-mochi?" Chou-u e Zulin se entreolharam, desanimados.
"Isso mesmo. Desistam."
"Eu sei que você pegou artemísia outro dia, Sardenta. Você deveria dividir conosco."
"Isso foi usado na moxabustão."
Chou-u fez um beicinho indignado para ela, assim como Zulin. Maomao impiedosamente enfiou um dedo na boca de cada um e puxou seus lábios.
"Ai! Isso doeu! Você é um saco."
Zulin, embora em silêncio, também protestou.
"Como eu sou um saco? Qual era plano de vocês, fazer toda a Casa Verdigris ter uma intoxicação alimentar? Alías, pensei ter dito para vocês não sairem por aí sozinhos."
"Nós não estávamos sozinhos. Sazen estava conosco."
Isso fez Maomao franzir ainda mais a testa — e foi exatamente quando Sazen apareceu, caminhando com uma sacola de pano na mão.
"Não saiam correndo sem mim, crianças! Eu não sou mais um jovem." Ele disse — era uma coisa muito desfavorável de se dizer naquele momento em particular. Ele sabia sobre o passado de Chou-u e mesmo que Maomao continuasse tentando fazê-lo parar de agir como tal, ele insistia em tratar o garoto como um jovem príncipe.
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Diários de uma Apotecária (Kusuriya no Hitorigoto) Light Novel 5
RomanceTradução da LN5. Leiam o comentário após o prólogo ;)