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Alguém está beijando sua cintura. Sirius se contorce em seu cochilo, sem esperar por isso enquanto aqueles beijos viajam por seu peito nu. Sua risada é ofegante e suave enquanto você beija seu ombro, seu peso espalhado em seu lado e braço, sua mão encontrando sua bochecha.
Seus dedos parecem desumanos da melhor maneira, como um anjo. Eles se espalham por seu rosto e pescoço enquanto você o segura no lugar e beija a pele onde seu pescoço encontra seu ombro. "Eu te amo..." você sussurra, o "você" se tornando longo e lento como mel escorregando por sua frente. "Eu queria que você não dormisse tanto."
Você o beija novamente, e com isso você está fora da cama. Fora do quarto antes que Sirius tenha tempo de se recompor, mas ele se recompõe, porque ele precisa de mais do que quer que seja.
Que tipo de namorada beija alguém com tanta gentileza pensando que não vai se lembrar? Para pressionar afeição nele sem querer nada em troca. Ele nem se dá ao trabalho de se vestir, apenas esfrega o rosto inchado pelo sono e tira as crostas dos olhos enquanto desce as escadas, com as pernas dormentes.
James está te agarrando pelos quadris, te ajudando a subir no balcão. Seus cachos balançam na parte de trás do pescoço. "O que deu em você?", ele pergunta.
"Amor, com certeza."
"Eu posso ver isso. Ovos? Omelete?"
"Jamie, você pode fazer qualquer coisa. Na verdade, deixe-me fazer algo para você–"
James te empurra mais para cima. "Tudo bem, eu estou cozinhando. Eu quero cozinhar."
Sirius não é inseguro, exatamente. Ele se sente muito bonito quando tenta ser, e ele sabe que você gosta dele, esteja ele tentando ou não, mas ele não sabe se você quer ser interrompida, nenhum de vocês, e é sua agonia particular se perguntar o que fazer. Então você o vê por cima do ombro de James e seus olhos praticamente brilham.
"Siri..." você canta, melódica enquanto ele atravessa o linóleo da cozinha para ficar com você e James. “Eu te acordei? Sinto muito.”
Sirius toca o cotovelo de James com amor, mas se aproxima de você. "Você me acordou?", ele pergunta, beijando sua bochecha, seus braços trabalhando atrás de você para segurá-la enquanto seus lábios viajam para baixo. Ele não é nem metade tão doce quanto você era, ocupado demais tentando apertar seu tronco contra o dele e moldá-la em um ajuste perfeito contra ele e sob seu braço para realmente pensar sobre o que ele está fazendo.
"Ela fez isso comigo também."
Sirius puxa seu rosto para seu pescoço e se vira para James com um sorriso. "E Remus?"
"Ele já estava acordado. Mas ela o beijou e fez aquela coisa em que seus olhos de alguma forma parecem maiores e brilhantes e ele teve que dar uma volta."
"Ele não teve que dar uma volta," você murmura do pescoço de Sirius. "Ele sempre anda nas manhãs de sábado. Ele está apenas pegando algumas ervas da estufa."
A porta dos fundos se abre na hora. Remus reaparece com uma aura sobre ele muito parecida com a sua, deixando as ervas cortadas na tábua de corte e parando um pouco antes de todos para sorrir. "Ela fez isso com você também?", ele pergunta.
James aperta o rosto de Remus em sua mão, um rápido agradecimento pelas ervas que o deixam rosado.
“Ela me atacou com beijos como uma prostituta comum.”
“Sirius,” James diz com desdém.
“Eu sendo a prostituta,” Sirius diz. Você ri em seu pescoço, aparentemente sem nenhuma inclinação para deixar o círculo de seus braços. “Eu verei seu rosto novamente?” ele pergunta.
“É aconchegante aqui. Eu queria que tivéssemos ficado na cama.”
“Nós podemos voltar.”
“Depois do café da manhã,” James diz, estourando um ovo na borda da frigideira, quebrando a casca com uma mão enquanto sacode o óleo fervente.
Remus cruza o último espaço de forma não tão sutil para se encaixar entre sua coxa direita e o balcão. Sirius tem vontade de segurar sua bochecha como James fez — Remus tem um rosto extremamente seguro — mas é distraído por seu nariz roçando a linha de sua garganta.
“Eu te amo,” você diz.
Não importa com quem você esteja falando. Todos os três garotos derretem.
“Eu gostaria de fazer algumas coisas realmente estranhas com você,” Sirius diz.
“Eu também,” James concorda. “Mas precisamos tomar café da manhã primeiro.”
“Ninguém está fazendo nada estranho comigo, é fim de semana.” Você sorri enquanto Remus ri, aparentemente sua intenção.
Sirius recua para uma proximidade educada, mas ainda próxima. Ele não é egoísta; estar em um relacionamento "estranho" como esse é muita leitura de pistas e muita subida no colo das pessoas quando você quer, porque ninguém consegue realmente ler mentes. No entanto, Sirius consegue ver que você está no tipo de humor em que tudo que você toca vira ouro e todos os garotos querem um pedaço de você, e quem é ele para atrapalhar isso?
Bem, ele é seu namorado. Ele dá um beijo antes de se delegar a ser o cortador de ervas, roubando olhares de você pelo canto do olho.
Você coloca uma mecha de cabelo de Remus atrás da orelha dele.
"Coisas estranhas são só para dias de semana", você está murmurando. "O que eu quero hoje são coisas realmente românticas."
"Então você pode ficar com elas", Remus murmura de volta.
Sirius ficará feliz em fazer coisas muito românticas para vocês dois depois de sua omelete. James também, se ele quiser.
