FEIXE DE LUZ

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Naquele dia corrido de mudança na casa nova, faxina, desempacotando caixas, organizando, ajudando seu pai e sua mãe, quando a noite chega, Lucas já está implorando para dormir, e não muito tarde, vai ao seu banho e deita em sua cama.

Ele desliga as luzes, fecha a porta e se deita. O colchão já não está mais empoeirado, graças a sua mãe. Seus pais ainda estão acordados, na sala conversando, ele pode ouvir vestígio das vozes. O dia foi tão exaustivo. Quando deita seu corpo, sente como quando deixamos de carregar um grande peso, mas ainda estamos doloridos. Suas costas, seus pés, seus braços, esgotados. Deitado, olhando para aquele lindo teto azul no escuro, notando a luz, da entrada da casa, que passa pelas brechas da janela e ficam sobre a cama, sente o sono chegar.

Em certo momento acorda ouvindo um barulho, bem distante, algo que não deveria lhe fazer acordar, já que parece tão distante, não tão alto, mas mesmo assim lhe acorda. Nota uma luz diferente entrando pela janela, batendo no teto, uma luz mais avermelhada, se movendo de forma estranha. Escuta novamente o som, olha para a janela de longe, e intrigado, reúne forças para se levantar e ir até ela verificar o que está acontecendo. Ainda sonolento, nota que a luz que entra vem da floresta. É um pequeno feixe, tão pequeno que é estranho brilhar tanto. Ele leva a mão aos olhos, esfregando, tentando acordar, mas quando abre novamente os olhos, já não há mais luz. Ainda intrigado, mas seu sono fala mais alto, volta para cama e rapidamente adormece.

A Natureza do MalOnde histórias criam vida. Descubra agora