cap 13

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- Eu já disse, SAIA! - Exclamou ferozmente.

POV : NARRADORA

Dominic saiu correndo da sala, quanto mais apressada ela corria pelos enormes corredores que pareciam não ter fim, mais lágrimas saiam de seus lindos olhos. Parecia que uma cascata caia sobre suas bochechas, ao mesmo tempo que seus lindos olhos esverdeados transbordavam em dor. Em seu peito, parecia que uma faca o rasgava, forçando-o ele bater cada vez mais acelerado do que ela mesma poderia suportar. O ar havia se tornado fogo e rasgava suas narinas antes de queimar seus pulmões.

Quando finalmente chegou em seu quarto, tratou de trancar e fechar a janela, tampando a luz que um dia tanto admirou. Deitou-se em seu refúgio, desolada pela angústia que tanto sentia, deixou sair tudo de ruim que habitava dentro de seu ser. O seu redor, estava tudo negro, não podia se ver nada ali, entretanto, para Dominic aquilo não era nenhum problema, afinal, a única coisa que podia consola-la seria a escuridão e a solidão que sempre foram companheiras de sua eterna melancolia.

Sem que conseguisse derramar mais lágrimas, deixou seu corpo que uma hora estava rígido, de tanto se contorser-se em agonía, relaxar, olhando para o nada. Dentro de si, o seu medo gritava, se aquela que tanto ama contasse a alguém, ela estaria muito encrencada, poderia ser expulsa e pior de tudo, perderia a sua amada. A vontade de gritar surgia, mas não conseguia por estar sufocada em sua própria garganta.

De tanto pensar, seu corpo e sua mente doíam, ela poderia pedir ajuda , mas dizer aquilo a alguém parecia ser muito arriscado, tinha boca para falar e pernas para correr, mas elas não funcionavam,. Lentamente ela sentia-se afogada, parecia que estava em uma piscina, onde a cada segundo que passava, as suas lágrimas que outra hora desciam pelo seu delicado rosto, agora se acumulavam dentro de si.

Horas se passavam e nada mudava, do que adiantava viver no meio da magia e tudo aquilo que sentia não sumir em um passe de mágica? Ela sabia que havia feitiços e poções, mas aquilo somente a mataria, não a trataria. Até porque matar alguém que já está morto, seria muita crueldade, afinal, já se foi a muito tempo, ali só há o restos do que um dia já existiu.

Com muita relutância, o sono a abraçou, ou melhor, nocauteou. Pela primeira vez, em tempos, dormiu sem sentir algo, foi bom, muito bom para ela. Ela dormia angelicalmente, mas seu rosto não transmitia paz, se tivesse mais alguém ali, diria que claramente ela sente dor, e se examinassem, não saberiam dizer o que seria, afinal, uma mente doente, que gosta de mentir para si mesma que está bem, é mais difícil de ser curada.

Antes mesmo do sol nascer, ela se despertou, parecia que seu corpo tinha sido esmagado durante a noite inteira,  sua cabeça latejava fortemente, parecia que iria explodir e seus olhos ardiam. Foi até banheiro se ver, ela estava deplorável, olheiras terríveis marcavam presença em seu rosto belo, mesmo não querendo, tomou um banho rápido, escovou seus dentes, cuidou de seu rosto, penteou seus cabelos e saiu.

A manhã ainda não havia iniciado, Dominic agradeceu aos magos por isso, não tinha cabeça para falar com ninguém. Indo em direção à cozinha, encontrou-se com Dona Tapioca que trabalhava na cozinha.

- Bom dia...- Falou baixinho, com sua voz quase que arrastando.

- Eu já - Ela estava pronta para chamar a atenção de Dominic quando virou-se e viu seu rosto abatido. - O que houve criança, que cara é essa? - Perguntou preocupada.

- Nada... EU estou bem, posso comer aqui? - Perguntou enquanto olhava para seus próprios tênis.

- Sei que tem algo errado, mas não se preocupe, não irei questionar você e nem contarei a ninguém. Sente-se ali, na mesa, vou levar comida para você.- Disse amorosamente.

- Muito obrigada. - Falou baixinho.

- Aqui está.- Deu a Dominic em uma bandeja.

Na bandeja havia mingau, uma tijelinha de frutas, suco e uma fatia de bolo de laranja, Dominic comeu tudo, estava um delícia, o bolo fez ela lembrar de um professor que ela teve antes de entrar para a Cackle's , eles a ajudou muito a ser tão boa em poções, pelo que ela se recordava, ele era um homem alto, de cabelos cumpridos e sedosos que iam até seus ombros, nariz grande, mas bonito, olhos pretos iguais uma madeira de carvalho preta, lábios finos, pele pálida e uma expressão séria no rosto, ele se chama Severus.

Um leve sorriso se formou em seu rosto por saber do porquê de lembrar dele. Teve um dia que ele foi dar-lhe aula e Dominic estava muito abatida e tinha algumas marcas vermelhas no corpo, a mãe dela havia batido nela, novamente. Percebendo aquilo, Snape foi menos rígido com ela naquele dia, evitou fazer muitas cobranças ou dizer algo que poderia machucá-la . No dia seguinte, ela trouxe um bolinho de laranja com chocolate, para que ela melhorasse o humor.

Ao longo de sua memória, seu sorriso foi morrendo, assim como sua felicidade. A belford, percebendo os raios de sol raiando, agradeceu pela comida e de muito bom grado, recebeu o abraço caloroso de Dona Tapioca. Passou em passos rápidos pelos corredores e entrou em seu quarto se trancando, só iria sair novamente quando desse o horário das aulas.

Antes de dar o horário, ela se levantou, pegou seu material e seguiu para a sala de aula do Sir. Webber, com quem teria duas aulas seguidas hoje. Assim que chegou na sala, ela foi pegando uma cadeira no fundo e se sentou, aos poucos a sala foi se enchendo, e por último o professor chegou.

A aula estava entediante, não é nada relacionado ao professor, nem a matéria, só que ela já havia estudado aquilo antes e não imaginava que veria novamente e de forma mais lenta que antes. A mente de Dominic estava em um fluxo onde se lembrava de tudo que eu fiz ontem, em um loop e todos os riscos que ela pode sofrer se a Miss. Hardbroom disser o que ela fez para a Miss. Cackle.

Assim que a aula terminou, Dominic deu uma a desculpa mais esfarrapada possível para Esmeralda, mesmo que ela fosse a sua amiga, ela não queria contar o motivo dela estar assim, ela nem se quer sabe que Dominic gosta de mulheres tão quanto gosta de homens.

Em silêncio, ao lado de Esmeralda, foram para a próxima aula, que seria a da mulher que Dominic tanto teme, quando entraram na sala, H.B já estava lá, mas estava em sua mesa. Assim que colocou os pés para dentro, a mulher de olhos negros a olhou de uma forma que nunca havia feito antes, parecia o olhar de sua mãe.

Aquilo fez com que ela sentisse um bolo na sua garganta, ela queria vomitar tudo que comeu mais cedo. Ela abaixou sua cabeça e sentou-se ao lado de Esmê, onde teria que aguentar tudo que sentia e ainda ficar na mira dos olhos que lhe transmitiam uma raiva que nunca foi vista.

Minha Querida Professora-The Worst WitchOnde histórias criam vida. Descubra agora