Capítulo 20

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Henrique


Ao chegar em casa levei Nina para seu novo quarto e quase a beijei. Como eu queria ter conseguido!

O calor de seu corpo próximo ao meu, envolvidos por uma tensão que nunca sentimos antes, enquanto nossos lábios roçavam um no outro me levaram ao limite.

Minha boca clamava pela sua, minha mente tentava decidir se beija-la seria a melhor atitude. Me segurei ao máximo, a razão lutando contra a emoção, até que os passos de Angélica nos despertaram.

Quando percebi o que estava fazendo, automaticamente me culpei. Não quero assusta-la. Tive medo de qual seria sua reação. Em momento algum me arrependi por quase te-la beijado entretanto, me arrependeria se ela não gostasse.

Para minha felicidade Nina não se importou. Foi impossível não me alegrar ao ouvi-la dizer que também queria. Mas percebi sua vergonha, minha princesa é tímida.

Suas palavras me animaram, é bom saber que ela me vê como homem e não somente seu amigo. E tentarei ao máximo fazer com que seja minha mulher. Mesmo que leve tempo!

Deixei Nina no quarto e desci para a sala com minha filha. Esse momento, após a saída de Angélica, é o tempo que tiro para ficar com a ursinha. Geralmente me acomodo no sofá com ela e ficamos juntos, hora brincando, hora conversando.

Estou brincando com Maitê quando Marina aparece, ela se ajeita ao meu lado. Sei cheiro suave me inebria, os cabelos presos fazem seu rosto delicado se destacar. Ela é linda sem precisar se arrumar.

Conversamos um pouco até ela me dispensar para tomar um banho. Não pude perder a piada quando ela disse para eu fazer isso. Seu desespero em explicar que quis apenas ser gentil foi o melhor.

Retorno de banho tomado e peço a pizza que combinamos. Sou um cara que gosta de cozinhar, mas hoje não estou com vontade de ir para a cozinha.

Maitê se anima para voltar ao meu colo, o que faz Nina ficar com ciúmes de mim, acho engraçado. Fazer o que se sou o pai!

Entramos num assunto que acaba nos levando ao passado. Marina conclui algo que não posso discordar.

— Sim, princesa! — digo concordando — Eu sou o mais chato e protetor com você! — confesso rindo — Tentei negar até para mim mesmo, mas pensando agora, eu realmente tirava todo e qualquer chance dos meninos. Não havia possibilidade de acordo. — um risinho escapa enquanto recordo — Sempre dei um jeito de impedir, não importava o argumento que usassem para me convencer. Ao meu ver nenhum era digno de ter qualquer afeto vindo de você!

Antes que ela responda continuo;

— Analisando agora, te "protegi" tanto que o mais idiota do bando foi o que conseguiu o que todos queriam. — uma raiva me invade só por lembrar desse bastardo, um dia ainda acerto nossas contas — Você virou uma espécie de troféu. — digo ainda mais puto.

O problema nâo foi Nina ter se tornado o troféu, ela é até mais que isso. Mas sim, o bastardo do Rafael ser o primeiro que conseguiu um beijo dela. Ele sempre foi um idiota de primeira linha.

Mesmo com a minha negação, Rafael nunca desistiu de tentar ficar com Nina. O pior é que o imbecil parecia gostar dela, desde pequeno. Faltou ter caráter para merece-la.

Contudo, o que de fato fez eu pegar birra foi a obsessão que ele desenvolveu com o tempo. Querendo me provocar, o Idiota fez questão de ficar com ela para provar que conseguia. Então, deixou de ser pelo sentimento e passou para uma forma de me irritar.

Minha Princesa 🧡 - A História de  Marina e Henrique. Onde histórias criam vida. Descubra agora