Minha Princesa 🧡 - A História de Marina e Henrique.

Capítulo 27

Henrique

— Rick, porque ela resolveu voltou agora? — Nina pergunta e eu penso numa resposta.

Ficou claro que Hanna voltou por Marina, e isso é o que mais me irrita. Como aspirante a modelo, na cabeça dela, ter um marido rico ajudaria a alavancar sua carreira. Ainda que não alcançasse o sucesso nas passarelas, posaria de socialite na mídia, conseguindo fama e dinheiro fácil. Eu nunca quis isso, e disse que não me casaria, muito menos com uma interesseira qualquer. Ou seja, a repercussão que nossa vida vem tendo ultimamente foi tudo o que ela planejou com essa gravidez, então, ver outra vivendo isso foi o estopim pra essa situação.

— Princesa, não sei como dizer isso e, não quero que me entenda mal... — digo e respiro fundo — Mas, ela voltou por você, ou melhor, por nós!

— Compreendi que ela insinuou isso, mas não consigo entender claramente o motivo. — diz suspiradamente — Ela quer você? Por isso toda essa birra comigo? — pergunta — Será se alimentou algum tipo de esperança sobre vocês pra dizer que eu roubei o lugar dela? — completa baixando o olhar e me adianto em responder.

— Meu amor, — ergo seu rosto — olha pra mim! — peço, agora fitando seus nebulosos olhos azuis — Se houve algo para ser alimentado, foram as ideias malucas da cabeça dela. Desde a gestação da Maitê, o acordo foi assinado, pelos termos e cláusulas do contrato, ela não foi nada além de uma barriga de aluguel. Em nenhum momento passamos de um homem e uma mulher que transaram, nunca prometi nada a ela, e mesmo depois de saber que seria pai, deixei claro que não haveria envolvimento. Nosso relacionamento foi, único e exclusivamente, movido pela necessidade de eu acompanhar o desenvolvimento da minha filha, porque ela tinha capacidade de tentar algo contra a ursinha. — enxugo uma única lágrima que escorreu por sua bochecha — Então, você nunca roubou o lugar dela, até porque, ela não teve lugar nenhum.

Não sei o que se passou pela cabecinha de Marina, mas entendo sua insegurança. Afinal, a forma como Hanna a tratou, foi digna de uma mãe injustiçada, quando na verdade é ela quem não passa de uma golpista.

— Princesa, Hanna nada mais é do que uma golpista, ela não gosta de mim, menos ainda da Maitê. Seu interesse é na vida que temos, toda a fama que tem nos cercado é o que ela pretendia ter ao engravidar de mim. — revelo — O valor que recebeu pelo contrato foi exorbitante justamente pra que continuasse anônima e pudesse sumir, mas agora, de alguma forma, ela acha que pode lucrar mais por aparecer. — explico e logo continuo — Seu plano é fazer um escândalo e entrar nos trending topics das redes sociais. Não duvido que esse papo de querer a filha seja para ter uma espécie de vínculo com a gente, mas, isso não tem a menor chance de acontecer. Antes que ela tente alguma coisa irei resolver a situação. — afirmo convicto, já tenho meu plano pra acabar com esse assunto.

— Eu quero acreditar que não, mas não vou negar que tremi por vê-la aqui. — confessa e compreendo sua reação — Entretanto, não vou permitir que ela, se quer, chegue perto da ursinha. — afirma.

— Eu também não, princesa! — concordo — Na nossa filha ninguém encosta, e da minha mulher ninguém rouba o lugar. — concluo fitando seus olhos.

Paixão queima em seu olhar, percebo o momento em que ela fita minha boca, molhando seus lábios, dou fim a distância que nos separa e a beijo desesperadamente. Minha mente nubla de desejo e eu só consigo imaginar seu corpo nu, deitado na mesa, enquanto a faço mulher. Aperto sua cintura e ela arranha minha nuca, beijo seu pescoço enquanto minhas mãos descem pra sua bunda, agarro a volta macia que parece sufocada no vestido preto que está usando hoje.

— Princesa, eu preciso de mais, me deixa ter mais, por favor! — imploro ofegante — Meu corpo queima pelo seu, por favor princesa, por favor, me permita ter mais! — peço, agora com os lábios encostados nos dela.